EUTERPE EDULIS

Juçara

Juçara

A juçara é uma linda palmeira de 4 a 20 metros de altura. O estipe delgado e a delicada folhagem lhe conferem um visual elegante e muito ornamental.
Por esta raz ótima opção para projetos paisagísticos, ainda mais por ser uma das poucas palmeiras que toleram o plantio na meia-sombra.
Sendo assim, pode ser plantada nos centros urbanos, onde prédios altos muitas vezes limitam a luminosidade.
Além disso, a juçara é de extrema importância ecológica tanto nas áreas urbanas como também nas florestas e paisagens, pois os seus frutos nutrem inúmeras espécies animais e suas flores oferecem alimento para polinizadores.
Ela certamente deve ser considerada uma ótima opção para quem quiser atrair pássaros para o seu jardim ou espaço verde.
Pode ser utilizada no paisagismo urbano, em projetos de paisagem e planejamento ambiental.
Possui crescimento lento.

 

Mapa de distribuição

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Galeria de imagens

Características

A juçara é uma linda palmeira de 4 a 20 metros de altura.
O DAP chega a medir 10 a 15 cm.
O estipe delgado e a delicada folhagem lhe conferem um visual elegante e muito ornamental.

Paisagismo

É uma ótima opção para projetos paisagísticos, ainda mais por ser uma das poucas palmeiras que toleram o plantio na meia-sombra.
Sendo assim, pode ser plantada nos centros urbanos, onde prédios altos muitas vezes limitam a luminosidade.
Além disso, a juçara é de extrema importância ecológica tanto nas áreas urbanas como também nas florestas e paisagens, pois os seus frutos nutrem inúmeras espécies animais e suas flores oferecem alimento para polinizadores.
Ela é uma ótima opção para quem quiser atrair pássaros para o seu jardim ou espaço verde.
Pode ser utilizada no paisagismo urbano, em projetos de paisagem e planejamento ambiental.
Possui crescimento lento.

Requerimentos

A juçara se desenvolve bem na meia-sombra ou a pleno sol.
Prefere solos férteis e úmidos, contendo muita matéria orgânica.
Mudas jovens não toleram o sol pleno.
Preferem áreas constantemente úmidas e não toleram bem um longo ressecamento do solo.

Manutenção

É uma planta de fácil cultivo. que requer pouca manutenção.
Basta adubar com material orgânico duas vezes por ano.
Recubra o solo na área correspondente á copa mais um anel de cerca de 50cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.

Frutos e sementes

Seus belos frutos roxo escuros se destacam da folhagem verde e conferem a palmeira um belíssimo visual.
Os frutos chegam a medir de 10 a 19 mm e sua polpa é comestível.
O saboroso açaí produzido com a polpa é muito apreciado no Brasil e no exterior.
A palmeira leva de 6 a 10 anos até começar a produzir os frutos.

Comestibilidade

A juçara é principalmente conhecida pelo seu palmito comestível.
Infelizmente a juçara possui crescimento lento e leva muitos anos até o palmito chegar a um tamanho grande o suficiente para a colheita.
Isto faz com que seu cultivo comercial seja pouco atraente a nível financeiro.
O resultado é o seu extrativismo de florestas, com consequências graves para os ecossistemas, pois trata-se de uma espécie-chave para o suprimento da fauna, inclusive por ser uma das poucas espécies que produzem frutos na estação seca.
Entre 1968 e 1970 o Brasil exportou em média 2650 toneladas de palmitos extraídos de floresta por ano. Isto significa que milhões de palmeiras foram extintas, pois as juçaras não rebrotam após o corte.
O resultado é o estado ameaçado da espécie com o qual nos vemos confrontados hoje em dia.
A única solução é evitar o consumo do palmito da juçara.
Isto é fácil, já que hoje em dia existem alternativas cultivadas, como o palmito da pupunha (Bactris gaipaes) ou do açaí (Euterpe oleracea).
No entanto deve-se averiguar a origem do produto, pois somente palmitos de cultivo  causarão menos danos.

Fenologia

REGIÃO SUL
FLORAÇÃO  |   setembro – dezembro
FRUTIFICAÇÃO  |  abril – novembro

REGIÃO SUDESTE 
FLORAÇÃO  |  setembro – dezembro
FRUTIFICAÇÃO  |  abril – julho

REGIÃO NORDESTE 
FLORAÇÃO  |   janeiro – março
FRUTIFICAÇÃO  |  abril – novembro

Distribuição geográfica e habitat

HABITAT

 

BIOMA

Mata Atlântica – Cerrado

TIPO DE VEGETAÇÃO
Floresta Ciliar – Floresta Ombrófila

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

REGIÃO SUL
Rio Grande do Sul – Santa Catarina – Paraná

REGIÃO SUDESTE
São Paulo – Rio de Janeiro – Espírito Santo – Minas Gerais

REGIÃO NORDESTE
Bahia

REGIÃO CENTRO-OESTE
Mato Grosso do Sul – Goiás


* Adaptado da Lista de Espécies do Flora do Brasil

Adaptabilidade

A espécie ocorre naturalmente em áreas constantemente úmidas, como morros por onde corre a drenagem de água ou florestas ciliares no fundo de vales e baixadas, sendo tolerante a inundações temporárias
Não tolera solo seco ou solos permanentemente enxarcados.
Ocorre numa altitude desde o nível do mar até a 2000 metros de altura.
Resiste a geadas de até – 3°C.
Possui tolerância moderada a ventos fortes.

Restauração ecológica

A juçara não deve faltar em projetos de restauração ecológica.
Trata-se de uma espécie-chave para o suprimento da fauna.
Seus frutos servem de alimento para muitas espécies animais e suas flores oferecem néctar para polinizadores.
Floresce e frutifica na estação seca, época de escassez natural de água e alimentos.
Nessa época seu palmito serve como alimento e fonte de água para primatas como os macacos-prego.
Além disso, a juçara é utilizada como poleiro por diversas espécies de aves.
É classificada como espécie avançada.

Contribuição para a conservação animal

Suas flores oferecem alimento (néctar) para:

-abelhas
-insetos

Os frutos oferecem alimento para:

-antas (Tapirus terrestris)
-araçari-banana (Pteroglossus bailonii)
-araçari-de-bico-branco (Pteroglossus aracari)
-araçari-poca (Selenidera maculirostris)
-aves pequenas
-bugios (Alouatta sp. )
-catetos (Pecari tajacu)
-caxinguêles (Sciurus aestuans)
-cutias (Dasyprocta leporina)
-gambás (Didelphis albiventri e Didelphis aurita)
-gralhas-azuis (Cyanocorax caeruleus)
-jacuguaçus (Penelope obscura)
-jacupembas (Penelope supercilaris)
-jacutingas (Aburria jacutinga)
-lobinhos-do-mato (Cerdocyon thous)
-macacos-prego (Sapajus nigritus)
-morcegos
-pequenos roedores
-quatis (Nasua nasua)
-taiaçus (Tayassu pecari)
-tayras (Eira barbara)
-tucanos-de-bico preto (Ramphastos vitellinus)
-tucanos-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus)
-tucanuçus (Ramphastos toco)

 

Polinização

A polinização é realizada por:

-abelhas
-insetos

Dispersão

Zoocórica

Dispersores

Macacos-prego (Sapajus nigritus), bugios (Alouatta sp.), antas (Tapirus terrestris), taiaçus (Tayassu pecari), catetos (Pecari tajacu), lobinhos-do-mato (Cerdocyon thous), tayras (Eira barbara), quatis (Nasua nasua), cutias (Dasyprocta leporina), caxinguêles (Sciurus aestuans), gambás (Didelphis albiventri e Didelphis aurita), pequenos roedores, morcegos, tucanuçus (Ramphastos toco), tucanos-de-bico preto (Ramphastos vitellinus), tucanos-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus), araçari-poca (Selenidera maculirostris), araçari-banana (Pteroglossus bailonii), araçari-de-bico-branco (Pteroglossus aracari), jacutingas (Aburria jacutinga), jacuguaçus (Penelope obscura), jacupembas (Penelope supercilaris), gralhas-azuis (Cyanocorax caeruleus) e muitas espécies de aves pequenas.
Taiaçus e catetos devem ser considerados predadores de sementes por mastigarem ou despedaçarem as sementes mastigando ou mordendo.
Cutias também devem ser consideradas predadoras, no entanto costumam enterar sementes para criar estoques, contribuíndo desta maneira para a sua disseminação.

Utilidade

UTILIDADE 
A espécie é apícola.

Conservação

A espécie está avaliada como vulnerável (VU) no status de conservação da espécie, ou seja, enfrenta um risco elevado de extinção na natureza em um futuro bem próximo, a menos que as circunstâncias que ameaçam a sua sobrevivência e reprodução melhorem.

Propriedades

Additional information

PRODUTORES DE MUDAS
SP - INSTITUTO REFLORESTA São Paulo | Tel (11) 2574-1626 | contato@refloresta.org.br | www.refloresta.org.br

BA - PROJETO ARBORETUM Teixeira de Freitas | Tel (73) 3011-5700 | contatoprojetoarboretum@fjs.org | www.programaarboretum.eco.br

SP - SÍTIO DA MATA Tietê | Tel (15) 3285-1651 | faleconosco@sitiodamata.com.br | www.sitiodamata.com.br

PR - FLORA LONDRINA Londrina | Tel (43) 3336-2414 | sac@floralondrina.com.br | www.floralondrina.com.br

USO COMMERCIAL
PRODUÇÃO DE ALIMENTO PRODUÇÃO DE MEL

CONFECÇÃO DE BIJOUTERIA SERVE PARA A PRODUÇÃO DE BIJOUTERIA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL, FRUTO GOSTOSO

PAISAGISMO - ASPECTOS TÉCNICOS
TETO - ÁRVORE TETO – ÁRVORE

JARDIM DE CHUVA ADEQUADA PARA JARDIM DE CHUVA

SEM RISCOS PARA ANIMAIS E CRIANÇAS SEM RISCOS PARA ANIMAIS E CRIANÇAS

PLANTA PARA INTERIORES PLANTA PARA INTERIORES

ACEITA PLANTIO EM VASO ACEITA PLANTIO EM VASO

POMAR PLANTA PARA POMAR

PAISAGISMO PRÓ-WILDLIFE FLORES, FRUTOS, POLEIRO

PAISAGISMO PRÓ-POLINIZADORES FLORES

PLANTA PARA ATRAIR PÁSSAROS PLANTA PARA ATRAIR PÁSSAROS

PAISAGISMO URBANO ADEQUADA PARA PAISAGISMO URBANO

PAISAGISMO PRÓ-FAUNA-URBANA FLORES, FRUTOS, POLEIRO

SOMBREAMENTO DE RUAS NÃO – COPA ESTREITA

SOMBREAMENTO DE ESTACIONAMENTOS NÃO – COPA ESTREITA

SOMBREAMENTO DE CALÇADA ADEQUADA PARA SOMBREAMENTO DE CALÇADA

PAISAGISMO - VISUAL
ORNAMENTAL TODA PLANTA, FOLHAGEM, FRUTO

VISUAL PLANTA ARQUITETÔNICA

MANUTENÇÃO BAIXA

FLOR - COR AMARELO CLARO

FLOR - ATRIBUTOS FORMATO CACHO

FOLHAGEM - ATRIBUTOS FOLHAS DELICADAS, FOLHAS LONGAS E COMPRIDAS

FOLHAGEM - COR VERDE

FRUTO - COR ROXO

FRUTO – ATRIBUTOS FRUTO GRANDE ( > 12 mm ), CACHOS

TRONCO - COR CINZA

QUALIDADES MUITO GOSTOSA, ORNAMENTAL

ESTILO DE JARDIM BALINÊS, JARDIM-FOLHAGEM, NATURALISTA, TROPICAL, WATER GARDEN

ESPÉCIES ANIMAIS QUE UTILIZAM A PLANTA
ALOUATTA SP DE IMPORTÂNCIA PARA ALOUATTA

SAPAJUS NIGRITUS DE IMPORTÂNCIA PARA SAPAJUS NIGRITUS, FRUTO, ALIMENTO, ÁGUA

SAPAJUS SP DE IMPORTÂNCIA PARA SAPAJUS, FRUTO, ALIMENTO

DASYPROCTA LEPORINA DE IMPORTÂNCIA PARA DASYPROCTA LEPORINA, FRUTO, ALIMENTO

DASYPROCTA SP DE IMPORTÂNCIA PARA DASYPROCTA, FRUTO, ALIMENTO

CERDOCYON THOUS DE IMPORTÂNCIA PARA CERDOCYON THOUS, FRUTO, ALIMENTO

NASUA NASUA DE IMPORTÂNCIA PARA NASUA NASUA, FRUTO, ALIMENTO

EIRA BARBARA DE IMPORTÂNCIA PARA EIRA BARBARA, FRUTO, ALIMENTO

DIDELPHIS AURITA DE IMPORTÂNCIA PARA DIDELPHIS AURITA, FRUTO, ALIMENTO

DIDELPHIS SP DE IMPORTÂNCIA PARA DIDELPHIS, FRUTO, ALIMENTO

TAPIRUS TERRESTRIS DE IMPORTÂNCIA PARA TAPIRUS TERRESTRIS, FRUTO, ALIMENTO

PECARI TAYACU DE IMPORTÂNCIA PARA PECARI TAYACU, FRUTO, ALIMENTO

TAYASSU PECARI DE IMPORTÂNCIA PARA TAYASSU PECARI, FRUTO, ALIMENTO

AVIFAUNA DE IMPORTÂNCIA PARA A AVIFAUNA, FRUTO, ALIMENTO

RAMPHASTOS DICOLORUS DE IMPORTÂNCIA PARA RAMPHASTOS DICOLORUS, FRUTO, ALIMENTO

RAMPHASTOS TOCO DE IMPORTÂNCIA PARA RAMPHASTOS TOCO, FRUTO, ALIMENTO

RAMPHASTOS VITELLINUS DE IMPORTÂNCIA PARA RAMPHASTOS VITELLINUS, FRUTO, ALIMENTO

RAMPHASTOS SP DE IMPORTÂNCIA PARA RAMPHASTOS, FRUTO, ALIMENTO

PTEROGLOSSUS ARACARI DE IMPORTÂNCIA PARA PTEROGLOSSUS ARACARI, FRUTO, ALIMENTO

PTEROGLOSSUS BAILLONII DE IMPORTÂNCIA PARA PTEROGLOSSUS BAILLONI, FRUTO, ALIMENTO

PTEROGLOSSUS SP DE IMPORTÂNCIA PARA PTEROGLOSSUS, FRUTO, ALIMENTO

SELENIDERA MACULLIROSTRIS DE IMPORTÂNCIA PARA SELENIDERA MACULLIROSTRIS, FRUTO, ALIMENTO

ABBURRIA JACUTINGA DE IMPORTÂNCIA PARA ABBURRIA JACUTINGA, FRUTO, ALIMENTO

PENELOPE OBSCURA DE IMPORTÂNCIA PARA PENELOPE OBSCURA, FRUTO, ALIMENTO

PENELOPE SUPERCILIARIS DE IMPORTÂNCIA PARA PENELOPE SUPERCILIARIS, FRUTO, ALIMENTO

PENELOPE SP DE IMPORTÂNCIA PARA PENELOPE, FRUTO, ALIMENTO

CYANOCORAX CAERULEUS DE IMPORTÂNCIA PARA CYANOCORAX CAERULEUS, FRUTO, ALIMENTO

MORCEGOS DE IMPORTÂNCIA PARA MORCEGOS, FRUTO, ALIMENTO

TUPINAMBIS MERIANAE DE IMPORTÂNCIA PARA TUPINAMBIS MERIANAE, FRUTO, ALIMENTO

CONSERVAÇÃO DA FAUNA
IMPORTANTE PARA POLINIZADORES INSETOS, ABELHAS

IMPORTANTE PARA DISPERSORES GRANDES AVES, PRIMATAS, UNGULADOS, ROEDORES, ONÍVOROS, MORCEGOS

RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA
ESPÉCIE-CHAVE PARA A FAUNA FORNEÇE ALIMENTO, FORNEÇE ÁGUA, FORNEÇE SUPERFOOD, POLEIRO, FORNECE ALIMENTO NA ESTAÇÃO SECA

DENSIDADE DE SOMBRA BAIXA

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS
ESTADO DE CONSERVAÇÃO NÃO AVALIADA (NE)

CLASSE SUCCESSIONAL AVANÇADA

ESTRATO ARBÓREO MÉDIO ( 6 – 15 m )

DISPERSÃO ZOOCÓRICA

DISPERSORES - GRUPOS AVIFAUNA, AVES GRANDES, PRIMATAS, PRIMATAS GRANDES, UNGULADOS, ROEDORES GRANDES, OMNÍVOROS GRANDES, MORCEGOS, ICTIOFAUNA

DISPERSORES - ESPÉCIE ANIMAL ABBURRIA JACUTINGA, ALOUATTA SP., AVIFAUNA, CERDOCYON THOUS, COTIAS, CYANOCORAX CAERULEUS, DASYPROCTA LEPORINA, DASYPROCTA SP., DIDELPHIS ALBIVENTRIS, DIDELPHIS AURITA, EIRA BARBARA, MORCEGOS, NASUA NASUA, PECARI TAYACU, PENELOPE OBSCURA, PENELOPE SUPERCILARIS, PRIMATAS, PTEROGLOSSUS ARACARI, PTEROGLOSSUS BAILONII, RAMPHASTOS DICOLORUS, RAMPHASTOS TOCO, RAMPHASTOS VITELLINUS, SAPAJUS NIGRITUS, SCIURUS AESTUANS, SELENIDERA MACULIROSTRIS, TAPIRUS TERRESTRIS, TAYASSU PECARI

POLINIZADORES ABELHAS, INSETOS

FAMÍLIA BOTÂNICA ARECACEAE

DAP ATÉ 20 cm

OCORRÊNCIA NATURAL
BIOMA ,

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA RS, SC, PR, SP, RJ, ES, MG, BA, MS, GO

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA - SÃO PAULO CENTRO, LITORAL NORTE, LITORAL SUL, SUDESTE, SUDOESTE

TIPO DE VEGETAÇÃO FLORESTA CILIAR, FLORESTA OMBRÓFILA

ADAPTABILIDADE
ALTITUDE 0 – 500, 500 – 1000, 1000 – 1500

TOLERÂNCIA À SECA

TOLERÂNCIA À GEADA TOLERÂNCIA BAIXA À GEADAS ATÉ -3"C

INFORMAÇÕES FENOLÓGICAS
ÉPOCA DE FLORAÇÃO NO SUL SET, OUT, NOV, DEZ

ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO NO SUL ABR, MAI, JUN, JUL, AGO, SET, OUT, NOV

ÉPOCA DE FLORAÇÃO NO SUDESTE SET, OUT, NOV, DEZ

ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO NO SUDESTE ABR, MAI, JUN, JUL

ÉPOCA DE FLORAÇÃO NO NORDESTE JAN, FEV, MAR

ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO NO NORDESTE ABR, MAI, JUN, JUL, AGO, SET, OUT, NOV

INFORMAÇÕES BÁSICAS
FORMA DE VIDA

ALTURA 10 – 15 m

ALTURA CULTIVADA 7 – 10 m

SOLO ,

UMIDADE DO SOLO ÚMIDO BEM DRENADO

LUMINOSIDADE SOL, MEIA-SOMBRA

BEST MEIA-SOMBRA, SOLO FÉRTIL, ÚMIDO, BEM DRENADO, COM MUITA MATÉRIA ORGÂNICA

REQUERIMENTO DE ÁGUA ALTO

ESPAÇAMENTO DE PLANTIO 3 x 3 m

VELOCIDADE DE CRESCIMENTO RÁPIDA

PERSISTÊNCIA FOLIAR PERENIFOLIA

TAMANHO DO FRUTO 12 – 20 mm

CICLO DE VIDA PERENE

COMESTIBILIDADE FRUTO, PALMITO

ÁREA DE UTILIZAÇÃO RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA, PAISAGISMO, CONSERVAÇÃO ANIMAL, SISTEMAS AGROFLORESTAIS, USO COMMERCIAL

QUALIDADES ORNAMENTAL, ALIMENTÍCIA

Referências

https://tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Euterpe+edulis

https://www.rarepalmseeds.com/de/euterpe-edulis-de

https://www.programaarboretum.eco.br/especie/31/palmeira-jucara

 

Taxonomia

Família

Arecaceae

Gênero

Euterpe

Espécie

E. edulis

Outros nomes populares

Jussara, palmeira-juçara, palmeira-jussara, palmiteiro, Içara, Palmito-da-mata, Palmito-branco,

Como plantar

Introdução

Plantar e cuidar de plantas é uma arte. Se quisermos ter jardins ou ecosistemas vitais, fortes, saudáveis e com todo esplendor, teremos que considerar as preferências específicas de cada espécie e prover as condições que a planta necessita para ficar bem. É muito importante investir um pouco mais de tempo, energias e investimentos logo no começo, pois os primeiros meses após plantio influenciam o desenvolvimento de uma planta enormemente. Se não quisermos ter plantas meio mortas, que toda hora ficam pegando pragas e doenças, teremos que providenciar boas condições de vida logo no começo. Se acertarmos logo no início, iremos nos poupar enormes esforços e custos mais tarde.

 

Abrir o berço

Abra um berço de 60 x 60 x 60 cm.
Na hora de retirar a terra, separe os 20 cm de terra mais superficiais (TERRA 1) e o resto de terra (TERRA 2) criando 2 montes de terra separados. A terra mais superficial contém mais nutrientes e será colocada no fundo do berço mais tarde.
Descompacte a terra retirada o máximo possível.
Crie algumas entradas nos lados do berço, batendo com a ponta da enxada ou com pá, para facilitar a entrada de raízes futuramente.

Preparo da terra

Misture a TERRA 1 com a mesma quantidade de  material orgânico de alta fertilidade.
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas a base de esterco.
Separe 4 pás desta mistura e coloque o resto no berço.

Separe a TERRA 2  em duas porções iguais. Misture uma metade da TERRA 2 com a mesma quantidade de  material orgânico de alta fertilidade.
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas à base de esterco.
A outra metade não precisa de enriquecimento, pois será utilizada para criar um círculo de terra elevada em volta da muda, o qual irá “segurar” água e nutrientes perto da muda. Isto irá evitar a lixiviação de valiosos nutrientes e melhorar a absorção de água pelo solo.

O plantio

Jogue bastante água no berço, e mexa misturando água e terra até a terra virar lama líquida. Coloque então a muda de maneira que o colo dela fique 2 cm abaixo do nível do terreno ao redor. A lama líquida irá auxilliar para acertarmos a altura do colo e vai evitar que bolhas de ar resequem as raízes, enfraquecendo a planta. Colocar a lama no fundo do berço irá garantir que água estará disponível para a muda nos primeiros dias, facilitando o enraizamento. A terra úmida também irá facilitar a absorção de água de chuva pelo solo.

Preencha o resto do berço com a TERRA 2 enriquecida. Tome cuidado para não afundar o colo da  planta. Faça uma leve compressão com as mãos para compactar a terra e retirar bolhas do ar. Não use os pés, pois pressão demais pode danificr as raizes! Procedendo desta maneira, a terra na borda do berço vai estar um pouco mais alta do que perto da muda, fazendo com que a água da chuva e os nutrientes sempre sejam levados para perto da muda.

Implementação de medidas erosivas

Utilize a segunda metade de TERRA 2 (a não enriquecida) para criar uma barreira de terra de 5 a 10 cm de altura em volta da muda.  Tente criar um círculo de 1m de diâmetro. Compacte com as mãos.

Distribua o resto da TERRA 1 (as 4 pás separadas no começo) dentro do círculo criado.

Caso a muda seja plantada num terreno íngreme com declividade acima de 30°, é recomendável criar um “U”, que irá captar e segurar a água de chuva que escorre superficialmente. Em terrenos com declividade acima de 45° recomendamos que a barreira seja feita com bambu ou galhos grossos. Para segurar os galhos no lugar, é necessário fincar duas estacas no solo e colocar os galhos-barreira atravessados, encostando bem no solo.

Para terrenos íngremes em projetos de restauração ecológica ou em plantios em áreas maiores recomenda-se adicionalmente a criação de valas de 10 a 20cm de profundidade correndo igual a curvas de nível.  Estas devem ser implementadas a cada 10 a 15m de altitude. Elas irão desacelerar a água que escorre e poderão ser direcionadas para poças naturais ou poças de drenagem. Quanto mais água de chuva for absorvida pelo solo no local, menos água sobrecarregará os rios, provocando inundações e assoreamentos.

 

Rega

Regue a muda com bastante água (no mínimo 10 litros ). Regue devagar, deixando tempo para o solo absorver a água. Tente não utilizar água clorada, pois o cloro irá matar os valiosos microrganismos do solo. Estes são de extreme importância para o bem-estar das plantas, sendo importantes produtores de nutrientes!

Caso não haja água disponível no local do plantio, recomendamos o procedimento seguinte:
Utilize galhos finos pontiagudos ou longos pregos para criar furos  (no mínimo 20 cm) na terra. Estes facilitarão a absorção da água de chuva e nutrientes.

Recobrimento do solo

É muito importante recobrir o solo ao redor das mudas para diminuir a temperatura do ambiente (o solo nu aquece extremamente e acaba irradiando muito calor ressecando a muda) e do solo ( temperaturas muito altas do solo dificultam absorção da água de chuva), para criar condições favoráveis para microrganismos produtores de nutrientes e para fornecer os nutrientes necessários para um crescimento saudável das plantas.

Existem duas maneiras de recobrir o solo. A primeira opção é colocar material orgânico ao redor da muda. Neste caso pode ser utilizado praticamente tudo que estiver disponível no local.  Quanto mais picotado, mais  rapidamente o material irá disponibilizar os nutrientes. Podem ser utilizados capins (são excelentes fornecedores de fósforo), folhas de bananeiras (fornecem potássio), serapilheira etc.

A segunda é o plantio de plantas baixas que servem de forração. Favorecemos esta técnica, pois além da sombra e dos nutrientes produzidos pelas plantas,  suas raízes também facilitam a absorção da água de chuva pelo solo e ajudam a descompactar o solo. Existem diversas espécies de herbáceas adequadas, inclusive algumas “fixadoras” de nitrogênio. Uma ótima opção é a grama-amendoim (Arachis repens), a qual cria um excelente microclima para microrganismos sob as folhas e a qual faz aliança com microrganismos produtores de nitrogênio.

 

E o mais importante

Faça tudo isso com amor, carinho e alegria

Aprenda a cuidar

Luminosidade

A juçara se desenvolve bem na meia-sombra ou a pleno sol.
Mudas jovens não toleram o sol pleno.
Preferem áreas constantemente úmidas e não toleram bem um longo ressecamento do solo.

Solo ideal

Prefere solos férteis e úmidos, contendo muita matéria orgânica.
Preferem áreas constantemente úmidas e não toleram bem um longo ressecamento do solo.

Irrigação

Necessita de grandes quantidades de água.

Adubação

Basta adubar com material orgânico duas vezes por ano.
Recubra o solo na área correspondente à copa mais um anel de cerca de 50 cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas à base de esterco, húmus de minhoca ou serapilheira.

Produção de mudas

Produção

Utilize frutos maduros recém-colhidos.
Coloque em recipiente individual ou sementeira no sol.
Utilize terra fértil com muita matéria orgânica

Tempo de germinação

25 a 40 dias

Velocidade de crescimento

Rápida
40 cm após 6 meses

Funções Ecológicas

Créditos de imagens

IMAGENS
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IMAGENS I + III * VII
www.shutterstock.com
shutterstock_1672651411 – Leonardo Mercon
shutterstock_1824191012 – JH Bispo
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shutterstock_1086492779 – NANCY AYUMI KINIHIRO
shutterstock_1466828825 – VITORMARIGO

IMAGEM II + IV + V + VI + VIII
Katrin Bokelmann
Uso das imagens liberado sem restrições para uso pessoal, produtores de mudas, coletores de sementes, restauradores, paisagistas e profissionais da área da jardinagem, projetos de educação ambiental, projetos ambientais e produtores de alimentos de espécies nativas brasileiras.
Para outro uso entre em contato com atlanticrainforestrescue@posteo.de.

IMAGENS DOS ANIMAIS
vide perfil da espécie animal

FOTOCOLAGEM
créditos a serem inseridos em breve

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