Barú
O barú é uma árvore semi-decídua ou perenifolia de 15 a 25 metros de altura.
Não costuma passar de 12 m de altura quando cultivada.
O DAP chega a medir 40 a 70 cm.
Trata-se de uma árvore ornamental de copa densa, a qual ofereçe excelente sombra.
Na época da frutificação os seus frutos lhe conferem um visual singular.
É uma árvore de crescimento moderado.
Galeria de imagens
Características
O barú é uma árvore semi-decídua ou perenifolia de 15 a 25 metros de altura.
Não costuma passar de 12 m de altura quando cultivada.
O DAP chega a medir 40 a 70 cm.
Paisagismo
Trata-se de uma árvore ornamental de copa densa, a qual ofereçe excelente sombra.
Na época da frutificação os seus frutos lhe conferem um visual singular.
É uma árvore de crescimento moderado.
Requerimentos
O barú se desenvolve bem na meia-sombra ou a pleno sol.
Tolera todos os solos, exceto os enxarcados.
Se desenvolve melhor a pleno sol em solos férteis.
Manutenção
Requer moderada manutenção.
Basta adubar com material orgânico duas vezes por ano.
Recubra o solo na área correspondente á área da copa mais um anel de cerca de 50cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.
Somente a retirada dos frutos grandes dá um pouco de trabalho.
Frutos e sementes
Os frutos são comestíveis .
42% do fruto é constituído pela polpa, 53% pelo endocarpo e 5% pela semente.
Os frutos medem cerca de 4 a 5 cm.
A semente chega a medir 3 cm de comprimento por 1 cm de largura.
Comestibilidade
Tanto a polpa como a semente são comestíveis.
A sementes são muito apreciaddas, sendo consumidas in natura, torradas ou em forma de paçoca, doces, sorvetes, bolos e biscoitos.
Das sementes também se extrai um saborosos óleo.
Tanto as sementes e como também o óleo extraído delas são uma opção interessante para a culinária para pratos como risotos e saladas.
As sementes possuem gosto de amendoim e ofereçem um alto teor de proteina.
Também a polpa é muito nutritiva, podendo ser utilizada em bolos, biscoitos e sopas.
É também possível produzir “baru butter”, produto parecido com “peanut butter”.
Fenologia
REGIÃO SUL
FLORAÇÃO | agosto– setembro
FRUTIFICAÇÃO | outubro – janeiro
REGIÃO SUDESTE
FLORAÇÃO | agosto – outubro
FRUTIFICAÇÃO | setembro – novembro
Distribuição geográfica e habitat
REGIÃO SUDESTE
São Paulo – Minas Gerais
REGIÃO NORDESTE
Bahia – Maranhão
| BIOMA |
Cerrado
| TIPO DE VEGETAÇÃO |
Cerrado – Floresta Ciliar – Floresta Estacional Semidecidual – Savanna Amazônica
* Adaptado da Lista de Espécies do Flora do Brasil
Adaptabilidade
A espécie ocorre naturalmente no cerradão, nas florestas ciliares e nas florestas semi-decíduas.
Pode ser encontrada em áreas acima de 500m de altitude.
O barú tolera secas.
Tolera geadas até – 3°C.
Tolera bem inundações temporárias.
Não tolera inundação constante.
Restauração ecológica
O barú não deve faltar em projetos de restauração ecológica, já que deve ser considerada uma espécie-chave para o suprimento da fauna, devido ao seu alto teor nutritivo e pelo fato das sementes e frutos serem consumidos por uma grande quantidade de espécies animais, inclusive muitas espécies de grande porte.
Trata-se de uma espécie de copa densa, a qual ofereçe boa sombra para a fauna.
O barú não faz alliança com microorganismos produtores de nitrogênio.
É classificada como pioneira ou secundária inicial.
O status de conservação é avaliado como pouco preocupante (LC).
Contribuição para a conservação animal
Suas flores oferecem alimento para insetos polinizadores.
Os frutos oferecem alimento para:
– antas (Tapirus terrestris)
– aves como araras (Ara araurana).
– catetos (Pecari tajacu)
– morcegos frugívoros como os morcegos-de-cara-branca (Artibeus lituratus)
– pacas (Cuniculus paca)
– veados (Mazama sp.)
Polinização
A polinização é realizada por:
– insetos
– vespas
– abelhas
– mamangavas.
Dispersão
Zoocórica.
As sementes são dispersas por morcegos frugívoros que levam os frutos para os seus poleiros, para consumir a polpa em local protegido.
E também os primatas devem ser considerados bons dispersores, já que costumam se locomover enquanto vão comendo.
Além disso os frutos são dispersos por ruminantes como veados ou bovinos, os quais engolem os frutos por inteiro, liberando-los após a ruminação em local distante da planta-mãe.
Animais como antas, catetos e pacas devem ser considerados predadores de sementes, já que mastigam ou roem as sementes a ponto de destruir a sua capacidade de germinação.
Dispersores
Morcegos, aves e veados.
Pacas (Cuniculus paca), veados (Mazama sp.), antas (Tapirus terrestris), catetos (Pecari tajacu) e aves como araras (Ara araurana) mastigam ou roem as sementes, destruíndo seu potencial germinativo.
Utilidade
UTILIDADE I
Trata-se de uma planta medicinal.
UTILIDADE II
O óleo obtido das sementes é utilizado para a produção de cosméticos.
UTILIDADE III
Os frutos servem de forrageio e são muito apreciados por bovinos, suinos e caprinos.
A copa densa faz do barú uma excelente opção para a criação de sombra refrescante para gado e cavalos nas pastagens.
MADEIRA
Sua madeira muito pesada ( 1,1 – 1,2 g/cm³) é de alta qualidade, muito resistente à pragas e condições adversas.
É muito utilizada na construção civil e naval, na produção de assoalhos, móveis, escadas, postes de cercas, dormentes e rodas d´água.
Representa uma excelente opção para obras externas.
Pode ser utilizada como lenha ou para a produção de carvão.
Conservação
O status de conservação é avaliado como pouco preocupante (LC).
Propriedades
Additional information
USO COMMERCIAL | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||
DIFICULDADES | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||
PAISAGISMO - ASPECTOS TÉCNICOS | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||
PAISAGISMO - VISUAL | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||
ESPÉCIES ANIMAIS QUE UTILIZAM A PLANTA | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||
CONSERVAÇÃO DA FAUNA | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||
REGENERAÇÃO DE SOLO | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||
RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||
INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||
OCORRÊNCIA NATURAL | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||
ADAPTABILIDADE | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||
INFORMAÇÕES FENOLÓGICAS | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||
INFORMAÇÕES BÁSICAS | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
Referências
https://tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Dipteryx+alata
https://www.rarepalmseeds.com/de/dipteryx-alata-de?search=dipteryx%20alata
Taxonomia
Família
Fabaceae
Gênero
Dipteryx
Espécie
D. alata
Outros nomes populares
Cumaru, coco-feijão, baruzeiro ou cambaru
Animais relacionados a esta espécie
Como plantar
Introdução
Plantar e cuidar de plantas é uma arte. Se quisermos ter jardins ou ecosistemas vitais, fortes, saudáveis e com todo esplendor, teremos que considerar as preferências específicas de cada espécie e prover as condições que a planta necessita para ficar bem. É muito importante investir um pouco mais de tempo, energias e investimentos logo no começo, pois os primeiros meses após plantio influenciam o desenvolvimento de uma planta enormemente. Se não quisermos ter plantas meio mortas, que toda hora ficam pegando pragas e doenças, teremos que providenciar boas condições de vida logo no começo. Se acertarmos logo no início, iremos nos poupar enormes esforços e custos mais tarde.
Abrir o berço
Abra um berço de 60 x 60 x 60 cm.
Na hora de retirar a terra, separe os 20 cm de terra mais superficiais (TERRA 1) e o resto de terra (TERRA 2) criando 2 montes de terra separados.
A terra mais superficial contém mais nutrientes e será colocada no fundo do berço mais tarde.
Descompacte a terra retirada o máximo possível.
Crie algumas entradas nos lados do berço, batendo com a ponta da enxada ou com pá, para facilitar a entrada de raízes futuramente.
Preparo da terra
Misture a TERRA 1 com a mesma quantidade de material orgânico de alta fertilidade e a metade da quantidade de areia.
MIX 1: TERRA 1 (40%) + MO (40%) + AREIA (20%)
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas a base de esterco.
Separe 4 pás desta mistura e coloque o resto no berço.
Separe a TERRA 2 em duas porções iguais. Misture uma metade da TERRA 2 com a mesma quantidade de material orgânico de alta fertilidade e a metade da quantidade de areia.
MIX 2: TERRA 2 (40%) + MO (40%) + AREIA (20%)
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas à base de esterco.
A outra metade não precisa de enriquecimento, pois será utilizada para criar um círculo de terra elevada em volta da muda, o qual irá “segurar” água e nutrientes perto da muda. Isto irá evitar a lixiviação de valiosos nutrientes e melhorar a absorção de água pelo solo.
O plantio
| O PLANTIO |
Jogue bastante água no berço, e mexa misturando água e terra até a terra virar lama líquida.
Coloque então a muda de maneira que o colo dela fique 2 cm abaixo do nível do terreno ao redor.
A lama líquida irá auxilliar para acertarmos a altura do colo e vai evitar que bolhas de ar resequem as raízes, enfraquecendo a planta.
Colocar a lama no fundo do berço irá garantir que água estará disponível para a muda nos primeiros dias, facilitando o enraizamento.
A terra úmida também irá facilitar a absorção de água de chuva pelo solo.
Preencha o resto do berço com o MIX 2 enriquecida.
Tome cuidado para não afundar o colo da planta.
Faça uma leve compressão com as mãos para compactar a terra e retirar bolhas do ar.
Não use os pés, pois pressão demais pode danificr as raizes!
Procedendo desta maneira, a terra na borda do berço vai estar um pouco mais alta do que perto da muda, fazendo com que a água da chuva e os nutrientes sempre sejam levados para perto da muda.
Implementação de medidas erosivas
Utilize a segunda metade de TERRA 2 (a não enriquecida) para criar uma barreira de terra de 5 a 10 cm de altura em volta da muda.
Tente criar um círculo de 1m de diâmetro.
Compacte com as mãos delicadamente (não utilize os pés!).
Distribua o resto da TERRA 1 (as 4 pás separadas no começo) dentro do círculo criado.
Caso a muda seja plantada num terreno íngreme com declividade acima de 30°, é recomendável criar um “U”, que irá captar e segurar a água de chuva que escorre superficialmente.
Em terrenos com declividade acima de 45° recomendamos que a barreira seja feita com bambú ou galhos grossos.
Para segurar os galhos no lugar, é necessário fincar duas estacas no solo e colocar os galhos-barreira atravessados, encostando bem no solo.
Para terrenos íngremes em projetos de restauração ecológica ou em plantios em áreas maiores recomenda-se adicionalmente a criação de valas de 10 a 20cm de profundidade correndo igual a curvas de nível.
Estas devem ser implementadas a cada 10 a 15m de altitude.
Elas irão desacelerar a água que escorre e poderão ser direcionadas para poças naturais ou poças de drenagem.
Quanto mais água de chuva for absorvida pelo solo no local, menos água sobrecarregará os rios, provocando inundações e assoreamentos.
Rega
Regue a muda com bastante água (no mínimo 10 litros ).
Regue devagar, deixando tempo para o solo absorver a água.
Tente não utilizar água clorada, pois o cloro irá matar os valiosos microorganismos do solo.
Estes são de extreme importância para o bem-estar das plantas, sendo importantes produtores de nutrientes!
Caso não haja água disponível no local do plantio, recomendamos o procedimento seguinte:
Utilize galhos finos pontiagudos ou longos pregos para criar furos ( de no mínimo 20 cm ) na terra.
Estes facilitarão a absorção da água de chuva e nutrientes.
Recobrimento do solo
É muito importante recobrir o solo ao redor das mudas para diminuir a temperatura do ambiente (o solo nu aquece extremamente e acaba irradiando muito calor, resecando a muda) e do solo ( temperaturas muito altas do solo dificultam absorção da água de chuva), para criar condições favoráveis para microorganismos produtores de nutrientes e para fornecer os nutrientes necessários para um crescimento saudável das plantas.
Existem duas maneiras de recobrir o solo.
A primeira opção é colocar material orgânico ao redor da muda.
Neste caso pode ser utilizado praticamente tudo que estiver disponível no local.
Quanto mais picotado, mais rapidamente o material irá disponibilizar os nutrientes.
Podem ser utilizados capins (são excellentes fornecedores de fósforo), folhas de bananeiras (fornecem potássio), serrapilheira etc.
Folhas finas e flexíveis costumam se decompor rapidamente, diferente de folhas duras que são difíceis de dobrar ou galhos e toras de árvores.
Neste contexto recomenda-se o uso de uma mistura de folhas e galhos finos de malváceas e fabáceas, capins picotados sem inflorescências e partes que possam rebrotar (a parte superior da folha) e folhas, frutos e caules picotados de bananeiras.
Evite usar plantas tóxicas ou aquelas que causam irritações nos olhos ou coceira.
Aquilo que não te faz bem provavelmente também irá causar danos a outras plantas.
Outra opção para evitar problemas, é observar o entorno das plantas que você pretendeo coletar para o recobrimento do solo. Plantas com poucas plantas vizinhas provavelmente emitem substâncias que irão inibir um desenvolvimento saudável de outras plantas.
A segunda é o plantio de plantas baixas que servem de forração.
Favorecemos esta técnica, pois além da sombra e dos nutrientes produzidos pelas plantas, suas raízes também facilitam a absorção da água de chuva pelo solo e ajudam a descompactar o solo.
Existem diversas espécies de herbáceas adequadas, inclusive algumas “fixadoras” de nitrogênio.
Uma ótima opção é a grama-amendoim (Arachis repens), a qual cria um excelente microclima para microrganismos sob as folhas e a qual faz aliança com microorganismos produtores de nitrogênio.
Não recomendamos outras técnicas, pois todas elas são pejuidiciais para as plantas.
Pedras, vidros e argila expandida aqueçem muito no sol, e o calor emitido pode “queimar” a planta.
E materiais como casca de pinus emitem substâncias oleosas ou tóxicas nocivas que enfraqueçem as plantas.
E o mais importante
Faça tudo isso com amor, carinho e alegria
Aprenda a cuidar
Luminosidade
O barú necessita de meia-sombra ou a pleno sol.
Solo ideal
Tolera todos os solos, exceto os enxarcados.
Se desenvolve melhor a pleno sol em solos férteis.
Adubação
Requer moderada manutenção.
Basta adubar com material orgânico duas vezes por ano.
Recubra o solo na área correspondente á área da copa mais um anel de cerca de 50cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.
Podas
O barú aceita poda.
Produção de mudas
Produção
Utilize frutos maduros recém-colhidos.
Utilize recipiente individual a pleno sol.
Coloque a semente numa profundidade de 1-3 cm no sol.
O barú não aceita transplante.
Facilitação de germinação
Retire a semente da polpa
Taxa de germinação
alta | 90% a pleno sol e 60% na meia sombra
Tempo de germinação
10 a 40 dias
Velocidade de crescimento
moderada
40cm após 12 meses
2,5m após 2 anos
Funções Ecológicas
Créditos de imagens
IMAGENS
www.shutterstock.com
IMAGEM PRINCIPAL
shutterstock_576368128 – Iuliia Timofeeva
FOTOCOLLAGEM
Créditos a serem inseridos em breve
IMAGENS I + II
shutterstock_571720525 – Iuliia Timofeeva
shutterstock_1323154184 – PARALAXIS
IMAGENS III+ IV
Francisco-Rossi
IMAGENS VII + VIII
shutterstock_1643097271 – Unknown
shutterstock_2076024673 – Ihm Foto
IMAGENS DOS ANIMAIS
averiguar o perfil da espécie animal
Faça sua parte na proteção da Mata Atlântica. Contribua com o projeto REWILD BRAZIL e ajude-nos a proteger essa preciosa fonte de vida e recursos naturais
Pregizerstr.11
72127 Kusterdingen
Alemanha
+49 163 718 9636
Freistellungsbescheid nach § 60a Abs. 1 AO über die gesonderte. Feststellung der Einhaltung der satzungsmäßigen Voraussetzungen nach den §§ 51, 59, 60 und 61 AO