COPAIFERA LANGSDORFFII

Copaíba

Copaíba

 

 

 

 

 

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Características

A copaíba é uma árvore perenifólia ou semi-decídua de até 30 metros de altura.
O DAP chega a medir 50 a 80 cm.

Paisagismo

Seu porte e a folhagem são ornamentais.
A copa larga e os seus galhos tortuosos fazem da copaíba uma opção interessante para o paisagismo.
Também as brotações avermelhadas lhe conferem um charme singular.
É uma árvore de crescimento lento.

Requerimentos

A copaíba se desenvolve bem na meia-sombra ou a pleno sol.
Tolera todos os solos, mas se desenvolve melhor a pleno sol em em solos férteis bem drenados.
Tolera bem solos arenosos, contanto que sejam férteis.

Manutenção

Requer pouca manutenção.
Basta adubar com material orgânico duas vezes por ano.
Recubra o solo na área correspondente á copa mais um anel de cerca de 50 cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serapilheira.
A copaíba aceita poda.

Frutos e sementes

Os frutos medem até 5 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro.
A frutificação ocorre na época de maior perda de folhas.
Não produz frutos todos os anos.
A frutificação ocorre a cada três anos.

Fenologia

REGIÃO SUDESTE
FLORAÇÃO  |   outubro – março
FRUTIFICAÇÃO  |  julho – outubro

Distribuição geográfica e habitat

HABITAT
BIOMA
Mata Atlântica – Cerrado – Caatinga – Amazônia

TIPO DE VEGETAÇÃO
Campo Rupestre – Cerrado – Floresta Ciliar – Floresta Estacional Semidecidual – Floresta Ombrófila – Floresta de Terra Firme

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

REGIÃO SUL –
Paraná – Rio Grande do Sul

REGIÃO SUDESTE –
São Paulo – Rio de Janeiro – Minas Gerais – Espírito Santo

REGIÃO NORDESTE –
Bahia – Ceará – Maranhão – Paraíba – Pernambuco – Piauí – Rio Grande do Norte

REGIÃO CENTRO-OESTE –
Mato Grosso –  Mato Grosso do Sul – Goiás – Distrito Federal

REGIÃO NORTE –
Rondônia – Tocantins

 

* Adaptado da Lista de Espécies do Flora do Brasil

Adaptabilidade

A espécie ocorre naturalmente em matas primárias e secundárias, principalmente em áreas de transição entre florestas e cerrado.
Não tolera geadas.
Tolera bem inundações temporárias.
Tolera secas.
A tolerância a ventos fortes é moderada.

Restauração ecológica

Trata-se de uma espécie-chave para o suprimento da fauna, especialmente da fauna de grande porte.
Por isso não deve faltar em projetos de restauração ecológica.
Suas flores oferecem alimento para polinizadores como insetos e abelhas.
É também uma espécie que faz aliança com microorganismos produtores de nitrogênio, substância indispensável para o crescimento saudável de plantas e a regeneração de solos degradados.
Sua copa oferece sombra densa.
É classificada como secundária tardia ou avançada.

Contribuição para a conservação animal

Suas flores oferecem alimento para insetos polinizadores:

-abelhas.

Os frutos oferecem alimento para:

-antas (Tapirus terrestris)
-bugios-marrons (Alouatta guariba)
-catetos (Pecari tayacu)
-gralhas azuis (Cyanocorax caeruleus).
-morcegos
-muriquis-do-sul (Brachyteles arachnoides),
-taiaçus (Tayassu pecari),
-tucanos-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus)
-tucanuçus (Ramphastos toco)

Polinização

A polinização é realizada por:

-Insetos
-abelhas

Dispersão

Zoocórica

Dispersores

Bugios-marrons (Alouatta guariba), muriquis-do-sul (Brachyteles arachnoides), antas (Tapirus terrestris), taiaçus (Tayassu pecari), catetos (Pecari tayacu), morcegos e diversas espécies de aves, entre elas tucanuçus (Ramphastos toco), tucanos-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus) e gralhas azuis (Cyanocorax caeruleus).

Utilidade

UTILIDADE I
Trata-se de uma planta medicinal muito utilizada tanto no Brasil como no exterior.

UTILIDADE II
A espécie é apícola.

UTILIDADE III
Fornece o óleo de copaíba, líquido extraído do cerne do tronco.
Este é muito utilizado na produção de perfumes e cosméticos.
Além disso pode ser utilizado na produção de tintas e vernizes.
Pode também servir como substituto para diesel.

MADEIRA
Sua madeira moderadamente pesada ( 0,65 g/cm³) é altamente resistente ao apodrecimento natural, sendo utilizada na construção civil, carpintaria e na produção de assoalhos, vigas, móveis e caixotaria.
A madeira é muito resistente ao ataque de brocas, mas pouco resistente a fungos e cupins.

Conservação

A espécie não foi avaliada quanto ao seu status de conservação (NE).

Propriedades

Informação adicional

PRODUTORES DE MUDAS
SP - INSTITUTO REFLORESTA São Paulo | Tel (11) 2574-1626 | contato@refloresta.org.br | www.refloresta.org.br

SP - SÍTIO DA MATA Tietê | Tel (15) 3285-1651 | faleconosco@sitiodamata.com.br | www.sitiodamata.com.br

PR - FLORA LONDRINA Londrina | Tel (43) 3336-2414 | sac@floralondrina.com.br | www.floralondrina.com.br

DISPONIBILIDADE DE MUDAS E SEMENTES
MUDA DISPONÍVEL MUDA DISPONÍVEL

SEMENTE DISPONÍVEL SEMENTE DISPONÍVEL

USO COMMERCIAL
USO MADEIREIRO ASSOALHO, CONSTRTUÇÃO EXTERNA, CONSTRUÇÃO INTERNA, PRODUÇÃO DE CAIXAS OU EMBALAGENS

PLANTA MEDICINAL PLANTA MEDICIONAL

PRODUÇÃO DE COSMÉTICOS PLANTA PARA A PRODUÇÃO DE COSMÉTICOS

PRODUÇÃO DE ÓLEOS E RESINAS PRODUÇÃO DE ÓLEOS E RESINAS

REGENERAÇÃO DO SOLO DECOMPACTADORA NA PROFUNDIDADE, FIXADORA DE NITROGÊNIO, MELHORAMENTO DE ABSORÇÃO DE ÁGUA NA PROFUNDIDADE, PROVEDORA DE BIOMASSA, SOMBREAMENTO DO SOLO

SOMBREAMENTO DE PASTAGENS SERVE PARA SOMBREAMENTO DE PASTAGENS

PLANTAS AQUÁTICAS E PALUDOSAS
IMPORTANTE PARA A FAUNA AQUÁTICA FORNECEDORA DE ALIMENTO, ABRIGO

PAISAGISMO - ASPECTOS TÉCNICOS
TETO - ÁRVORE TETO – ÁRVORE

ACEITA PODA ACEITA PODA

PAISAGISMO PRÓ-WILDLIFE COPA DENSA, FLORES, FRUTOS

PAISAGISMO PRÓ-POLINIZADORES FLORES

PLANTA PARA ATRAIR PÁSSAROS FLORES ATRATIVAS PARA PÁSSAROS

PAISAGISMO URBANO ADEQUADA PARA PAISAGISMO URBANO

PAISAGISMO PRÓ-FAUNA-URBANA COPA DENSA, FRUTOS

SOMBREAMENTO DE RUAS ADEQUADA PARA SOMBREAMENTO DE RUAS

SOMBREAMENTO DE ESTACIONAMENTOS ADEQUADA PARA SOMBREAMENTO DE ESTACIONAMENTOS

SOMBREAMENTO DE CALÇADA ADEQUADA PARA SOMBREAMENTO DE CALÇADA

PAISAGISMO - VISUAL
ORNAMENTAL TODA PLANTA

MANUTENÇÃO BAIXA

FLOR - COR BRANCO

FOLHAGEM - COR VERDE, VERMELHA

FRUTO - COR MARROM

FRUTO – ATRIBUTOS FRUTO GRANDE ( > 12 mm )

TRONCO - COR CINZA

TRONCO - ATRIBUTOS TORTUOSO

QUALIDADES ORNAMENTAL

ESTILO DE JARDIM JARDIM FLORESTA, JARDIM PRÓ-FAUNA, JARDIM PRÓ-POLINIZADOR, NATURALISTA

ESPÉCIES ANIMAIS QUE UTILIZAM A PLANTA
PRIMATAS DE IMPORTÂNCIA PARA PRIMATAS, FRUTO, ALIMENTO

PRIMATAS GRANDES DE IMPORTÂNCIA PARA PRIMATAS GRANDE, FRUTO, ALIMENTO

ALOUATTA GUARIBA DE IMPORTÂNCIA PARA ALOUATTA GUARIBA, FRUTO, ALIMENTO

ALOUATTA SP DE IMPORTÂNCIA PARA ALOUATTA, FRUTO, ALIMENTO

BRACHYTELES ARACHNOIDES DE IMPORTÂNCIA PARA BRACHYTELES ARACHNOIDES, FRUTO, ALIMENTO

BRACHYTELES SP DE IMPORTÂNCIA PARA BRACHYTELES, FRUTO, ALIMENTO

SAPAJUS NIGRITUS DE IMPORTÂNCIA PARA SAPAJUS NIGRITUS, FRUTO, ALIMENTO

UNGULADOS DE IMPORTÂNCIA PARA UNGULADOS, FRUTO, ALIMENTO

TAPIRUS TERRESTRIS DE IMPORTÂNCIA PARA TAPIRUS TERRESTRIS, FRUTO, ALIMENTO

PECARI TAYACU DE IMPORTÂNCIA PARA PECARI TAYACU, FRUTO, ALIMENTO

TAYASSU PECARI DE IMPORTÂNCIA PARA TAYASSU PECARI, FRUTO, ALIMENTO

AVIFAUNA DE IMPORTÂNCIA PARA A AVIFAUNA, FRUTO, ALIMENTO

AVES GRANDES DE IMPORTÂNCIA PARA AVES GRANDES, FRUTO, ALIMENTO

RAMPHASTOS DICOLORUS DE IMPORTÂNCIA PARA RAMPHASTOS DICOLORUS, FRUTO, ALIMENTO

RAMPHASTOS TOCO DE IMPORTÂNCIA PARA RAMPHASTOS TOCO, FRUTO, ALIMENTO

RAMPHASTOS SP DE IMPORTÂNCIA PARA RAMPHASTOS, FRUTO, ALIMENTO

PENELOPE SUPERCILIARIS DE IMPORTÂNCIA PARA PENELOPE SUPERCILIARIS, FRUTO, ALIMENTO

PENELOPE SP DE IMPORTÂNCIA PARA PENELOPE, FRUTO, ALIMENTO

CYANOCORAX CAERULEUS DE IMPORTÂNCIA PARA CYANOCORAX CAERULEUS, FRUTO, ALIMENTO

MORCEGOS DE IMPORTÂNCIA PARA MORCEGOS, FRUTO, ALIMENTO

CONSERVAÇÃO DA FAUNA
IMPORTANTE PARA A FAUNA FORNECEDORA DE ALIMENTO

IMPORTANTE PARA POLINIZADORES INSETOS, ABELHAS

IMPORTANTE PARA DISPERSORES GRANDES AVES, PRIMATAS, UNGULADOS, MORCEGOS

ALIMENTO PARA A FAUNA FRUTOS

ÁGUA PARA A FAUNA

ABRIGO PARA FAUNA

SUPERFOOD ANIMAL FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE, FRUTO CONSUMIDO POR MUITAS ESPÉCIES

FRUTO GRANDE > 12mm FRUTO GRANDE, até 50 mm

FRUTO SUCULENTO FRUTO NÃO-SUCULENTO

FRUTIFICA NA ESTAÇÃO SECA FRUTIFICA NA ESTAÇÃO SECA

FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE

FRUTIFICA TODOS OS ANOS NÃO FRUTIFICA TODOS OS ANOS

REGENERAÇÃO DE SOLO
PROVEDORA DE BIOMASSA PRODUTORA DE BIOMASSA, SEMI-DECÍDUA, FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE

FIXADORA DE NITROGÊNIO FIXADORA DE NITROGÊNIO

PROVEDORA DE SOMBRA PROVEDORA DE SOMBRA DENSA

MELHORA ABSORÇÃO DE ÁGUA - FUNDO MELHORA A ABSORÇÃO DE ÁGUA NA PROFUNDIDADE DO SOLO – RAÍZES PROFUNDAS

DECOMPACTADORA DO SOLO PROFUNDO DECOMPACTADORA DE SOLO NA PROFUNDIDADE

RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA
ESPÉCIE-CHAVE PARA A FAUNA FORNEÇE ALIMENTO, LOCAL DE DORMIR

IMPORTANTE PARA DISPERSORES GRANDES AVES, PRIMATAS, UNGULADOS, MORCEGOS

ADEQUADA PARA WILDLIFEHEDGE ARBÓREO ADEQUADA PARA WILDLIFEHEDGE ARBÓREO

ADEQUADA PARA CORREDORES ADEQUADA PARA CORREDORES

ADEQUADA PARA BORDA DE FLORESTA ADEQUADA PARA BORDA DE FLORESTA

ADEQUADA PARA MATAS CILIARES ADEQUADA PARA MATAS CILIARES

DENSIDADE DE SOMBRA ALTA

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS
ESTADO DE CONSERVAÇÃO NÃO AVALIADA (NE)

CLASSE SUCCESSIONAL SECUNDÁRIA TARDIA, AVANÇADA

ESTRATO ARBÓREO ALTO ( 15 – 35 m )

DISPERSÃO ZOOCÓRICA

DISPERSORES - GRUPOS AVIFAUNA, AVES GRANDES, PRIMATAS, PRIMATAS GRANDES, UNGULADOS

DISPERSORES - ESPÉCIE ANIMAL ALOUATTA GUARIBA, BRACHYTELES ARACHNOIDES, CYANOCORAX CAERULEUS, MORCEGOS, PECARI TAYACU, PENELOPE SUPERCILARIS, RAMPHASTOS DICOLORUS, RAMPHASTOS TOCO, SAPAJUS NIGRITUS, TAPIRUS TERRESTRIS, TAYASSU PECARI

POLINIZADORES ABELHAS, INSETOS

ESPÉCIE DIÓICA NÃO DIÓICA

FAMÍLIA BOTÂNICA FABACEAE

DENSIDADE DA MADEIRA MODERADAMENTE PESADA ( 0,6 – 0,74 g/cm³)

DAP ATÉ 80 cm

OCORRÊNCIA NATURAL
BIOMA , , ,

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA RS, SC, PR, SP, RJ, ES, MG, BA, CE, MA, PB, PE, PI, RN, MS, MT, GO, DF, RO, TO

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA - SÃO PAULO CENTRO, LITORAL NORTE, LITORAL SUL, NORDESTE, SUDESTE, SUDOESTE

TIPO DE VEGETAÇÃO CAMPO RUPESTRE, CERRADO, FLORESTA CILIAR, FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL, FLORESTA OMBRÓFILA, FLORESTA DE TERRA FIRME

ADAPTABILIDADE
TOLERÂNCIA À SECA

TOLERÂNCIA AO VENTO

TOLERÂNCIA À GEADA NÃO TOLERA GEADAS

TOLERÂNCIA À INUNDAÇÃO TEMPORÁRIA

INFORMAÇÕES FENOLÓGICAS
ÉPOCA DE FLORAÇÃO NO SUDESTE JAN, FEV, MAR, OUT, NOV, DEZ

ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO NO SUDESTE JUL, AGO, SET, OUT

INFORMAÇÕES BÁSICAS
FORMA DE VIDA

ALTURA 20 – 30 m

ALTURA CULTIVADA 10 – 15 m

SOLO , ,

UMIDADE DO SOLO SECO, ÚMIDO BEM DRENADO, SOLO TEMPORARIAMENTE INUNDADO

LUMINOSIDADE SOL, MEIA-SOMBRA

LUMINOSIDADE PLANTA JOVEM MEIA-SOMBRA

BEST SOL, SOLO FÉRTIL, BEM DRENADO, COM MUITA MATÉRIA ORGÂNICA, ARENOSO

REQUERIMENTO DE ÁGUA MODERADO

ESPAÇAMENTO DE PLANTIO 12 X 12 m

VELOCIDADE DE CRESCIMENTO LENTA

PERSISTÊNCIA FOLIAR PERENIFOLIA, SEMI-DECÍDUA

TAMANHO DO FRUTO FRUTO GRANDE >12 mm, 30 – 50 mm

CICLO DE VIDA PERENE

ÁREA DE UTILIZAÇÃO RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA, PAISAGISMO, CONSERVAÇÃO ANIMAL, USO COMMERCIAL

QUALIDADES ORNAMENTAL, APÍCOLA, MEDICINAL

Referências

https://tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Copaifera+langsdorffii

https://www.rarepalmseeds.com/copaifera-langsdorffii?search=Copaifera%20langsdorffii

https://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/?s=Copaifera+langsdorffii&submit=Pesquisar

Taxonomia

Família

Fabaceae

Gênero

Copaifera

Espécie

C. langsdorffii

Outros nomes populares

Pau-de-óleo

Como plantar

Introdução

Plantar e cuidar de plantas é uma arte. Se quisermos ter jardins ou ecossistemas vitais, fortes, saudáveis e com todo esplendor, teremos que considerar as preferências específicas de cada espécie e prover as condições que a planta necessita para ficar bem. A arte consiste em plantar cada espécie no local adequado, o qual oferece as condições edafo-climáticas que permitem um bom desenvolvimento da planta.
É muito importante investir um pouco mais de tempo, energias e investimentos logo no começo, pois os primeiros meses após plantio influenciam o desenvolvimento de uma planta enormemente. Se acertarmos logo no início, iremos nos poupar enormes esforços e custos mais tarde. Se não quisermos ter plantas meio mortas, que toda hora ficam pegando pragas e doenças, teremos que providenciar boas condições de vida para as plantas já desde o início.

Abrir o berço

Abra um berço de 60 x 60 x 60 cm.
Na hora de retirar a terra, separe os 20 cm de terra mais superficiais (TERRA  1) e o resto de terra (TERRA 2) criando 2 montes de terra separados. A terra mais superficial contém mais nutrientes e será colocada no fundo do berço mais tarde.
Descompacte a terra retirada o máximo possível.
Crie algumas entradas nos lados do berço, batendo com a ponta da enxada ou com pá, para facilitar a entrada de raízes futuramente.

Preparo da terra

Misture a TERRA 1 com a mesma quantidade de  material orgânico de alta fertilidade e a metade da quantidade de areia.
MIX 1: TERRA 1 (40%) + MO (40%) +  AREIA (20%)
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas a base de esterco.
Separe 4 pás desta mistura e coloque o resto no berço.

Separe a TERRA 2  em duas porções iguais. Misture uma metade da TERRA 2 com a mesma quantidade de  material orgânico de alta fertilidade e a metade da quantidade de areia.
MIX 2: TERRA 2 (40%) + MO (40%) + AREIA (20%)
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas à base de esterco.

A outra metade não precisa de enriquecimento, pois será utilizada para criar um círculo de terra elevada em volta da muda, o qual irá “segurar” água e nutrientes perto da muda. Isto irá evitar a lixiviação de valiosos nutrientes e melhorar a absorção de água pelo solo.

O plantio

Jogue bastante água no berço, e mexa misturando água e terra até a terra virar lama líquida. Coloque então a muda de maneira que o colo dela fique 2 cm abaixo do nível do terreno ao redor. A lama líquida irá auxiliar para acertarmos a altura do colo e vai evitar que bolhas de ar ressequem as raízes, enfraquecendo a planta. Colocar a lama no fundo do berço irá garantir que água estará disponível para a muda nos primeiros dias, facilitando o enraizamento. A terra úmida também irá facilitar a absorção de água de chuva pelo solo.

Preencha o resto do berço com o MIX 2 enriquecida. Tome cuidado para não afundar o colo da  planta. Faça uma leve compressão com as mãos para compactar a terra e retirar bolhas do ar. Não use os pés, pois pressão demais pode danificar as raízes! Procedendo desta maneira, a terra na borda do berço vai estar um pouco mais alta do que perto da muda, fazendo com que a água da chuva e os nutrientes sempre sejam levados para perto da muda.

Implementação de medidas erosivas

Utilize a segunda metade de TERRA 2 (a não enriquecida) para criar uma barreira de terra de 5 a 10 cm de altura em volta da muda.  Tente criar um círculo de 1m de diâmetro. Compacte com as mãos.

Distribua o resto da TERRA 1 (as 4 pás separadas no começo) dentro do círculo criado.

Caso a muda seja plantada num terreno íngreme com declividade acima de 30°, é recomendável criar um “U”, que irá captar e segurar a água de chuva que escorre superficialmente.Em terrenos com declividade acima de 45° recomendamos que a barreira seja feita com bambú ou galhos grossos. Para segurar os galhos no lugar, é necessário fincar duas estacas no solo e colocar os galhos-barreira atravessados, encostando bem no solo.

Para terrenos íngremes em projetos de restauração ecológica ou em plantios em áreas maiores recomenda-se adicionalmente a criação de valas de 10 a 20cm de profundidade correndo igual a curvas de nível.  Estas devem ser implementadas a cada 10 a 15m de altitude. Elas irão desacelerar a água que escorre e poderão ser direcionadas para poças naturais ou poças de drenagem. Quanto mais água de chuva for absorvida pelo solo no local, menos água sobrecarregará os rios, provocando inundações e assoreamentos.

 

Rega

Regue a muda com bastante água (no mínimo 10 litros ). Regue devagar, deixando tempo para o solo absorver a água. Tente não utilizar água clorada, pois o cloro irá matar os valiosos microorganismos do solo. Estes são de extreme importância para o bem-estar das plantas, sendo importantes produtores de nutrientes!

Caso não haja água disponível no local do plantio, recomendamos o procedimento seguinte:
Utilize galhos finos pontiagudos ou longos pregos para criar furos  ( de no mínimo 20 cm ) na terra. Estes facilitarão a absorção da água de chuva e nutrientes.

Recobrimento do solo

É muito importante recobrir o solo ao redor das mudas para diminuir a temperatura do ambiente (o solo nu aquece extremamente e acaba irradiando muito calor, ressecando a muda) e do solo ( temperaturas muito altas do solo dificultam absorção da água de chuva), para criar condições favoráveis para microrganismos produtores de nutrientes e para fornecer os nutrientes necessários para um crescimento saudável das plantas.

Existem duas maneiras de recobrir o solo. A primeira opção é colocar material orgânico ao redor da muda. Neste caso pode ser utilizado praticamente tudo que estiver disponível no local.  Quanto mais picotado, mais  rapidamente o material irá disponibilizar os nutrientes. Podem ser utilizados capins (são excelentes fornecedores de fósforo), folhas de bananeiras (fornecem potássio), serapilheira etc.

Folhas finas e flexíveis costumam se decompor rapidamente, diferente de folhas duras que são difíceis de dobrar ou galhos e toras de árvores. Neste contexto recomenda-se o uso de uma mistura de folhas e galhos finos de malváceas e fabáceas, capins picotados sem inflorescências e partes que possam rebrotar (a parte superior da folha) e folhas, frutos e caules picotados de bananeiras.

Evite usar plantas tóxicas ou aquelas que causam irritações nos olhos ou coceira. Aquilo que não te faz bem provavelmente também irá causar danos a outras plantas. Outra opção para evitar problemas, é observar o entorno das plantas que você pretende coletar para o recobrimento do solo. Plantas com poucas plantas vizinhas provavelmente emitem substâncias que irão inibir um desenvolvimento saudável de outras plantas.

A segunda é o plantio de plantas baixas que servem de forração. Favorecemos esta técnica, pois além da sombra e dos nutrientes produzidos pelas plantas,  suas raízes também facilitam a absorção da água de chuva pelo solo e ajudam a descompactar o solo. Existem diversas espécies de herbáceas adequadas, inclusive algumas “fixadoras” de nitrogênio. Uma ótima opção é a grama-amendoim (Arachis repens), a qual cria um excelente microclima para microrganismos sob as folhas e a qual faz aliança com microorganismos produtores de nitrogênio.

E o mais importante

Faça tudo isso com amor, carinho e alegria

Aprenda a cuidar

Luminosidade

A copaíba necessita de meia-sombra ou pleno sol.

Solo ideal

Tolera todos os solos, mas se desenvolve melhor a pleno sol em solos férteis e bem drenados.

Irrigação

A copaíba tem necessidade moderada de água.

Adubação

Requer pouca manutenção.
Basta adubar com material orgânico duas vezes por ano.
Recubra o solo na área correspondente á copa mais um anel de cerca de 50 cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serapilheira.

Podas

A copaíba aceita poda.

Produção de mudas

Produção

Utilize frutos maduros recém-colhidos.
Coloque em um recipiente individual ou sementeira na meia-sombra.

Taxa de germinação

Moderada - 60 %

Tempo de germinação

20 a 40 dias com facilitação

Velocidade de crescimento

Lenta
1,50 – 2 m após 2 anos

Créditos de imagens

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