ERYTHRINA SPECIOSA

Mulungu-do-litoral

Mulungu-do-litoral

O mulungu-do-litoral é uma linda árvore ou arbusto, decídua, com 2 a 5 metros de altura.
O DAP varia entre 15 a 25 cm.
Trata-se de uma árvore muito ornamental de florada vermelha exuberante.
Vem sendo muito utilizada no paisagismo devido a suas flores vistosas, facilidade de cultivo e pequeno porte.
É muito utilizada para a arborização de ruas, praças, espaços públicos, casas de campo e jardins espaçosos.
Sua florada ocorre no inverno, justamente quando a árvore perde suas folhas, destacando ainda mais todo o esplendor das suas flores.
É de grande importância para o suprimento da avifauna por florir na estação seca, época de escassez natural de alimento e água.
Tronco e galhos possuem espinhos, oferecendo um visual diferenciado.

 

 

 

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Características

O mulungu-do-litoral é uma linda árvore ou arbusto, decídua, com 2 a 5 metros de altura.
O DAP varia entre 15 a 25 cm.
É de grande importância para o suprimento da avifauna por florir na estação seca, época de escassez natural de alimento e água.
Produz boa sombra no verão e permite a passagem de luz no inverno, já que perde as folhas nessa época do ano. permanecendo sem folhas durante a floração.

Paisagismo

Trata-se de uma árvore muito ornamental de florada vermelha exuberante.
Vem sendo muito utilizada no paisagismo devido a suas flores vistosas, facilidade de cultivo e pequeno porte.
Sua florada ocorre no inverno, justamente quando a árvore perde suas folhas, destacando ainda mais todo o esplendor das suas flores.
Por esta razão o mulungu-do-litoral representa uma excelente opção para atrair a avifauna, inclusive beija-flores.
Tronco e galhos possuem espinhos, oferecendo um visual diferenciado.
Esta espécie não possui um sistema radicular muito agressivo e por isso pode ser cultivado próximo de áreas calçadas.
É muito adequada para uso no estabelecimento de um jardim florestal.
Pode ser utilizada como cerca-viva para impedimento de passagem.
É uma árvore de crescimento rápido.

Requerimentos

Deve ser cultivada a pleno sol, em solos férteis e úmidos, preferencialmente ricos em matéria orgânica.

Manutenção

O mulungu-do-litoral requer moderada manutenção.
Basta adubar com material orgânico duas vezes por ano e remover galhos secos ou doentes.
A adubação deve ser feita uma vez antes da florada e a segunda após a frutificação.
Recubra o solo na área correspondente á área da copa mais um anel de cerca de 50cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.
Somente a retirada das flores caídas dá um pouco de trabalho.

Frutos e sementes

Seu fruto é uma vagem curta, deiscente, com 1-5 sementes

Comestibilidade

O fruto não é comestível.
Todas as espécies de Erythrina contêm quantidades maiores ou menores de alcaloides tóxicos – elas podem ser encontradas em todas as partes da planta, mas geralmente são mais concentradas nas sementes.

Fenologia

REGIÃO SUL 
FLORAÇÃO  |  junho – setembro
FRUTIFICAÇÃO  |   outubro – dezembro

REGIÃO SUDESTE 
FLORAÇÃO  |   julho – setembro
FRUTIFICAÇÃO  |  outubro – novembro

 

Distribuição geográfica e habitat

HABITAT

BIOMA
Mata Atlântica – Cerrado

TIPO DE VEGETAÇÃO
Floresta Ciliar – Floresta Ombrófila – Restinga


DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

REGIÃO SUL 
Santa Catarina – Paraná

REGIÃO SUDESTE
São Paulo – Rio de Janeiro – Minas Gerais  – Espírito Santo

REGIÃO NORDESTE
Bahia – Paraíba

REGIÃO CENTRO-OESTE
Mato Grosso do Sul – Goiás – Distrito Federal

 

* Adaptado da Lista de Espécies do Flora do Brasil

Adaptabilidade

Nativa da Mata Atlântica, natural de florestas fluviais e planícies úmidas, ela aprecia a umidade, vegetando bem em terreno brejosos, à beira de rios e no litoral.

Restauração ecológica

O mulungu-do-litoral não deve faltar em projetos de restauração ecológica.
Trata-se uma espécie-chave para o suprimento da avifauna.
As flores do mulungu são importante fonte alimentar para as aves, principalmente no inverno.
Além disso suas flores oferecem néctar para polinizadores.
Floresce na estação seca, época de escassez natural de água e alimentos.
Trata-se de uma espécie de grande importância para a regeneração do solo, pois é uma excelente produtora de biomassa, por ser uma espécie decídua e produzir florada abundante.
Além disso possui folhas ricas em nutrientes que fazem uma excelente cobertura para enriquecer o solo.
É também uma espécie que faz aliança com microorganismos produtores de nitrogênio, contribuindo para a regeneração do solo.
É classificada como pioneira ou secundária tardia.
A espécie não foi avaliada quanto ao seu status de conservação (NE).

Contribuição para a conservação animal

Suas flores fornecem alimento para aves nectarívoras e polinizadores:

-cambacicas (Coereba flaveola)
-saís
-sanhaços (Thraupis spp.)
-psitacídeos

Polinização

A polinização é realizada por:

-abelhas
-beija-flores

Dispersão

Autocórica

Utilidade

UTILIDADE I
Trata-se de uma planta medicinal.

UTILIDADE II
Atualmente tem sido empregada para formação de cercas vivas.

UTILIDADE III
Sua casca produz uma tintura amarela e tem propriedade tânica.
As flores maceradas produzem uma tinta amarelo-avermelhada.

UTILIDADE IV
É utilizada para sombreamento de cacaueiros.

MADEIRA
Sua  madeira é leve, lisa, mole, porosa e pouco durável.
É utilizada em caixotaria.

Conservação

A espécie não foi avaliada quanto ao seu status de conservação (NE).

Propriedades

Informação adicional

USO COMMERCIAL
REGENERAÇÃO DO SOLO PROVEDORA DE BIOMASSA

CONSERVAÇÃO DA FAUNA
IMPORTANTE PARA POLINIZADORES AVES, BEIJA-FLORES

FLORAÇÃO ABUNDANTE FLORAÇÃO ABUNDANTE

REGENERAÇÃO DE SOLO
PROVEDORA DE BIOMASSA DECÍDUA, FLORAÇÃO ABUNDANTE

FIXADORA DE NITROGÊNIO FIXADORA DE NITROGÊNIO

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS
ESTADO DE CONSERVAÇÃO NÃO AVALIADA (NE)

CLASSE SUCCESSIONAL PIONEIRA

ESTRATO ARBÓREO BAIXO ( 3 – 6 m )

DISPERSÃO AUTOCÓRICA

POLINIZADORES AVES, BEIJA-FLOR

FAMÍLIA BOTÂNICA FABACEAE

OCORRÊNCIA NATURAL
BIOMA ,

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA SC, PR, SP, RJ, ES, MG, BA, PB, MS, GO, DF

TIPO DE VEGETAÇÃO FLORESTA CILIAR, FLORESTA OMBRÓFILA, RESTINGA

INFORMAÇÕES BÁSICAS
FORMA DE VIDA

ALTURA 3 – 5 m

PERSISTÊNCIA FOLIAR DECÍDUA

CICLO DE VIDA PERENE

ÁREA DE UTILIZAÇÃO RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA, PAISAGISMO, CONSERVAÇÃO ANIMAL

Referências

https://tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Erythrina+speciosa

Erythrina speciosa Andrews Mulungu

Taxonomia

Família

Fabaceae

Gênero

Erythrina

Espécie

E. speciosa

Outros nomes populares

Corticeira, eritrina-vermelha, mulungu, muxoxo, sananduva, saranduba ou suinã

Como plantar

Introdução

Plantar e cuidar de plantas é uma arte.
Se quisermos ter jardins ou ecossistemas vitais, fortes, saudáveis e com todo esplendor, teremos que considerar as preferências específicas de cada espécie e prover as condições que a planta necessita para ficar bem.
É muito importante investir um pouco mais de tempo, energias e investimentos logo no começo, pois os primeiros meses após plantio influenciam o desenvolvimento de uma planta enormemente.
Se não quisermos ter plantas meio mortas, que toda hora ficam pegando pragas e doenças, teremos que providenciar boas condições de vida logo no começo.
Se acertarmos logo no início, iremos nos poupar enormes esforços e custos mais tarde.

Abrir o berço

Abra um berço de 60 x 60 x 60 cm.
Na hora de retirar a terra, separe os 20 cm de terra mais superficiais (TERRA  1) e o resto de terra (TERRA 2) criando 2 montes de terra separados. A terra mais superficial contém mais nutrientes e será colocada no fundo do berço mais tarde.
Descompacte a terra retirada o máximo possível.
Crie algumas entradas nos lados do berço, batendo com a ponta da enxada ou com pá, para facilitar a entrada de raízes futuramente.


 

Preparo da terra

Misture a TERRA 1 com a mesma quantidade de  material orgânico de alta fertilidade.
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas a base de esterco.
Separe 4 pás desta mistura e coloque o resto no berço.

Separe a TERRA 2  em duas porções iguais. Misture uma metade da TERRA 2 com a mesma quantidade de  material orgânico de alta fertilidade.
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas à base de esterco.
A outra metade não precisa de enriquecimento, pois será utilizada para criar um círculo de terra elevada em volta da muda, o qual irá “segurar” água e nutrientes perto da muda.
Isto irá evitar a lixiviação de valiosos nutrientes e melhorar a absorção de água pelo solo.

 

O plantio

Jogue bastante água no berço, e mexa misturando água e terra até a terra virar lama líquida. Coloque então a muda de maneira que o colo dela fique 2 cm abaixo do nível do terreno ao redor.
A lama líquida irá auxiliar para acertarmos a altura do colo e vai evitar que bolhas de ar ressequem as raízes, enfraquecendo a planta.
Colocar a lama no fundo do berço irá garantir que água estará disponível para a muda nos primeiros dias, facilitando o enraizamento.
A terra úmida também irá facilitar a absorção de água de chuva pelo solo.

Preencha o resto do berço com a TERRA 2 enriquecida.
Tome cuidado para não afundar o colo da  planta.
Faça uma leve compressão com as mãos para compactar a terra e retirar bolhas do ar.
Não use os pés, pois pressão demais pode danificar as raízes!
Procedendo desta maneira, a terra na borda do berço vai estar um pouco mais alta do que perto da muda, fazendo com que a água da chuva e os nutrientes sempre sejam levados para perto da muda.

Implementação de medidas erosivas

Utilize a segunda metade de TERRA 2 (a não enriquecida) para criar uma barreira de terra de 5 a 10 cm de altura em volta da muda.
Tente criar um círculo de 1m de diâmetro.
Compacte com as mãos.

Distribua o resto da TERRA 1 (as 4 pás separadas no começo) dentro do círculo criado.

Caso a muda seja plantada num terreno íngreme com declividade acima de 30°, é recomendável criar um “U”, que irá captar e segurar a água de chuva que escorre superficialmente.
Em terrenos com declividade acima de 45° recomendamos que a barreira seja feita com bambu ou galhos grossos.
Para segurar os galhos no lugar, é necessário fincar duas estacas no solo e colocar os galhos-barreira atravessados, encostando bem no solo.

Para terrenos íngremes em projetos de restauração ecológica ou em plantios em áreas maiores recomenda-se adicionalmente a criação de valas de 10 a 20cm de profundidade correndo igual a curvas de nível.
Estas devem ser implementadas a cada 10 a 15m de altitude.
Elas irão desacelerar a água que escorre e poderão ser direcionadas para poças naturais ou poças de drenagem.
Quanto mais água de chuva for absorvida pelo solo no local, menos água sobrecarregará os rios, provocando inundações e assoreamentos.

Rega

Regue a muda com bastante água (no mínimo 10 litros ).
Regue devagar, deixando tempo para o solo absorver a água.
Tente não utilizar água clorada, pois o cloro irá matar os valiosos microrganismos do solo. Estes são de extreme importância para o bem-estar das plantas, sendo importantes produtores de nutrientes!

Caso não haja água disponível no local do plantio, recomendamos o procedimento seguinte:
Utilize galhos finos pontiagudos ou longos pregos para criar furos  ( de no mínimo 20 cm ) na terra.
Estes facilitarão a absorção da água de chuva e nutrientes

Recobrimento do solo

É muito importante recobrir o solo ao redor das mudas para diminuir a temperatura do ambiente (o solo nu aquece extremamente e acaba irradiando muito calor ressecando a muda) e do solo ( temperaturas muito altas do solo dificultam absorção da água de chuva), para criar condições favoráveis para microrganismos produtores de nutrientes, manter a umidade do solo e para fornecer os nutrientes necessários para um crescimento saudável das plantas.

Existem duas maneiras de recobrir o solo.
A primeira opção é colocar material orgânico ao redor da muda.
Neste caso pode ser utilizado praticamente tudo que estiver disponível no local.
Quanto mais picotado, mais  rapidamente o material irá disponibilizar os nutrientes.
Podem ser utilizados capins (são excelentes fornecedores de fósforo), folhas de bananeiras (fornecem potássio), serapilheira etc.

Folhas finas e flexíveis costumam se decompor rapidamente, diferente de folhas duras que são difíceis de dobrar ou galhos e toras de árvores.
Neste contexto recomenda-se o uso de uma mistura de folhas e galhos finos de malváceas e fabáceas, capins picotados sem inflorescências e partes que possam rebrotar (a parte superior da folha) e folhas, frutos e caules picotados de bananeiras.

Evite usar plantas tóxicas ou aquelas que causam irritações nos olhos ou coceira.
Aquilo que não te faz bem provavelmente também irá causar danos a outras plantas.
Outra opção para evitar problemas, é observar o entorno das plantas que você pretende coletar para o recobrimento do solo.
Plantas com poucas plantas vizinhas provavelmente emitem substâncias que irão inibir um desenvolvimento saudável de outras plantas.

A segunda é o plantio de plantas baixas que servem de forração.
Favorecemos esta técnica, pois além da sombra e dos nutrientes produzidos pelas plantas,  suas raízes também facilitam a absorção da água de chuva pelo solo e ajudam a descompactar o solo.
Existem diversas espécies de herbáceas adequadas, inclusive algumas “fixadoras” de nitrogênio.
Uma ótima opção é a grama-amendoim (Arachis repens), a qual cria um excelente microclima para microrganismos sob as folhas e a qual faz aliança com microrganismos produtores de nitrogênio.

Não recomendamos outras técnicas, pois todas elas são prejudiciais para as plantas.
Pedras, vidros e argila expandida aquecem muito no sol, e o calor emitido pode “queimar” a planta.
E materiais como casca de pinus emitem substâncias oleosas ou tóxicas nocivas que enfraquecem as plantas.

E o mais importante

Faça tudo isso com amor, carinho e alegria

Aprenda a cuidar

Luminosidade

O mulungu-do-litoral necessita de pleno sol.

Solo ideal

A espécie desenvolve-se melhor em em solos férteis e úmidos, preferencialmente ricos em matéria orgânica.

Adubação

O mulungu-do-litoral requer moderada manutenção.
Basta adubar com material orgânico duas vezes por ano e remover galhos secos ou doentes.
A adubação deve ser feita uma vez antes da florada e a segunda após a frutificação.
Recubra o solo na área correspondente á área da copa mais um anel de cerca de 50cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serapilheira.

Produção de mudas

Produção

Utilize frutos maduros recém-colhidos.
Recipiente individual ou sementeira no sol.
Utilize substrato argilo-arenoso.
Cubra as sementes com 0,5 cm de substrato peneirado.

Viabilidade

As sementes são recalcitrantes.
Podem ser armazenadas por 1 a 3 meses.

Facilitação de germinação

Coloque as sementes em água quente (jamais fervente) e deixá-las na água por 24 horas.
Colocá-las na sementeira ou no recipiente individual logo em seguida.

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