DIPTERYX ALATA

Barú

Barú

O barú é uma árvore semi-decídua ou perenifolia de 15 a 25 metros de altura.
Não costuma passar de 12 m de altura quando cultivada.
O DAP chega a medir 40 a 70 cm.
Trata-se de uma árvore ornamental de copa densa, a qual ofereçe excelente sombra.
Na época da frutificação os seus frutos lhe conferem um visual singular.
É uma árvore de crescimento moderado.

 

 

 

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Características

O barú é uma árvore semi-decídua ou perenifolia de 15 a 25 metros de altura.
Não costuma passar de 12 m de altura quando cultivada.
O DAP chega a medir 40 a 70 cm.

Paisagismo

Trata-se de uma árvore ornamental de copa densa, a qual ofereçe excelente sombra.
Na época da frutificação os seus frutos lhe conferem um visual singular.
É uma árvore de crescimento moderado.

Requerimentos

O barú se desenvolve bem na meia-sombra ou a pleno sol.
Tolera todos os solos, exceto os enxarcados.
Se desenvolve melhor a pleno sol em solos férteis.

Manutenção

Requer moderada manutenção.
Basta adubar com material orgânico duas vezes por ano.
Recubra o solo na área correspondente á área da copa mais um anel de cerca de 50cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.
Somente a retirada dos frutos grandes dá um pouco de trabalho.

Frutos e sementes

Os frutos são comestíveis .
42% do fruto é constituído pela polpa, 53% pelo endocarpo e 5% pela semente.
Os frutos medem cerca de 4 a 5 cm.
A semente chega a medir 3 cm de comprimento por 1 cm de largura.

Comestibilidade

Tanto a polpa como a semente são comestíveis.
A sementes são muito apreciaddas, sendo consumidas in natura, torradas ou em forma de paçoca, doces, sorvetes, bolos e biscoitos.
Das sementes também se extrai um saborosos óleo.
Tanto as sementes e como também o óleo extraído delas são uma opção interessante para a culinária para pratos como risotos e saladas.
As sementes possuem gosto de amendoim e ofereçem um alto teor de proteina.
Também a polpa é muito nutritiva, podendo ser utilizada em bolos, biscoitos e sopas.
É também possível produzir “baru butter”, produto parecido com “peanut butter”.

Fenologia

REGIÃO  SUL
FLORAÇÃO  |  agosto– setembro
FRUTIFICAÇÃO  |   outubro – janeiro

REGIÃO SUDESTE
FLORAÇÃO  |   agosto – outubro
FRUTIFICAÇÃO  |  setembro – novembro

 

Distribuição geográfica e habitat

 

REGIÃO SUDESTE
São Paulo – Minas Gerais

REGIÃO NORDESTE
Bahia – Maranhão

 


 

| BIOMA |

Cerrado

| TIPO DE VEGETAÇÃO |
Cerrado – Floresta Ciliar –  Floresta Estacional Semidecidual – Savanna Amazônica

 


 

* Adaptado da Lista de Espécies do Flora do Brasil

Adaptabilidade

A espécie ocorre naturalmente no cerradão, nas florestas ciliares e nas florestas semi-decíduas.
Pode ser encontrada em áreas acima de 500m de altitude.
O barú tolera secas.
Tolera geadas até – 3°C.
Tolera bem inundações temporárias.
Não tolera inundação constante.

Restauração ecológica

O barú não deve faltar em projetos de restauração ecológica, já que deve ser considerada uma espécie-chave para o suprimento da fauna, devido ao seu alto teor nutritivo e pelo fato das sementes e frutos serem consumidos por uma grande quantidade de espécies animais, inclusive muitas espécies de grande porte.
Trata-se de uma espécie de copa densa, a qual ofereçe boa sombra para a fauna.
O barú não faz alliança com microorganismos produtores de nitrogênio.
É classificada como pioneira ou secundária inicial.
O status de conservação é avaliado como pouco preocupante (LC).

Contribuição para a conservação animal

Suas flores oferecem alimento para insetos polinizadores.

Os frutos oferecem alimento para:

– antas (Tapirus terrestris)
aves como araras (Ara araurana).
catetos (Pecari tajacu)
– morcegos frugívoros como os morcegos-de-cara-branca (Artibeus lituratus)
– pacas (Cuniculus paca)
veados (Mazama sp.)

 

Polinização

A polinização é realizada por:

– insetos
– vespas
– abelhas
– mamangavas.

Dispersão

Zoocórica.
As sementes são dispersas por morcegos frugívoros que levam os frutos para os seus poleiros, para consumir a polpa em local protegido.
E também os primatas devem ser considerados bons dispersores, já que costumam se locomover enquanto vão comendo.
Além disso os frutos são dispersos por ruminantes como veados ou bovinos, os quais engolem os frutos por inteiro, liberando-los após a ruminação em local distante da planta-mãe.
Animais como antas, catetos e pacas devem ser considerados predadores de sementes, já que mastigam ou roem as sementes a ponto de destruir a sua capacidade de germinação.

Dispersores

Morcegos, aves e veados.
Pacas (Cuniculus paca), veados (Mazama sp.), antas (Tapirus terrestris), catetos (Pecari tajacu) e aves como araras (Ara araurana) mastigam ou roem as sementes, destruíndo seu potencial germinativo.

Utilidade

UTILIDADE I
Trata-se de uma planta medicinal.

UTILIDADE II
O óleo obtido das sementes é utilizado para a produção de cosméticos.

UTILIDADE III
Os frutos servem de forrageio e são muito apreciados por bovinos, suinos e caprinos.
A  copa densa faz do barú uma excelente opção para a criação de sombra refrescante para gado e cavalos nas pastagens.

MADEIRA
Sua madeira muito pesada (  1,1 – 1,2 g/cm³)  é de alta qualidade, muito resistente à pragas e condições adversas.
É muito utilizada na construção civil e naval, na produção de assoalhos, móveis, escadas, postes de cercas, dormentes e rodas d´água.
Representa uma excelente opção para obras externas.
Pode ser utilizada como lenha ou para a produção de carvão.

Conservação

O status de conservação é avaliado como pouco preocupante (LC).

Propriedades

Additional information

USO COMMERCIAL
USO MADEIREIRO CONSTRUÇÃO CIVIL, ASSOALHO, CONSTRTUÇÃO EXTERNA, CONSTRUÇÃO NAVAL, LENHA OU CARVÃO

PRODUÇÃO DE ALIMENTO PRODUÇÃO DE AZEITE, FRUTO, CASTANHAS, SEMENTE

PLANTA MEDICINAL PLANTA MEDICIONAL

PRODUÇÃO DE COSMÉTICOS PLANTA PARA A PRODUÇÃO DE COSMÉTICOS

EDUCAÇÃO AMBIENTAL FRUTO GOSTOSO

REGENERAÇÃO DO SOLO DECOMPACTADORA NA PROFUNDIDADE, MELHORAMENTO DE ABSORÇÃO DE ÁGUA NA PROFUNDIDADE

SOMBREAMENTO DE PASTAGENS SERVE PARA SOMBREAMENTO DE PASTAGENS

DIFICULDADES
FRUTOS PESADOS CAÍNDO FRUTOS PESADOS CAÍNDO

PAISAGISMO - ASPECTOS TÉCNICOS
TETO - ÁRVORE TETO – ÁRVORE

SEM RISCOS PARA ANIMAIS E CRIANÇAS SEM RISCOS PARA ANIMAIS E CRIANÇAS

ACEITA PODA ACEITA PODA

POMAR PLANTA PARA POMAR

PAISAGISMO PRÓ-WILDLIFE COPA DENSA, FRUTOS

PAISAGISMO PRÓ-POLINIZADORES FLORES

PAISAGISMO PRÓ-FAUNA-URBANA COPA DENSA, FRUTOS

SOMBREAMENTO DE RUAS NÃO – FRUTO PESADO CAÍNDO

SOMBREAMENTO DE ESTACIONAMENTOS NÃO – FRUTOS PESADOS CAÍNDO

SOMBREAMENTO DE CALÇADA NÃO – FRUTO PESADO CAÍNDO

PAISAGISMO - VISUAL
ORNAMENTAL TODA PLANTA, FRUTO

MANUTENÇÃO MODERADA

FLOR - COR BRANCO, ROSA

FLOR - ATRIBUTOS FLOR PEQUENA ( < 2cm )

FOLHAGEM - ATRIBUTOS FOLHAS NORMAIS

FOLHAGEM - COR VERDE

FRUTO - COR MARROM CLARO

FRUTO – ATRIBUTOS FRUTO GRANDE ( > 12 mm ), FRUTO GIGANTE ( > 50 mm ), CASTANHA

TRONCO - COR CINZA

QUALIDADES MUITO GOSTOSA, ORNAMENTAL

ESTILO DE JARDIM JARDIM FLORESTA, JARDIM PARA CRIANÇAS, JARDIM PRÓ-FAUNA, JARDIM-POMAR, KITCHEN GARDEN, NATURALISTA

ESPÉCIES ANIMAIS QUE UTILIZAM A PLANTA
PRIMATAS DE IMPORTÂNCIA PARA PRIMATAS, FRUTO, SEMENTE, ALIMENTO

PRIMATAS GRANDES DE IMPORTÂNCIA PARA PRIMATAS GRANDE, FRUTO, SEMENTE, ALIMENTO

ROEDORES GRANDES DE IMPORTÂNCIA PARA ROEDORES GRANDES, FRUTO, SEMENTE, ALIMENTO

CUNICULUS PACA DE IMPORTÂNCIA PARA CUNICULUS PACA, FRUTO, SEMENTE, ALIMENTO

UNGULADOS DE IMPORTÂNCIA PARA UNGULADOS, FRUTO, ALIMENTO, SEMENTE

MAZAMA SP SEMENTE, DE IMPORTÂNCIA PARA MAZAMA, FRUTO, ALIMENTO

TAPIRUS TERRESTRIS DE IMPORTÂNCIA PARA TAPIRUS TERRESTRIS, FRUTO, SEMENTE, ALIMENTO

PECARI TAYACU DE IMPORTÂNCIA PARA PECARI TAYACU, FRUTO, SEMENTES, ALIMENTO

AVIFAUNA DE IMPORTÂNCIA PARA A AVIFAUNA, FRUTO, SEMENTE, ALIMENTO

AVES GRANDES SEMENTE, DE IMPORTÂNCIA PARA AVES GRANDES, FRUTO, ALIMENTO

ARARAS DE IMPORTÂNCIA PARA ARARAS, FRUTO, SEMENTES, ALIMENTO

MORCEGOS SEMENTES, DE IMPORTÂNCIA PARA MORCEGOS, FRUTO, ALIMENTO

CONSERVAÇÃO DA FAUNA
IMPORTANTE PARA A FAUNA FORNECEDORA DE ALIMENTO

IMPORTANTE PARA POLINIZADORES INSETOS, ABELHAS, MAMANGAVAS, VESPAS

IMPORTANTE PARA DISPERSORES GRANDES AVES, PRIMATAS, UNGULADOS, ROEDORES, MORCEGOS

ALIMENTO PARA A FAUNA FRUTOS, SEMENTES

SUPERFOOD ANIMAL FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE, FRUTO ALTAMENTE NUTRITIVO, FRUTO CONSUMIDO POR MUITAS ESPÉCIES

FRUTO GRANDE > 12mm FRUTO GRANDE

SEMENTE GRANDE > 12 mm SEMENTE GRANDE

FRUTO CASTANHA FRUTO CASTANHA

FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE FRUTIFICAÇÃO ABUNDANTE

FRUTIFICAÇÃO APÓS 7 – 8 ANOS

REGENERAÇÃO DE SOLO
PROVEDORA DE SOMBRA PROVEDORA DE SOMBRA, PROVEDORA DE SOMBRA DENSA

MELHORA ABSORÇÃO DE ÁGUA - FUNDO MELHORA A ABSORÇÃO DE ÁGUA NA PROFUNDIDADE DO SOLO – RAÍZES PROFUNDAS

DECOMPACTADORA DO SOLO PROFUNDO DECOMPACTADORA DE SOLO NA PROFUNDIDADE

RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA
ESPÉCIE-CHAVE PARA A FAUNA FORNEÇE ALIMENTO, FORNEÇE SUPERFOOD, FRUTO GRANDE ( > 12 mm )

IMPORTANTE PARA DISPERSORES GRANDES AVES, PRIMATAS, ROEDORES, UNGULADOS, MORCEGOS

ADEQUADA PARA WILDLIFEHEDGE ADEQUADA PARA WILDLIFEHEDGE

ADEQUADA PARA WILDLIFEHEDGE ARBÓREO ADEQUADA PARA WILDLIFEHEDGE ARBÓREO

ADEQUADA PARA CORREDORES ADEQUADA PARA CORREDORES

ADEQUADA PARA BORDA DE FLORESTA ADEQUADA PARA BORDA DE FLORESTA

ADEQUADA PARA MATAS CILIARES ADEQUADA PARA MATAS CILIARES

DENSIDADE DE SOMBRA ALTA

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS
ESTADO DE CONSERVAÇÃO POUCO PREOCUPANTE (LC)

CLASSE SUCCESSIONAL PIONEIRA, SECUNDÁRIA INICIAL

ESTRATO ARBÓREO ALTO ( 15 – 35 m )

DISPERSÃO ZOOCÓRICA

DISPERSORES - GRUPOS AVIFAUNA, AVES GRANDES, PRIMATAS, PRIMATAS GRANDES, UNGULADOS, ROEDORES GRANDES, MORCEGOS

DISPERSORES - ESPÉCIE ANIMAL ARA ARAURANA, CUNICULUS PACA, MAZAMA SP, MORCEGOS, PECARI TAYACU, TAPIRUS TERRESTRIS

POLINIZADORES ABELHAS, INSETOS, MAMANGAVAS, VESPAS

FAMÍLIA BOTÂNICA FABACEAE

DENSIDADE DA MADEIRA MUITO PESADA ( > 1,0 g/cm³ )

DAP ATÉ 70 cm

OCORRÊNCIA NATURAL
BIOMA

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA SP, MG, BA, MA, MS, MT, GO, DF, RO, TO

TIPO DE VEGETAÇÃO CERRADO, FLORESTA CILIAR, FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL, SAVANNA AMAZÔNICA

ADAPTABILIDADE
ALTITUDE 500 – 1000, 1000 – 1500, 1500 – 2000

TOLERÂNCIA À SECA

TOLERÂNCIA À GEADA TOLERÂNCIA BAIXA À GEADAS ATÉ -3"C

TOLERÂNCIA À INUNDAÇÃO TEMPORÁRIA

TOLERÂNCIA À INUNDAÇÃO CONSTANTE

INFORMAÇÕES FENOLÓGICAS
ÉPOCA DE FLORAÇÃO NO SUL AGO, SET

ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO NO SUL JAN, OUT, NOV, DEZ

ÉPOCA DE FLORAÇÃO NO SUDESTE SET, OUT, NOV

ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO NO SUDESTE SET, OUT, NOV

INFORMAÇÕES BÁSICAS
FORMA DE VIDA

ALTURA 15 – 20 m

ALTURA CULTIVADA 10 – 15 m

SOLO , , , , , ,

UMIDADE DO SOLO SECO, ÚMIDO BEM DRENADO, SOLO TEMPORARIAMENTE INUNDADO

LUMINOSIDADE SOL, MEIA-SOMBRA

LUMINOSIDADE PLANTA JOVEM SOL, MEIA-SOMBRA

BEST SOL, SOLO FÉRTIL, ÚMIDO

REQUERIMENTO DE ÁGUA MODERADO

ESPAÇAMENTO DE PLANTIO 7 X 7 m

VELOCIDADE DE CRESCIMENTO MODERADA

PERSISTÊNCIA FOLIAR PERENIFOLIA, SEMI-DECÍDUA

TAMANHO DA SEMENTE 20 – 30 mm

TAMANHO DO FRUTO 30 – 50 mm

CICLO DE VIDA PERENE

COMESTIBILIDADE FRUTO, SEMENTE

ÁREA DE UTILIZAÇÃO RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA, PAISAGISMO, CONSERVAÇÃO ANIMAL, SISTEMAS AGROFLORESTAIS, USO COMMERCIAL, EDUCAÇÃO AMBIENTAL

QUALIDADES ORNAMENTAL, ALIMENTÍCIA, FRUTÍFERA, MEDICINAL

Referências

https://tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Dipteryx+alata

https://www.rarepalmseeds.com/de/dipteryx-alata-de?search=dipteryx%20alata

Taxonomia

Família

Fabaceae

Gênero

Dipteryx

Espécie

D. alata

Outros nomes populares

Cumaru, coco-feijão, baruzeiro ou cambaru

Animais relacionados a esta espécie

Como plantar

Introdução

Plantar e cuidar de plantas é uma arte. Se quisermos ter jardins ou ecosistemas vitais, fortes, saudáveis e com todo esplendor, teremos que considerar as preferências específicas de cada espécie e prover as condições que a planta necessita para ficar bem. É muito importante investir um pouco mais de tempo, energias e investimentos logo no começo, pois os primeiros meses após plantio influenciam o desenvolvimento de uma planta enormemente. Se não quisermos ter plantas meio mortas, que toda hora ficam pegando pragas e doenças, teremos que providenciar boas condições de vida logo no começo. Se acertarmos logo no início, iremos nos poupar enormes esforços e custos mais tarde.

Abrir o berço

Abra um berço de 60 x 60 x 60 cm.
Na hora de retirar a terra, separe os 20 cm de terra mais superficiais (TERRA  1) e o resto de terra (TERRA 2) criando 2 montes de terra separados.
A terra mais superficial contém mais nutrientes e será colocada no fundo do berço mais tarde.
Descompacte a terra retirada o máximo possível.
Crie algumas entradas nos lados do berço, batendo com a ponta da enxada ou com pá, para facilitar a entrada de raízes futuramente.

 

Preparo da terra

Misture a TERRA 1 com a mesma quantidade de  material orgânico de alta fertilidade e a metade da quantidade de areia.

MIX 1: TERRA 1 (40%) + MO (40%) +  AREIA (20%)

O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas a base de esterco.
Separe 4 pás desta mistura e coloque o resto no berço.
Separe a TERRA 2  em duas porções iguais. Misture uma metade da TERRA 2 com a mesma quantidade de  material orgânico de alta fertilidade e a metade da quantidade de areia.

MIX 2: TERRA 2 (40%) + MO (40%) + AREIA (20%)

O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas à base de esterco.
A outra metade não precisa de enriquecimento, pois será utilizada para criar um círculo de terra elevada em volta da muda, o qual irá “segurar” água e nutrientes perto da muda. Isto irá evitar a lixiviação de valiosos nutrientes e melhorar a absorção de água pelo solo.

O plantio

| O PLANTIO |

Jogue bastante água no berço, e mexa misturando água e terra até a terra virar lama líquida.
Coloque então a muda de maneira que o colo dela fique 2 cm abaixo do nível do terreno ao redor.
A lama líquida irá auxilliar para acertarmos a altura do colo e vai evitar que bolhas de ar resequem as raízes, enfraquecendo a planta.
Colocar a lama no fundo do berço irá garantir que água estará disponível para a muda nos primeiros dias, facilitando o enraizamento.
A terra úmida também irá facilitar a absorção de água de chuva pelo solo.
Preencha o resto do berço com o MIX 2 enriquecida.
Tome cuidado para não afundar o colo da  planta.
Faça uma leve compressão com as mãos para compactar a terra e retirar bolhas do ar.
Não use os pés, pois pressão demais pode danificr as raizes!
Procedendo desta maneira, a terra na borda do berço vai estar um pouco mais alta do que perto da muda, fazendo com que a água da chuva e os nutrientes sempre sejam levados para perto da muda.

 

Implementação de medidas erosivas

Utilize a segunda metade de TERRA 2 (a não enriquecida) para criar uma barreira de terra de 5 a 10 cm de altura em volta da muda.
Tente criar um círculo de 1m de diâmetro.
Compacte com as mãos delicadamente (não utilize os pés!).
Distribua o resto da TERRA 1 (as 4 pás separadas no começo) dentro do círculo criado.
Caso a muda seja plantada num terreno íngreme com declividade acima de 30°, é recomendável criar um “U”, que irá captar e segurar a água de chuva que escorre superficialmente.
Em terrenos com declividade acima de 45° recomendamos que a barreira seja feita com bambú ou galhos grossos.
Para segurar os galhos no lugar, é necessário fincar duas estacas no solo e colocar os galhos-barreira atravessados, encostando bem no solo.
Para terrenos íngremes em projetos de restauração ecológica ou em plantios em áreas maiores recomenda-se adicionalmente a criação de valas de 10 a 20cm de profundidade correndo igual a curvas de nível.
Estas devem ser implementadas a cada 10 a 15m de altitude.
Elas irão desacelerar a água que escorre e poderão ser direcionadas para poças naturais ou poças de drenagem.
Quanto mais água de chuva for absorvida pelo solo no local, menos água sobrecarregará os rios, provocando inundações e assoreamentos.

Rega

Regue a muda com bastante água (no mínimo 10 litros ).
Regue devagar, deixando tempo para o solo absorver a água.
Tente não utilizar água clorada, pois o cloro irá matar os valiosos microorganismos do solo.
Estes são de extreme importância para o bem-estar das plantas, sendo importantes produtores de nutrientes!
Caso não haja água disponível no local do plantio, recomendamos o procedimento seguinte:
Utilize galhos finos pontiagudos ou longos pregos para criar furos ( de no mínimo 20 cm ) na terra.
Estes facilitarão a absorção da água de chuva e nutrientes.

Recobrimento do solo

É muito importante recobrir o solo ao redor das mudas para diminuir a temperatura do ambiente (o solo nu aquece extremamente e acaba irradiando muito calor, resecando a muda) e do solo ( temperaturas muito altas do solo dificultam absorção da água de chuva), para criar condições favoráveis para microorganismos produtores de nutrientes e para fornecer os nutrientes necessários para um crescimento saudável das plantas.
Existem duas maneiras de recobrir o solo.
A primeira opção é colocar material orgânico ao redor da muda.
Neste caso pode ser utilizado praticamente tudo que estiver disponível no local.
Quanto mais picotado, mais rapidamente o material irá disponibilizar os nutrientes.
Podem ser utilizados capins (são excellentes fornecedores de fósforo), folhas de bananeiras (fornecem potássio), serrapilheira etc.
Folhas finas e flexíveis costumam se decompor rapidamente, diferente de folhas duras que são difíceis de dobrar ou galhos e toras de árvores.
Neste contexto recomenda-se o uso de uma mistura de folhas e galhos finos de malváceas e fabáceas, capins picotados sem inflorescências e partes que possam rebrotar (a parte superior da folha) e folhas, frutos e caules picotados de bananeiras.
Evite usar plantas tóxicas ou aquelas que causam irritações nos olhos ou coceira.
Aquilo que não te faz bem provavelmente também irá causar danos a outras plantas.
Outra opção para evitar problemas, é observar o entorno das plantas que você pretendeo coletar para o recobrimento do solo. Plantas com poucas plantas vizinhas provavelmente emitem substâncias que irão inibir um desenvolvimento saudável de outras plantas.
A segunda é o plantio de plantas baixas que servem de forração.
Favorecemos esta técnica, pois além da sombra e dos nutrientes produzidos pelas plantas, suas raízes também facilitam a absorção da água de chuva pelo solo e ajudam a descompactar o solo.
Existem diversas espécies de herbáceas adequadas, inclusive algumas “fixadoras” de nitrogênio.
Uma ótima opção é a grama-amendoim (Arachis repens), a qual cria um excelente microclima para microrganismos sob as folhas e a qual faz aliança com microorganismos produtores de nitrogênio.
Não recomendamos outras técnicas, pois todas elas são pejuidiciais para as plantas.
Pedras, vidros e argila expandida aqueçem muito no sol, e o calor emitido pode “queimar” a planta.
E materiais como casca de pinus emitem substâncias oleosas ou tóxicas nocivas que enfraqueçem as plantas.

E o mais importante

Faça tudo isso com amor, carinho e alegria

Aprenda a cuidar

Luminosidade

O barú necessita de meia-sombra ou a pleno sol.

Solo ideal

Tolera todos os solos, exceto os enxarcados.
Se desenvolve melhor a pleno sol em solos férteis.

Adubação

Requer moderada manutenção.
Basta adubar com material orgânico duas vezes por ano.
Recubra o solo na área correspondente á área da copa mais um anel de cerca de 50cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.

Podas

O barú aceita poda.

Produção de mudas

Produção

Utilize frutos maduros recém-colhidos.
Utilize recipiente individual a pleno sol.
Coloque a semente numa profundidade de 1-3 cm no sol.
O barú não aceita transplante.

Facilitação de germinação

Retire a semente da polpa

Taxa de germinação

alta | 90% a pleno sol e 60% na meia sombra

Tempo de germinação

10 a 40 dias

Velocidade de crescimento

moderada
40cm após 12 meses
2,5m após 2 anos

Funções Ecológicas

Créditos de imagens

IMAGENS
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shutterstock_576368128 – Iuliia Timofeeva

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