ECHINODORUS GRANDIFLORUS (CHAM. & SCHLTR.) MICHELI (ALISMATACEAE)
Chapéu-de-couro-de-flor-grande
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Características
O chapéu-de-couro é uma herbácea aquática ou semiaquática, perene, rizomatosa, ereta, emersa ou flutuante na superfície da água, podendo atingir até 2 m de altura (normalmente 1 m).
É uma planta acaule, o rizoma é grosso, carnoso e septado.
As folhas do chapéu-de-couro são simples, ovadas, de base cordiforme e ápice agudo a acuminado, grandes, glabras (sem pilosidade), coriáceas, eretas, emersas e de cor verde-escura.
As folhas distribuem-se em forma de rosetas, e tem até 40 cm de largura, com 9 a 11 nervuras principais curvas e muito salientes na face inferior.
As folhas são longo-pecioladas, com pecíolos ásperos de até 1 m de comprimento.
A inflorescência é paniculada (cachos que saem de cachos); as flores são brancas, raramente de cor rosa ou amarela, numerosas, hermafroditas.
Os longos pedúnculos das inflorescências se originam diretamente do rizoma e sobressaem acima da folhagem.
Paisagismo
O chapéu-de-couro é cultivado como ornamental em bordas de espelhos d’água, lagos, parques e jardins.
A espécie é utilizada em aquários grandes, como planta de fundo.
É considerado como planta com potencial invasor, formando massas densas.
O chapéu-de-couro propaga-se facilmente por pseudoviviparidade e rizomas.
A espécie também se reproduz por sementes, podendo permanecer no bancos de sementes por longos períodos em estado de latência.
Requerimentos
O chapéu-de-couro é de uma planta de médio a difícil cultivo, devendo ser cultivado a pleno sol ou meia sombra, em temperaturas elevadas (faixa de 20° a 30° C), em água com pH variando de 5,8 a 7,8.
Há necessidade de substrato fértil e também fertilização líquida adicional.
Não é necessária a adição de CO2, mas o seu uso pode promover um crescimento mais rápido e folhas mais robustas.
Frutos e sementes
O fruto do chapéu-de-couro é um aquênio (fruto seco que não se abre, com uma única semente), costado (com linhas salientes), com 3-4 glândulas.
As sementes são obovaladas, castanhas, superfície ornamentada, reticulada.
Comestibilidade
Do rizoma do chapéu-de-couro é extraída uma massa da qual é feito um doce, semelhante ao doce de abóbora.
Os indígenas comiam os tubérculos do chapéu-de-couro fervidos.
Fenologia
CENTRO-OESTE
FLORAÇÃO | fevereiro a março
SUL
FLORAÇÃO | dezembro a fevereiro
SUDESTE
FLORAÇÃO | verão
Distribuição geográfica e habitat
NORTE
Acre
NORDESTE
Bahia, Paraíba, Pernambuco, Sergipe
CENTRO-OESTE
Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso
SUDESTE
Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo
SUL
Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina
BIOMA
Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal
TIPO DE VEGETAÇÃO
Vegetação Aquática
*Adaptado da Lista de Espécies do site Flora e Funga do Brasil
Adaptabilidade
Espécie nativa do Brasil, porém não endêmica, originária da Região Amazônica, o chapéu-de-couro encontra-se preferencialmente em mananciais aquáticos e terrenos alagados, como solos úmidos, canais de irrigação, lavouras de arroz inundado, banhados, baixadas, lagos e rios.
O chapéu-de-couro de maneira geral, não e muito resistente a insolação e ao solo seco, chegando a desaparecer na fase de seca do Pantanal, por exemplo, podendo sobreviver a períodos de seca como rizoma.
De maneira geral a espécie é bem resistente às baixas temperaturas, principalmente quando as plantas estão submersas.
Restauração ecológica
CLASSIFICAÇÃO
A espécie não foi avaliada quanto à sua categoria de ameaça de extinção (NE), porém o chapéu-de-couro que abastece o mercado brasileiro é obtido exclusivamente por extrativismo, o que ameaça as populações dessa espécie.
Além disso, por se tratar de uma espécie de ambiente alagados, está sujeita aos impactos das mudanças climáticas, que podem ocasionar alterações na distribuição dessas plantas, ou até mesmo, extinguindo alguns locais de ocorrência natural das populações.
Contribuição para a conservação animal
As flores do chapéu-de-couro oferecem néctar e pólen como recurso.
Suas sementes podem servir de alimento para aves aquáticas, mas não fazem parte da dieta alimentar regular.
Polinização
As flores do chapéu-de-couro são polinizadas abelhas solitárias e sociais, que coletam o néctar das flores.
Utilidade
O chapéu-de-couro possui amplo uso medicinal.
O chapéu-de-couro é utilizado como ingrediente de bebidas não alcoólicas.
O chapéu-de-couro possui é utilizado como folha forrageira, sendo preferida sua inflorescência.
O chapéu-de-couro possui potencial apícola.
Propriedades
Additional information
Referências
GILBERT, B., ALVES, L. F., and FAVORETO, R. F. 2022. Echinodorus grandiflorus, E. macrophyllus. In: Monografias de Plantas Medicinais Brasileiras e Aclimatadas: Volume II [online]. Rio de Janeiro: Abifisa; Editora FIOCRUZ, 2022, pp. 97-120. ISBN: 978-65-5708-177-8. https://doi.org/10.7476/9786557081778.0006
MARQUES, A. M. 2016. Potencial químico e farmacológico de Echinodorus grandiflorus: uma espécie de uso popular com grande potencial para o desenvolvimento de um fitomedicamento no país. Farmanguinhos – Trabalhos de Conclusão de Curso – Especialização 53 páginas.
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17711
Taxonomia
Família
Alismataceae
Gênero
Echinodorus
Espécie
E. grandiflorus
Outros nomes populares
Chapéu-de-couro, chá-do-brejo, chá-mineiro, chá-de-campanha, erva-do-brejo, erva-do-pântano, congonha-do-brejo
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