CAMPOMANESIA XANTHOCARPA

Guabiroba-laranja

Guabiroba-laranja

 

 

 

 

 

Mapa de distribuição

Clique para ampliar
Clique para saber mais

Características

A guabiroba-laranja é uma árvore semi-decídua, de porte e florada muito ornamentais, de 4 a 20 metros de altura.
O DAP chega a medir 30 a 50 cm.

Paisagismo

Sua bela florada branca e os frutos laranjas fazem da guabiroba-laranja uma excelente opção para projetos de paisagismo.
É uma árvore de crescimento rápido.

Requerimentos

A guabiroba-laranja se desenvolve bem na meia-sombra ou a pleno sol.
Tolera todos os solos, mas se desenvolve melhor em solos férteis e úmidos, contendo muita matéria orgânica.

Manutenção

É uma espécie que requer moderada manutenção.
Dá um pouco de trabalho em projetos urbanos, onde flores e frutos caídos necessitam ser retirados.
For isto basta adubar 2 vezes por ano com material orgânico.
Recobrir o solo na área correspondente à copa mais um anel de cerca de 50cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serapilheira.
Aproveite a manutenção para descompactar o solo superficial para facilitar a absorção de água pelo solo.
A guabiroba aceita poda.

Frutos e sementes

Os frutos medem até 3cm.

Comestibilidade

Os frutos são comestíveis e muito apreciados para consumo in natura, sucos, geléias, sorvetes, sorbets, doces e molhos.
Possuem um agradável sabor de goiaba.
A casca dos frutos é amarga e deve ser retirada antes do consumo.

Fenologia

REGIÃO SUL
FLORAÇÃO  |   outubro – novembro
FRUTIFICAÇÃO  |  dezembro – janeiro

REGIÃO SUDESTE
FLORAÇÃO  |  setembro – novembro
FRUTIFICAÇÃO  |  dezembro – maio

Distribuição geográfica e habitat

HABITAT

BIOMA 
Mata Atlântica – Pampa

TIPO DE VEGETAÇÃO
Floresta Estacional Semidecidual – Floresta Ombrófila – Floresta Ombrófila Mista

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

REGIÃO SUL 
Rio Grande do Sul – Santa Catarina – Paraná

REGIÃO SUDESTE 
São Paulo – Rio de Janeiro – Minas Gerais – Espírito Santo

 

* Adaptado da Lista de Espécies do Flora do Brasil

 

Adaptabilidade

A espécie ocorre naturalmente em terrenos úmidos na bacia do rio Paraná e em florestas semi-decíduas da Mata Atlântica.

Restauração ecológica

A guabiroba-laranja não deve faltar em projetos de restauração ecológica.
Seus frutos servem de alimento para muitas espécies animais e suas flores oferecem néctar e pólen para polinizadores.
É uma espécie-chave para o suprimento de dispersores de grande porte como primatas e lobinhos-do-mato.
É também uma excelente produtora de biomassa, por ser uma espécie semi-decídua e produzir florada e frutifiicação abundante.
A espécie é apícola.
É classificada como secundária inicial ou secundária tardia.
Seu status de conservação é avaliado como pouco preocupante (LC).

Contribuição para a conservação animal

Suas flores fornecem alimento (néctar) para:

-abelhas
– insetos

Seus frutos oferecem alimento para:

-araçari-poca (Selenidera maculirostris)
aves
– jacutingas (Aburria jacutinga)
-lobinhos-do-mato (Cerdocyon thous)
-macacos-prego-de-crista (Sapajus robustus)
-micos-leões-de-cara preta (Leontopithecus caissara)
-muriquis-do-sul (Brachyteles arachnoides),
-teiús (Tupinambis merinae)

Polinização

A polinização é realizada por:

-abelhas
-insetos

Dispersão

Zoocórica

Dispersores

Macacos-prego-de-crista (Sapajus robustus), muriquis-do-sul (Brachyteles arachnoides), micos-leões-de-cara preta (Leontopithecus caissara), lobinhos-do-mato (Cerdocyon thous), teiús (Tupinambis merinae), jacutingas (Aburria jacutinga), araçari-poca (Selenidera maculirostris) e diversas espécies de aves.

Utilidade

UTILIDADE I
Trata-se de uma planta medicinal.

UTILIDADE II
É uma planta apícola.

MADEIRA
Sua madeira moderamente pesada é utilizada para marcenaria, carpintaria, construção interna e externa, a produção de assoalhos e acabamentos internos, e a produção de instrumentos musicais.

Conservação

Seu status de conservação é avaliado como pouco preocupante (LC).

Propriedades

Informação adicional

PRODUTORES DE MUDAS
SP - INSTITUTO REFLORESTA São Paulo | Tel (11) 2574-1626 | contato@refloresta.org.br | www.refloresta.org.br

SP - SÍTIO DA MATA Tietê | Tel (15) 3285-1651 | faleconosco@sitiodamata.com.br | www.sitiodamata.com.br

PR - FLORA LONDRINA Londrina | Tel (43) 3336-2414 | sac@floralondrina.com.br | www.floralondrina.com.br

USO COMMERCIAL
USO MADEIREIRO ACABAMENTOS INTERNOS, ASSOALHO, CONSTRUÇÃO INTERNA, LENHA OU CARVÃO, PRODUÇÃO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS, PRODUÇÃO DE CABOS

PRODUÇÃO DE ALIMENTO PRODUÇÃO DE MEL, FRUTO

PLANTA MEDICINAL PLANTA MEDICIONAL

EDUCAÇÃO AMBIENTAL FRUTO GOSTOSO

PAISAGISMO - ASPECTOS TÉCNICOS
TETO - ÁRVORE TETO – ÁRVORE

JARDIM DE CHUVA ADEQUADA PARA JARDIM DE CHUVA

SEM RISCOS PARA ANIMAIS E CRIANÇAS SEM RISCOS PARA ANIMAIS E CRIANÇAS

ACEITA PODA ACEITA PODA

POMAR PLANTA PARA POMAR

PAISAGISMO PRÓ-WILDLIFE FLORES, FRUTOS

PAISAGISMO PRÓ-POLINIZADORES FLORES

PLANTA PARA ATRAIR PÁSSAROS PLANTA PARA ATRAIR PÁSSAROS

PAISAGISMO PRÓ-FAUNA-URBANA FLORES, FRUTOS

PAISAGISMO - VISUAL
ORNAMENTAL TODA PLANTA, FLOR, FRUTO, TRONCO

VISUAL VISUAL CIRCULAR

MANUTENÇÃO MODERADA

FLOR - COR BRANCO

FLOR - ATRIBUTOS FLOR PEQUENA ( < 2cm )

FOLHAGEM - ATRIBUTOS FOLHAS NORMAIS

FOLHAGEM - COR VERDE

FRUTO - COR LARANJA

FRUTO – ATRIBUTOS FRUTO GRANDE ( > 12 mm )

TRONCO - COR CINZA

TRONCO - ATRIBUTOS FISSURADO

QUALIDADES MUITO GOSTOSA, ORNAMENTAL

ESTILO DE JARDIM JARDIM-POMAR, NATURALISTA, TROPICAL

ESPÉCIES ANIMAIS QUE UTILIZAM A PLANTA
PRIMATAS DE IMPORTÂNCIA PARA PRIMATAS, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

PRIMATAS GRANDES DE IMPORTÂNCIA PARA PRIMATAS GRANDE, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

BRACHYTELES ARACHNOIDES DE IMPORTÂNCIA PARA BRACHYTELES ARACHNOIDES, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

BRACHYTELES SP DE IMPORTÂNCIA PARA BRACHYTELES, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

LEONTOPITHECUS CAISSARA DE IMPORTÂNCIA PARA LEONTOPITHECUS CAISSARA, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

LEONTOPITHECUS ROSALIA DE IMPORTÂNCIA PARA LEONTOPITHECUS ROSALIA, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

LEONTOPITHECUS SP DE IMPORTÂNCIA PARA LEONTOPITHECUS, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

SAPAJUS ROBUSTUS DE IMPORTÂNCIA PARA SAPAJUS ROBUSTUS, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

SAPAJUS SP DE IMPORTÂNCIA PARA SAPAJUS, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

ONÍVOROS GRANDES DE IMPORTÂNCIA PARA ONÍVOROS GRANDES, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

CERDOCYON THOUS DE IMPORTÂNCIA PARA CERDOCYON THOUS, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

AVIFAUNA DE IMPORTÂNCIA PARA A AVIFAUNA, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

AVES GRANDES DE IMPORTÂNCIA PARA AVES GRANDES, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

ABBURRIA JACUTINGA DE IMPORTÂNCIA PARA ABBURRIA JACUTINGA, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

PENELOPE OBSCURA DE IMPORTÂNCIA PARA PENELOPE OBSCURA, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

PENELOPE SUPERCILIARIS DE IMPORTÂNCIA PARA PENELOPE SUPERCILIARIS, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

PENELOPE SP DE IMPORTÂNCIA PARA PENELOPE, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

TUPINAMBIS MERIANAE DE IMPORTÂNCIA PARA TUPINAMBIS MERIANAE, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

CONSERVAÇÃO DA FAUNA
IMPORTANTE PARA POLINIZADORES TODOS OS POLINIZADORES, INSETOS, ABELHAS

IMPORTANTE PARA DISPERSORES GRANDES AVES, PRIMATAS, ONÍVOROS

ALIMENTO PARA A FAUNA FLORES, FRUTOS

ÁGUA PARA A FAUNA

SUPERFOOD ANIMAL FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE, FRUTO CONSUMIDO POR MUITAS ESPÉCIES, FRUTO GRANDE SUCULENTO > 30mm

FRUTO GRANDE > 12mm até 30 mm

FRUTO SUCULENTO FRUTO SUCULENTO

FLORAÇÃO ABUNDANTE FLORAÇÃO ABUNDANTE

FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE

FLORESCE TODOS OS ANOS FLORESCE TODOS OS ANOS

FRUTIFICA TODOS OS ANOS FRUTIFICA TODOS OS ANOS

FRUTIFICAÇÃO APÓS 5 – 6 ANOS

REGENERAÇÃO DE SOLO
PROVEDORA DE BIOMASSA SEMI-DECÍDUA, FLORAÇÃO ABUNDANTE, FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE

RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA
ESPÉCIE-CHAVE PARA A FAUNA FORNEÇE ALIMENTO, FORNEÇE ÁGUA, FORNEÇE SUPERFOOD, FRUTO GRANDE ( > 12 mm )

DENSIDADE DE SOMBRA ALTA

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS
ESTADO DE CONSERVAÇÃO POUCO PREOCUPANTE (LC)

CLASSE SUCCESSIONAL SECUNDÁRIA INICIAL, SECUNDÁRIA TARDIA

ESTRATO ARBÓREO ALTO ( 15 – 35 m )

DISPERSÃO ZOOCÓRICA

POLINIZADORES ABELHAS, INSETOS

FAMÍLIA BOTÂNICA MYRTACEAE

DENSIDADE DA MADEIRA MODERADAMENTE PESADA ( 0,6 – 0,74 g/cm³)

DAP ATÉ 50 cm

ADAPTABILIDADE
ALTITUDE 0 – 500, 500 – 1000, 1000 – 1500, 1500 – 2000, TODAS

TOLERÂNCIA À GEADA TOLERÂNCIA BAIXA À GEADAS ATÉ -3"C

TOLERÂNCIA À INUNDAÇÃO TEMPORÁRIA

INFORMAÇÕES FENOLÓGICAS
ÉPOCA DE FLORAÇÃO NO SUL OUT, NOV

ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO NO SUL JAN, DEZ

ÉPOCA DE FLORAÇÃO NO SUDESTE SET, OUT, NOV

ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO NO SUDESTE JAN, FEV, MAR, ABR, MAI, DEZ

INFORMAÇÕES BÁSICAS
FORMA DE VIDA

ALTURA 15 – 20 m

SOLO , , , , , ,

UMIDADE DO SOLO SECO, ÚMIDO BEM DRENADO, SOLO TEMPORARIAMENTE INUNDADO

LUMINOSIDADE SOL, MEIA-SOMBRA

LUMINOSIDADE PLANTA JOVEM MEIA-SOMBRA

BEST SOL, SOLO FÉRTIL, ÚMIDO, BEM DRENADO, COM MUITA MATÉRIA ORGÂNICA

REQUERIMENTO DE ÁGUA MODERADO

ESPAÇAMENTO DE PLANTIO 8 x 8 m

VELOCIDADE DE CRESCIMENTO RÁPIDA

PERSISTÊNCIA FOLIAR SEMI-DECÍDUA

TAMANHO DO FRUTO FRUTO GRANDE >12 mm, 20 – 30 mm

CICLO DE VIDA PERENE

COMESTIBILIDADE FRUTO

ÁREA DE UTILIZAÇÃO RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA, PAISAGISMO, CONSERVAÇÃO ANIMAL, SISTEMAS AGROFLORESTAIS, USO COMMERCIAL

QUALIDADES ORNAMENTAL, ALIMENTÍCIA, FRUTÍFERA, MEDICINAL

Referências

CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras: Guaviroveira (Campomanesia xanthocarpa). 2008 Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas. vol. 2, p. 261-268.

Taxonomia

Família

Myrtaceae

Gênero

Campomanesia

Espécie

C. xanthocarpa

Outros nomes populares

Guabirobeira-de-folha-grande

Animais relacionados a esta espécie

Como plantar

Introdução

Plantar e cuidar de plantas é uma arte.
Se quisermos ter jardins ou ecossistemas vitais, fortes, saudáveis e com todo esplendor, teremos que considerar as preferências específicas de cada espécie e prover as condições que a planta necessita para ficar bem.
É muito importante investir um pouco mais de tempo, energias e investimentos logo no começo, pois os primeiros meses após plantio influenciam o desenvolvimento de uma planta enormemente.
Se não quisermos ter plantas meio mortas, que toda hora ficam pegando pragas e doenças, teremos que providenciar boas condições de vida logo no começo.
Se acertarmos logo no início, iremos nos poupar enormes esforços e custos mais tarde.

Abrir o berço

Abra um berço de no mínimo 60 x 60 x 60 cm.
Na hora de retirar a terra, separe os 20 cm de terra mais superficiais (TERRA  1) e o resto de terra (TERRA 2) criando 2 montes de terra separados.
A terra mais superficial contém mais nutrientes e será colocada no fundo do berço mais tarde.
Descompacte a terra retirada o máximo possível.
Crie algumas entradas nos lados do berço, batendo com a ponta da enxada ou com pá, para facilitar a entrada de raízes futuramente.

Preparo da terra

Misture a TERRA 1 com a mesma quantidade de  material orgânico de alta fertilidade.
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas a base de esterco.
Separe 4 pás desta mistura e coloque o resto no berço.

Separe a TERRA 2  em duas porções iguais. Misture uma metade da TERRA 2 com a mesma quantidade de  material orgânico de alta fertilidade.
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas à base de esterco.
A outra metade não precisa de enriquecimento, pois será utilizada para criar um círculo de terra elevada em volta da muda, o qual irá “segurar” água e nutrientes perto da muda.
Isto irá evitar a lixiviação de valiosos nutrientes e melhorar a absorção de água pelo solo.

O plantio

Jogue bastante água no berço, e mexa misturando água e terra até a terra virar lama líquida.

Coloque então a muda de maneira que o colo dela fique 2 cm abaixo do nível do terreno ao redor.
A lama líquida irá auxiliar para acertarmos a altura do colo e vai evitar que bolhas de ar ressequem as raízes, enfraquecendo a planta.
Colocar a lama no fundo do berço irá garantir que água estará disponível para a muda nos primeiros dias, facilitando o enraizamento.
A terra úmida também irá facilitar a absorção de água de chuva pelo solo.

Preencha o resto do berço com a TERRA 2 enriquecida.
Tome cuidado para não afundar o colo da  planta.
Faça uma leve compressão com as mãos para compactar a terra e retirar bolhas do ar.
Não use os pés, pois pressão demais pode danificar as raízes! Procedendo desta maneira, a terra na borda do berço vai estar um pouco mais alta do que perto da muda, fazendo com que a água da chuva e os nutrientes sempre sejam levados para perto da muda.

Implementação de medidas erosivas

Utilize a segunda metade de TERRA 2 (a não enriquecida) para criar uma barreira de terra de 5 a 10 cm de altura em volta da muda.
Tente criar um círculo de 1m de diâmetro.
Compacte com as mãos.

Distribua o resto da TERRA 1 (as 4 pás separadas no começo) dentro do círculo criado.

Caso a muda seja plantada num terreno íngreme com declividade acima de 30°, é recomendável criar um “U”, que irá captar e segurar a água de chuva que escorre superficialmente.
Em terrenos com declividade acima de 45° recomendamos que a barreira seja feita com bambu ou galhos grossos.
Para segurar os galhos no lugar, é necessário fincar duas estacas no solo e colocar os galhos-barreira atravessados, encostando bem no solo.

Para terrenos íngremes em projetos de restauração ecológica ou em plantios em áreas maiores recomenda-se adicionalmente a criação de valas de 10 a 20cm de profundidade correndo igual a curvas de nível.
Estas devem ser implementadas a cada 10 a 15m de altitude. Elas irão desacelerar a água que escorre e poderão ser direcionadas para poças naturais ou poças de drenagem.
Quanto mais água de chuva for absorvida pelo solo no local, menos água sobrecarregará os rios, provocando inundações e assoreamentos.

Rega

Regue a muda com bastante água (no mínimo 10 litros ). Regue devagar, deixando tempo para o solo absorver a água. Tente não utilizar água clorada, pois o cloro irá matar os valiosos microrganismos do solo.
Estes são de extreme importância para o bem-estar das plantas, sendo importantes produtores de nutrientes!

Caso não haja água disponível no local do plantio, recomendamos o procedimento seguinte:
Utilize galhos finos pontiagudos ou longos pregos para criar furos  ( de no mínimo 20 cm ) na terra.
Estes facilitarão a absorção da água de chuva e nutrientes.

Recobrimento do solo

É muito importante recobrir o solo ao redor das mudas para diminuir a temperatura do ambiente (o solo nu aquece extremamente e acaba irradiando muito calor ressecando a muda) e do solo ( temperaturas muito altas do solo dificultam absorção da água de chuva), para criar condições favoráveis para microrganismos produtores de nutrientes e para fornecer os nutrientes necessários para um crescimento saudável das plantas.

Existem duas maneiras de recobrir o solo.

A primeira opção é colocar material orgânico ao redor da muda. Neste caso pode ser utilizado praticamente tudo que estiver disponível no local.
Quanto mais picotado, mais  rapidamente o material irá disponibilizar os nutrientes.
Podem ser utilizados capins (são excelentes fornecedores de fósforo), folhas de bananeiras (fornecem potássio), serapilheira etc.

Folhas finas e flexíveis costumam se decompor rapidamente, diferente de folhas duras que são difíceis de dobrar ou galhos e toras de árvores.
Neste contexto recomenda-se o uso de uma mistura de folhas e galhos finos de malváceas e fabáceas, capins picotados sem inflorescências e partes que possam rebrotar (a parte superior da folha) e folhas, frutos e caules picotados de bananeiras.

Evite usar plantas tóxicas ou aquelas que causam irritações nos olhos ou coceira.
Aquilo que não te faz bem provavelmente também irá causar danos a outras plantas.
Outra opção para evitar problemas, é observar o entorno das plantas que você pretende coletar para o recobrimento do solo.
Plantas com poucas plantas vizinhas provavelmente emitem substâncias que irão inibir um desenvolvimento saudável de outras plantas.

A segunda é o plantio de plantas baixas que servem de forração.
Favorecemos esta técnica, pois além da sombra e dos nutrientes produzidos pelas plantas,  suas raízes também facilitam a absorção da água de chuva pelo solo e ajudam a descompactar o solo.

Existem diversas espécies de herbáceas adequadas, inclusive algumas “fixadoras” de nitrogênio.
Uma ótima opção é a grama-amendoim (Arachis repens), a qual cria um excelente microclima para microrganismos sob as folhas e a qual faz aliança com microorganismos produtores de nitrogênio.

 

E o mais importante

Faça tudo isso com amor, carinho e alegria

Aprenda a cuidar

Luminosidade

A guabiroba-laranja necessita de meia-sombra ou a pleno sol.

Solo ideal

Tolera todos os solos, mas se desenvolve melhor em solos férteis e úmidos, contendo muita matéria orgânica.

Adubação

É uma espécie que requer moderada manutenção.
Por isto basta adubar 2 vezes por ano com material orgânico.
Recobrir o solo na área correspondente à copa mais um anel de cerca de 50cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serapilheira.

Podas

A guabiroba aceita poda.

Produção de mudas

Produção

Utilize frutos maduros recém-colhidos.
Coloque em recipiente individual ou sementeira na meia-sombra.
Utilize terra fértil (80%) misturada com areia (20%) ou
mistura de terra local (30%), composto orgânico ou húmus de minhoca (40%) e areia (20%).

Viabilidade

Sementes recalcitantes

Tempo de germinação

15 a 30 dias

Velocidade de crescimento

Rápido
40cm após 6 meses

Créditos de imagens

IMAGENS
www.istockphoto.com

IMAGEM PRINCIPAL
iStock-1388393368 – Global Pics

IMAGENS DOS ANIMAIS
averiguar o perfil da espécie animal

COMPARTILHE

Veja também

Faça sua parte na proteção da Mata Atlântica. Contribua com o projeto REWILD BRAZIL e ajude-nos a proteger essa preciosa fonte de vida e recursos naturais

apoie nossa causa

Pregizerstr.11
72127 Kusterdingen
Alemanha

+49 163 718 9636

Freistellungsbescheid nach § 60a Abs. 1 AO über die gesonderte. Feststellung der Einhaltung der satzungsmäßigen Voraussetzungen nach den §§ 51, 59, 60 und 61 AO

© Katrin Bokelmann                 Desenvolvido por NaçãoDesign