CAMPOMANESIA GUAVIROBA

Guabiroba

Guabiroba

 

 

 

 

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Características

A guabiroba é uma árvore semi-decídua ou perenifólia de 4 a 12 metros de altura.
Normalmente não passa de 5 metros quando cultivada.
O DAP chega a medir 20 a 40 cm.

Paisagismo

Trata-se de uma árvore muito ornamental, de linda florada branca e belos frutos laranjas, muito indicada para o paisagismo urbano.
Não deve faltar em projetos paisagísticos pró-fauna, pois os seus frutos são de grande importância para o suprimento da fauna urbana.
É uma árvore de crescimento moderado.

Requerimentos

A guabiroba se desenvolve bem na meia-sombra ou a pleno sol.
Se desenvolve  com todo esplendor a pleno sol em solos férteis e úmidos, ricos em material orgânico.

Manutenção

É uma espécie que requer moderada manutenção.
Basta adubar 2 vezes por ano com material orgânico.
Recubra o solo na área correspondente à copa mais um anel de cerca de 50cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.
Aproveite a manutenção para descompactar o solo superficial para facilitar a absorçao de água pelo solo.
Dá um pouco de trabalho em projetos urbanos, onde flores e frutos caídos necessitam ser removidos.
A guabiroba aceita poda.

Frutos e sementes

Os frutos medem 20 a 30 mm de tamanho.

Comestibilidade

Os frutos são comestíveis in natura, em forma de geléias, sucos, sorvetes, doces,  sorbets e molhos.
Possuem um agradável sabor de goiaba.
A casca dos frutos é amarga e deve ser retirada antes do consumo.

Fenologia

REGIÃO SUL
FLORAÇÃO  |  setembro – novembro
FRUTIFICAÇÃO  |   fevereiro – março

REGIÃO SUDESTE 
FRUTIFICAÇÃO  |  janeiro – março

Distribuição geográfica e habitat


HABITAT


BIOMA 

Mata Atlântica – Cerrado

| TIPO DE VEGETAÇÃO |
Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual – Floresta Ombrófila – Floresta Ombrófila Mista

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA


REGIÃO SUL 

Rio Grande do Sul – Santa Catarina – Paraná

REGIÃO SUDESTE 
São Paulo – Rio de Janeiro – Minas Gerais  – Espírito Santo

REGIÃO NORDESTE 
Bahia – Alagoas –  Ceará –  Sergipe

REGIÃO CENTRO-OESTE 
Mato Grosso do Sul – Distrito Federal

REGIÃO NORTE 
Amazonas – Acre – Amapá – Pará – Rondônia – Roraima – Tocantins

 

* Adaptado da Lista de Espécies do Flora do Brasil

Adaptabilidade

A espécie ocorre naturalmente em solos úmidos nos cerrados e florestas da Mata Atlântica.
Ocorre desde o nível do mar até 1.500m de altitude.
Tolera bem inundações temporárias.
Não tolera inundação constante.
Tolera geadas até – 3°C.

Restauração ecológica

A guabiroba não deve faltar em projetos de restauração ecológica, já que deve ser considerada uma espécie-chave para o suprimento da fauna.
Sua floração abundante é de grande importância para polinizadores e seus frutos oferecem alimento para a fauna.
Trata-se de uma excelente fornecedora de biomassa, devido à floração e frutificação abundante.
É classificada como secundária tardia ou avançada.
Seu status de conservação ainda não foi avaliado (NE).

Contribuição para a conservação animal

Suas flores oferecem alimento para insetos polinizadores.

-abelhas

Os frutos oferecem alimento para:

-antas (Tapirus terrestris)
-araçaris-poca (Selenidera maculirostris)
-gambás (Didelphis albiventris)
-lobinhos-do-mato (Cerdocyon thous)
-macacos-prego-de-peito-amarelo (Sapajus xanthosternus)
-muriquis-do-sul (Brachyteles arachnoides)
-peixes
-taiaçus (Tayassu pecari)
-tatus (Euphractus sexcinctus)
-teiús (Tupinambis merinae)
-tucanos-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus)
-tucanos-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus)

 

Polinização

A polinização é realizada por:

-abelhas
-insetos

Dispersão

Zoocórica

Dispersores

Macacos-prego-de-peito-amarelo (Sapajus xanthosternus), muriquis-do-sul (Brachyteles arachnoides), antas (Tapirus terrestris), taiaçus (Tayassu pecari), lobinhos-do-mato (Cerdocyon thous), teiús (Tupinambis merinae), peixes e aves, entre elas tucanos-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus), tucanos-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus) e araçaris-poca (Selenidera maculirostris).

Utilidade

UTILIDADE I
Trata-se de uma planta medicinal.

UTILIDADE II
É uma planta apícola.

MADEIRA
Sua madeira moderadamente pesada é utilizada para  a produção de instrumentos musicais e cabos de ferramentas.
É muito utilizada como lenha.

Conservação

Seu status de conservação ainda não foi avaliado (NE).

Propriedades

Informação adicional

PRODUÇÃO DE MUDAS
SEMENTE RECALCITRANTE SEMENTE RECALCITRANTE

PRODUTORES DE MUDAS
SP - INSTITUTO REFLORESTA São Paulo | Tel (11) 2574-1626 | contato@refloresta.org.br | www.refloresta.org.br

DISPONIBILIDADE DE MUDAS E SEMENTES
MUDA DISPONÍVEL MUDA DISPONÍVEL

USO COMMERCIAL
USO MADEIREIRO LENHA OU CARVÃO, PRODUÇÃO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS, PRODUÇÃO DE CABOS

PRODUÇÃO DE ALIMENTO FRUTO

PLANTA MEDICINAL PLANTA MEDICIONAL

EDUCAÇÃO AMBIENTAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL, FRUTO GOSTOSO

REGENERAÇÃO DO SOLO DECOMPACTADORA NA PROFUNDIDADE, MELHORAMENTO DE ABSORÇÃO DE ÁGUA NA PROFUNDIDADE, PROVEDORA DE BIOMASSA

PAISAGISMO - ASPECTOS TÉCNICOS
TETO - ÁRVORE TETO – ÁRVORE

SEM RISCOS PARA ANIMAIS E CRIANÇAS SEM RISCOS PARA ANIMAIS E CRIANÇAS

ACEITA PODA ACEITA PODA

JARDIM DE PLANTAS MEDICINAIS PLANTA MEDICINAL

ARBUSTO FRUTÍFERO ARBUSTO FRUTÍFERO

POMAR PLANTA PARA POMAR

PAISAGISMO PRÓ-WILDLIFE FLORES, FRUTOS

PAISAGISMO PRÓ-POLINIZADORES FLORES

PLANTA PARA ATRAIR PÁSSAROS FLORES ATRATIVAS PARA PÁSSAROS

PAISAGISMO URBANO ADEQUADA PARA PAISAGISMO URBANO

PAISAGISMO PRÓ-FAUNA-URBANA FLORES, FRUTOS

SOMBREAMENTO DE RUAS ADEQUADA PARA SOMBREAMENTO DE RUAS

SOMBREAMENTO DE ESTACIONAMENTOS NÃO – FRUTO GRANDE SUCULENTO CAÍNDO

SOMBREAMENTO DE CALÇADA ADEQUADA PARA SOMBREAMENTO DE CALÇADA

JARDIM LINEAR - ARBUSTOS JARDIM LINEAR – ARBUSTOS

PAISAGISMO - VISUAL
ORNAMENTAL TODA PLANTA, FLOR, FRUTO

MANUTENÇÃO MODERADA

FLOR - COR BRANCO

FLOR - ATRIBUTOS FLOR PEQUENA ( < 2cm )

FOLHAGEM - COR VERDE

FRUTO - COR LARANJA

FRUTO – ATRIBUTOS FRUTO GRANDE ( > 12 mm ), FRUTO SUCULENTO, FRUTO COM BASTANTE POLPA

TRONCO - ATRIBUTOS FISSURADO

QUALIDADES MUITO GOSTOSA, ORNAMENTAL

ESTILO DE JARDIM JARDIM DE PLANTAS MEDICINAIS, JARDIM FLORESTA, JARDIM PARA CRIANÇAS, JARDIM PRÓ-FAUNA, JARDIM PRÓ-POLINIZADOR, JARDIM-FLOR, JARDIM-POMAR, KITCHEN GARDEN, NATURALISTA

ESPÉCIES ANIMAIS QUE UTILIZAM A PLANTA
PRIMATAS DE IMPORTÂNCIA PARA PRIMATAS, FRUTO, ALIMENTO

PRIMATAS GRANDES DE IMPORTÂNCIA PARA PRIMATAS GRANDE, FRUTO, ALIMENTO

BRACHYTELES ARACHNOIDES DE IMPORTÂNCIA PARA BRACHYTELES ARACHNOIDES, FRUTO, ALIMENTO

BRACHYTELES SP DE IMPORTÂNCIA PARA BRACHYTELES, FRUTO, ALIMENTO

SAPAJUS SP DE IMPORTÂNCIA PARA SAPAJUS, FRUTO, ALIMENTO

SAPAJUS XANTHOSTERNUS DE IMPORTÂNCIA PARA SAPAJUS XANTHOSTERNUS, FRUTO, ALIMENTO

ONÍVOROS GRANDES DE IMPORTÂNCIA PARA ONÍVOROS GRANDES, FRUTO, ALIMENTO

CERDOCYON THOUS DE IMPORTÂNCIA PARA CERDOCYON THOUS, FRUTO, ALIMENTO

DIDELPHIS ALBIVENTRIS DE IMPORTÂNCIA PARA DIDELPHIS ALBIVENTRIS, FRUTO, ALIMENTO

DIDELPHIS SP DE IMPORTÂNCIA PARA DIDELPHIS, FRUTO, ALIMENTO

UNGULADOS DE IMPORTÂNCIA PARA UNGULADOS, FRUTO, ALIMENTO

TAPIRUS TERRESTRIS DE IMPORTÂNCIA PARA TAPIRUS TERRESTRIS, FRUTO, ALIMENTO

TAYASSU PECARI DE IMPORTÂNCIA PARA TAYASSU PECARI, FRUTO, ALIMENTO

AVIFAUNA DE IMPORTÂNCIA PARA A AVIFAUNA, FRUTO, ALIMENTO

AVES GRANDES DE IMPORTÂNCIA PARA AVES GRANDES, FRUTO, ALIMENTO

RAMPHASTOS DICOLORUS DE IMPORTÂNCIA PARA RAMPHASTOS DICOLORUS, FRUTO, ALIMENTO

RAMPHASTOS VITELLINUS DE IMPORTÂNCIA PARA RAMPHASTOS VITELLINUS, FRUTO, ALIMENTO

RAMPHASTOS SP DE IMPORTÂNCIA PARA RAMPHASTOS, FRUTO, ALIMENTO

SELENIDERA MACULLIROSTRIS DE IMPORTÂNCIA PARA SELENIDERA MACULLIROSTRIS, FRUTO, ALIMENTO

SELENIDERA SP DE IMPORTÂNCIA PARA SELENIDERA, FRUTO, ALIMENTO

ICTIOFAUNA DE IMPORTÂNCIA PARA A ICTIOFAUNA, FRUTO, ALIMENTO

RÉPTEIS DE IMPORTÂNCIA PARA RÉPTEIS, FRUTO, ALIMENTO

TUPINAMBIS MERIANAE DE IMPORTÂNCIA PARA TUPINAMBIS MERIANAE, FRUTO, ALIMENTO

CONSERVAÇÃO DA FAUNA
IMPORTANTE PARA A FAUNA FORNECEDORA DE ALIMENTO, FORNECEDORA DE ÁGUA

IMPORTANTE PARA POLINIZADORES INSETOS, ABELHAS

IMPORTANTE PARA DISPERSORES GRANDES AVES, PRIMATAS, UNGULADOS, ONÍVOROS, ICTIOFAUNA

ALIMENTO PARA A FAUNA FRUTOS

ÁGUA PARA A FAUNA

SUPERFOOD ANIMAL FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE

FRUTO GRANDE > 12mm até 30 mm

FRUTO SUCULENTO FRUTO SUCULENTO

FLORAÇÃO ABUNDANTE FLORAÇÃO ABUNDANTE

FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE

FLORESCE TODOS OS ANOS FLORESCE TODOS OS ANOS

FRUTIFICA TODOS OS ANOS FRUTIFICA TODOS OS ANOS

FRUTIFICAÇÃO APÓS 5 – 6 ANOS

REGENERAÇÃO DE SOLO
PROVEDORA DE BIOMASSA PRODUTORA DE BIOMASSA, SEMI-DECÍDUA, FLORAÇÃO ABUNDANTE, FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE

MELHORA ABSORÇÃO DE ÁGUA - FUNDO MELHORA A ABSORÇÃO DE ÁGUA NA PROFUNDIDADE DO SOLO – RAÍZES PROFUNDAS

DECOMPACTADORA DO SOLO PROFUNDO DECOMPACTADORA DE SOLO NA PROFUNDIDADE

RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA
ESPÉCIE-CHAVE PARA A FAUNA FORNEÇE ALIMENTO, FORNEÇE ÁGUA, FRUTO GRANDE ( > 12 mm )

IMPORTANTE PARA DISPERSORES GRANDES AVES, PRIMATAS, ONÍVOROS, UNGULADOS, ICTIOFAUNA

ADEQUADA PARA WILDLIFEHEDGE ADEQUADA PARA WILDLIFEHEDGE

ADEQUADA PARA CORREDORES ADEQUADA PARA CORREDORES

ADEQUADA PARA BORDA DE FLORESTA ADEQUADA PARA BORDA DE FLORESTA

ADEQUADA PARA MATAS CILIARES ADEQUADA PARA MATAS CILIARES

ADEQUADA PARA CLAREIRAS ADEQUADA PARA CLAREIRAS

ADEQUADA PARA SUBBOSQUE ADEQUADA PARA SUBBOSQUE

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS
ESTADO DE CONSERVAÇÃO NÃO AVALIADA (NE)

CLASSE SUCCESSIONAL SECUNDÁRIA TARDIA, AVANÇADA

ESTRATO ARBÓREO MÉDIO ( 6 – 15 m )

DISPERSÃO ZOOCÓRICA

DISPERSORES - GRUPOS AVIFAUNA, AVES GRANDES, PRIMATAS, PRIMATAS GRANDES, UNGULADOS, OMNÍVOROS GRANDES, ICTIOFAUNA

DISPERSORES - ESPÉCIE ANIMAL AVIFAUNA, BRACHYTELES ARACHNOIDES, CERDOCYON THOUS, DIDELPHIS ALBIVENTRIS, EUPHRACTUS NOVEMCINCTUS, ICTIOFAUNA, ONÍVOROS, PRIMATAS, RAMPHASTOS DICOLORUS, RAMPHASTOS VITELLINUS, SAPAJUS XANTHOSTERNOS, SELENIDERA MACULIROSTRIS, TAPIRUS TERRESTRIS, TAYASSU PECARI

POLINIZADORES ABELHAS, INSETOS

FAMÍLIA BOTÂNICA MYRTACEAE

DENSIDADE DA MADEIRA MODERADAMENTE PESADA ( 0,6 – 0,74 g/cm³)

DAP ATÉ 40 cm

OCORRÊNCIA NATURAL
BIOMA ,

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA RS, SC, PR, SP, RJ, ES, MG, BA, CE, AL, SE, MS, DF, AM

TIPO DE VEGETAÇÃO CERRADO, FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL, FLORESTA OMBRÓFILA, FLORESTA OMBRÓFILA MIXTA

ADAPTABILIDADE
ALTITUDE 0 – 500, 500 – 1000, 1000 – 1500

TOLERÂNCIA À GEADA TOLERÂNCIA BAIXA À GEADAS ATÉ -3"C

TOLERÂNCIA À INUNDAÇÃO TEMPORÁRIA

TOLERÂNCIA À INUNDAÇÃO CONSTANTE

INFORMAÇÕES FENOLÓGICAS
ÉPOCA DE FLORAÇÃO NO SUL OUT, NOV

ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO NO SUL FEV, MAR

ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO NO SUDESTE JAN, FEV, MAR

INFORMAÇÕES BÁSICAS
FORMA DE VIDA

ALTURA 7 – 10 m

ALTURA CULTIVADA 3 – 5 m

SOLO ,

UMIDADE DO SOLO ÚMIDO BEM DRENADO, SOLO TEMPORARIAMENTE INUNDADO

LUMINOSIDADE SOL, MEIA-SOMBRA

LUMINOSIDADE PLANTA JOVEM MEIA-SOMBRA

BEST SOL, SOLO FÉRTIL, ÚMIDO, COM MUITA MATÉRIA ORGÂNICA

REQUERIMENTO DE ÁGUA ALTO

ESPAÇAMENTO DE PLANTIO 6 x 6 m

VELOCIDADE DE CRESCIMENTO MODERADA

PERSISTÊNCIA FOLIAR PERENIFOLIA, SEMI-DECÍDUA

TAMANHO DO FRUTO 20 – 30 mm

CICLO DE VIDA PERENE

COMESTIBILIDADE FRUTO

ÁREA DE UTILIZAÇÃO RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA, PAISAGISMO, CONSERVAÇÃO ANIMAL, SISTEMAS AGROFLORESTAIS, USO COMMERCIAL, EDUCAÇÃO AMBIENTAL

QUALIDADES ORNAMENTAL, ALIMENTÍCIA, FRUTÍFERA, MEDICINAL

Referências

CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras: Guaviroveira-de-Porco (Campomanesia guaviroba). 2010 Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa florestas. vol. 4, p. 277-281.

Taxonomia

Família

Myrtaceae

Gênero

Campomanesia

Espécie

C. guaviroba

Outros nomes populares

Guabiroba-de-porco

Como plantar

Introdução

Plantar e cuidar de plantas é uma arte.
Se quisermos ter jardins ou ecosistemas vitais, fortes, saudáveis e com todo esplendor, teremos que considerar as preferências específicas de cada espécie e prover as condições que a planta necessita para ficar bem.
A arte consiste em plantar cada espécie no local adequado, o qual oferece as condições edafo-climáticas que permitem um bom desenvolvimento da planta.
É muito importante investir um pouco mais de tempo, energias e investimentos logo no começo, pois os primeiros meses após plantio influenciam o desenvolvimento de uma planta enormemente.
Se acertarmos logo no início, iremos nos poupar enormes esforços e custos mais tarde.
Se não quisermos ter plantas meio mortas, que toda hora ficam pegando pragas e doenças, teremos que providenciar boas condições de vida para as plantas já desde o início.

Abrir o berço

Abra um berço de 60 x 60 x 60 cm.
Na hora de retirar a terra, separe os 20 cm de terra mais superficiais (TERRA  1) e o resto de terra (TERRA 2) criando 2 montes de terra separados.
A terra mais superficial contém mais nutrientes e será colocada no fundo do berço mais tarde.
Descompacte a terra retirada o máximo possível.
Crie algumas entradas nos lados do berço, batendo com a ponta da enxada ou com pá, para facilitar a entrada de raízes futuramente.

 

Preparo da terra

Misture a TERRA 1 com a mesma quantidade de  material orgânico de alta fertilidade e a metade da quantidade de areia.
MIX 1: TERRA 1 (40%) + MO (40%) +  AREIA (20%)
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas a base de esterco.
Separe 4 pás desta mistura e coloque o resto no berço.

Separe a TERRA 2  em duas porções iguais.
Misture uma metade da TERRA 2 com a mesma quantidade de  material orgânico de alta fertilidade e a metade da quantidade de areia.
MIX 2: TERRA 2 (40%) + MO (40%) + AREIA (20%)
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas à base de esterco.

A outra metade não precisa de enriquecimento, pois será utilizada para criar um círculo de terra elevada em volta da muda, o qual irá “segurar” água e nutrientes perto da muda. Isto irá evitar a lixiviação de valiosos nutrientes e melhorar a absorção de água pelo solo.

O plantio

Jogue bastante água no berço, e mexa misturando água e terra até a terra virar lama líquida.
Coloque então a muda de maneira que o colo dela fique 2 cm abaixo do nível do terreno ao redor.
A lama líquida irá auxiliar para acertarmos a altura do colo e vai evitar que bolhas de ar ressequem as raízes, enfraquecendo a planta.
Colocar a lama no fundo do berço irá garantir que água estará disponível para a muda nos primeiros dias, facilitando o enraizamento.
A terra úmida também irá facilitar a absorção de água de chuva pelo solo.

Preencha o resto do berço com o MIX 2 enriquecida.
Tome cuidado para não afundar o colo da  planta.
Faça uma leve compressão com as mãos para compactar a terra e retirar bolhas do ar.
Não use os pés, pois pressão demais pode danificar as raízes! Procedendo desta maneira, a terra na borda do berço vai estar um pouco mais alta do que perto da muda, fazendo com que a água da chuva e os nutrientes sempre sejam levados para perto da muda.

Implementação de medidas erosivas

Utilize a segunda metade de TERRA 2 (a não enriquecida) para criar uma barreira de terra de 5 a 10 cm de altura em volta da muda.
Tente criar um círculo de 1m de diâmetro.
Compacte com as mãos.

Distribua o resto da TERRA 1 (as 4 pás separadas no começo) dentro do círculo criado.

Caso a muda seja plantada num terreno íngreme com declividade acima de 30°, é recomendável criar um “U”, que irá captar e segurar a água de chuva que escorre superficialmente.
Em terrenos com declividade acima de 45° recomendamos que a barreira seja feita com bambú ou galhos grossos. Para segurar os galhos no lugar, é necessário fincar duas estacas no solo e colocar os galhos-barreira atravessados, encostando bem no solo.

Para terrenos íngremes em projetos de restauração ecológica ou em plantios em áreas maiores recomenda-se adicionalmente a criação de valas de 10 a 20cm de profundidade correndo igual a curvas de nível.  Estas devem ser implementadas a cada 10 a 15m de altitude. Elas irão desacelerar a água que escorre e poderão ser direcionadas para poças naturais ou poças de drenagem. Quanto mais água de chuva for absorvida pelo solo no local, menos água sobrecarregará os rios, provocando inundações e assoreamentos.

Rega

Regue a muda com bastante água (no mínimo 10 litros ). Regue devagar, deixando tempo para o solo absorver a água. Tente não utilizar água clorada, pois o cloro irá matar os valiosos microorganismos do solo.
Estes são de extreme importância para o bem-estar das plantas, sendo importantes produtores de nutrientes!

Caso não haja água disponível no local do plantio, recomendamos o procedimento seguinte:
Utilize galhos finos pontiagudos ou longos pregos para criar furos  ( de no mínimo 20 cm ) na terra. Estes facilitarão a absorção da água de chuva e nutrientes.

 

Recobrimento do solo

É muito importante recobrir o solo ao redor das mudas para diminuir a temperatura do ambiente (o solo nu aquece extremamente e acaba irradiando muito calor, ressecando a muda) e do solo ( temperaturas muito altas do solo dificultam absorção da água de chuva), para criar condições favoráveis para microrganismos produtores de nutrientes e para fornecer os nutrientes necessários para um crescimento saudável das plantas.

Existem duas maneiras de recobrir o solo.
A primeira opção é colocar material orgânico ao redor da muda.
Neste caso pode ser utilizado praticamente tudo que estiver disponível no local.
Quanto mais picotado, mais  rapidamente o material irá disponibilizar os nutrientes. Podem ser utilizados capins (são excelentes fornecedores de fósforo), folhas de bananeiras (fornecem potássio), serapilheira etc.

Folhas finas e flexíveis costumam se decompor rapidamente, diferente de folhas duras que são difíceis de dobrar ou galhos e toras de árvores.
Neste contexto recomenda-se o uso de uma mistura de folhas e galhos finos de malváceas e fabáceas, capins picotados sem inflorescências e partes que possam rebrotar (a parte superior da folha) e folhas, frutos e caules picotados de bananeiras.

Evite usar plantas tóxicas, produtoras de látex ou aquelas que causam irritações nos olhos ou coceira.
Aquilo que não te faz bem provavelmente também irá causar danos a outras plantas.
Outra opção para evitar problemas, é observar o entorno das plantas que você pretende coletar para o recobrimento do solo.
Plantas com poucas plantas vizinhas provavelmente emitem substâncias que irão inibir um desenvolvimento saudável de outras plantas.

A segunda é o plantio de plantas baixas que servem de forração.
Favorecemos esta técnica, pois além da sombra e dos nutrientes produzidos pelas plantas,  suas raízes também facilitam a absorção da água de chuva pelo solo e ajudam a descompactar o solo.
Existem diversas espécies de herbáceas adequadas, inclusive algumas “fixadoras” de nitrogênio.
Uma ótima opção é a grama-amendoim (Arachis repens), a qual cria um excelente microclima para microrganismos sob as folhas e a qual faz aliança com microorganismos produtores de nitrogênio.

E o mais importante

Faça tudo isso com amor, carinho e alegria

Aprenda a cuidar

Luminosidade

A guabiroba necessita de meia-sombra ou pleno sol.

Solo ideal

Se desenvolve  com todo esplendor a pleno sol em solos férteis e úmidos, ricos em material orgânico.

Adubação

Basta adubar 2 vezes por ano com material orgânico.
Recubra o solo na área correspondente à copa mais um anel de cerca de 50 cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas à base de esterco, húmus de minhoca ou serapilheira.

Podas

A guabiroba aceita poda.

Produção de mudas

Produção

Utilize frutos maduros recém-colhidos.
Coloque em recipiente individual ou sementeira na meia-sombra.
Utilize terra fértil com muita matéria orgânica.

Viabilidade

A semente é recalcitrante

Tempo de germinação

10 a 20 dias

Velocidade de crescimento

Moderada
40 cm após 12 meses

Funções Ecológicas

Disponível nestes produtores

Filter

Créditos de imagens

IMAGENS DOS ANIMAIS
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