Cambuí
O cambuí é uma árvore semidecídua com copa baixa, densa e ereta, mais larga que alta, podendo atingir entre 4 e 6 m de altura e 20 a 30 cm de diâmetro.
A tronco do cambuí é muito ornamental, de coloração marrom, com manchas acinzentadas muito características e chamativas, descamante, muito liso e com galhos retorcidos.
A floração é extremamente abundante, recobrindo a planta de pequenas flores brancas e aromáticas.
A espécie apresenta crescimento lento.
Devido à sua baixa estatura pode ser plantada em calçadas, sob fiação elétrica.
Pode ser cultivado em vasos e espaços pequenos.
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Características
O cambuí é uma árvore semidecídua com copa baixa, densa e ereta, mais larga que alta, podendo atingir entre 4 e 6 m de altura e 20 a 30 cm de diâmetro.
A tronco do cambuí é muito ornamental, de coloração marrom com manchas acinzentadas, descamante, muito liso e com galhos retorcidos.
A floração é extremamente abundante, recobrindo a planta de pequenas flores brancas e aromáticas.
Paisagismo
O cambuí possui grande valor ornamental, pela exuberância de floração e frutificação.
A espécie apresenta crescimento lento.
Devido à sua baixa estatura pode ser plantada em calçadas, sob fiação elétrica.
Pode ser cultivado em vasos e espaços pequenos.
Requerimentos
O cambuí deve ser cultivado em locais a meia sombra, podendo se desenvolver também a pleno sol.
Prefere solos férteis e úmidos.
É uma espécie rústica e de fácil cultivo.
O cambuí é uma planta com elevado consumo de água.
Manutenção
O cambuí requer moderada manutenção.
Basta adubá-lo duas vezes ao ano ( antes da florada e depois da frutificação).
Frutos e sementes
Os frutos do cambuí são do tipo drupa globosa, lisos e brilhantes, pequenos, com 0,5-0,8 cm, vermelho-escarlates a pretos. Os frutos possuem 1 ou 2 sementes.
Comestibilidade
Os frutos do cambuí são comestíveis, consumidos in natura, possuindo um sabor que lembra bastante o da pitanga (Eugenia uniflora).
Fenologia
REGIÃO SUDESTE |
FLORAÇÃO | novembro – dezembro
FRUTIFICAÇÃO | janeiro – março
Distribuição geográfica e habitat
HABITAT
BIOMA
Mata Atlântica – Cerrado – Pampa
TIPO DE VEGETAÇÃO
Campo Rupestre – Floresta Estacional Semidecidual – Floresta Ombrófila – Floresta Ombrófila Mixta
Camos de Altitude – Vegetação sob Afloramentos Rochosos
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
REGIÃO SUL
Rio Grande do Sul – Santa Catarina – Paraná
REGIÃO SUDESTE
São Paulo – Rio de Janeiro – Minas Gerais – Espírito Santo
REGIÃO NORDESTE
Bahia – Alagoas – Maranhão – Piauí – Sergipe
REGIÃO CENTRO-OESTE
Mato Grosso – Mato Grosso do Sul – Goiás – Distrito Federal
REGIÃO NORTE
Tocantins
* Adaptado da Lista de Espécies do Flora do Brasil
Adaptabilidade
O cambuí é nativo do Brasil, característico da floresta semidecídua de altitude e mata de pinhais. Ocorre naturalmente no norte da Argentina, Brasil (de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul), Paraguai e Uruguai.
Restauração ecológica
O cambuí apresenta excelente potencial apícola.
É classificada como secundária tardia.
Contribuição para a conservação animal
Os frutos do cambuí fornecem alimento para:
bugios-marrons (Alouatta guariba)
gaturamo-verdadeiro (Euphonia violacea)
saíra-de-sete-cores (Tangara seledon),
saíra-militar (Tangara cyanocephala)
sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca)
tangarazinho (Ilicura militaris)
Polinização
A polinização do cambuí é realizada por abelhas.
Dispersão
Zoocórica
Dispersores
O cambuí tem suas sementes dispersas por bugios-marrons (Alouatta guariba) e aves: saíra-de-sete-cores (Tangara seledon), a saíra-militar (Tangara cyanocephala), o gaturamo-verdadeiro (Euphonia violacea), o tangarazinho (Ilicura militaris) e o sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca).
Utilidade
UTILIDADE I
Trata-se de uma planta medicinal.
UTILIDADE II
O cambuí pode ser utilizado para a formação de bonsais.
MADEIRA
A madeira do cambuí é compacta, durável, moderadamente pesada, muito elástica, resistente a choques mecânicos.
É utilizada para postes, cabos de ferramentas e vigas, e também como lenha.
Conservação
A espécie não foi avaliada quanto ao seu estado de conservação (NE).
Propriedades
Additional information
Referências
https://tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Myrcia+selloi
Taxonomia
Família
Myrtaceae
Gênero
Myrcia
Espécie
M. selloi
Outros nomes populares
Cambuizinho-vermelho ou camboim
Como plantar
Introdução
Plantar e cuidar de plantas é uma arte. Se quisermos ter jardins ou ecossistemas vitais, fortes, saudáveis e com todo esplendor, teremos que considerar as preferências específicas de cada espécie e prover as condições que a planta necessita para ficar bem. É muito importante investir um pouco mais de tempo, energias e investimentos logo no começo, pois os primeiros meses após plantio influenciam o desenvolvimento de uma planta enormemente. Se não quisermos ter plantas meio mortas, que toda hora ficam pegando pragas e doenças, teremos que providenciar boas condições de vida logo no começo. Se acertarmos logo no início, iremos nos poupar enormes esforços e custos mais tarde.
Abrir o berço
Abra um berço de 60 x 60 x 60 cm.
Na hora de retirar a terra, separe os 20 cm de terra mais superficiais (TERRA 1) e o resto de terra (TERRA 2) criando 2 montes de terra separados. A terra mais superficial contém mais nutrientes e será colocada no fundo do berço mais tarde.
Descompacte a terra retirada o máximo possível.
Crie algumas entradas nos lados do berço, batendo com a ponta da enxada ou com pá, para facilitar a entrada de raízes futuramente.
Preparo da terra
Misture a TERRA 1 com a mesma quantidade de material orgânico de alta fertilidade.
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas a base de esterco.
Separe 4 pás desta mistura e coloque o resto no berço.
Separe a TERRA 2 em duas porções iguais. Misture uma metade da TERRA 2 com a mesma quantidade de material orgânico de alta fertilidade.
O material orgânico de alta fertilidade pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas à base de esterco.
A outra metade não precisa de enriquecimento, pois será utilizada para criar um círculo de terra elevada em volta da muda, o qual irá “segurar” água e nutrientes perto da muda. Isto irá evitar a lixiviação de valiosos nutrientes e melhorar a absorção de água pelo solo.
O plantio
Jogue bastante água no berço, e mexa misturando água e terra até a terra virar lama líquida. Coloque então a muda de maneira que o colo dela fique 2 cm abaixo do nível do terreno ao redor. A lama líquida irá auxiliar para acertarmos a altura do colo e vai evitar que bolhas de ar ressequem as raízes, enfraquecendo a planta. Colocar a lama no fundo do berço irá garantir que água estará disponível para a muda nos primeiros dias, facilitando o enraizamento. A terra úmida também irá facilitar a absorção de água de chuva pelo solo.
Preencha o resto do berço com a TERRA 2 enriquecida. Tome cuidado para não afundar o colo da planta. Faça uma leve compressão com as mãos para compactar a terra e retirar bolhas do ar. Não use os pés, pois pressão demais pode danificar as raízes! Procedendo desta maneira, a terra na borda do berço vai estar um pouco mais alta do que perto da muda, fazendo com que a água da chuva e os nutrientes sempre sejam levados para perto da muda.
Implementação de medidas erosivas
Utilize a segunda metade de TERRA 2 (a não enriquecida) para criar uma barreira de terra de 5 a 10 cm de altura em volta da muda. Tente criar um círculo de 1m de diâmetro. Compacte com as mãos.
Distribua o resto da TERRA 1 (as 4 pás separadas no começo) dentro do círculo criado.
Caso a muda seja plantada num terreno íngreme com declividade acima de 30°, é recomendável criar um “U”, que irá captar e segurar a água de chuva que escorre superficialmente. Em terrenos com declividade acima de 45° recomendamos que a barreira seja feita com bambu ou galhos grossos. Para segurar os galhos no lugar, é necessário fincar duas estacas no solo e colocar os galhos-barreira atravessados, encostando bem no solo.
Para terrenos íngremes em projetos de restauração ecológica ou em plantios em áreas maiores recomenda-se adicionalmente a criação de valas de 10 a 20cm de profundidade correndo igual a curvas de nível. Estas devem ser implementadas a cada 10 a 15m de altitude. Elas irão desacelerar a água que escorre e poderão ser direcionadas para poças naturais ou poças de drenagem. Quanto mais água de chuva for absorvida pelo solo no local, menos água sobrecarregará os rios, provocando inundações e assoreamentos.
Rega
Regue a muda com bastante água (no mínimo 10 litros). Regue devagar, deixando tempo para o solo absorver a água. Tente não utilizar água clorada, pois o cloro irá matar os valiosos microrganismos do solo. Estes são de extreme importância para o bem-estar das plantas, sendo importantes produtores de nutrientes!
Caso não haja água disponível no local do plantio, recomendamos o procedimento seguinte:
Utilize galhos finos pontiagudos ou longos pregos para criar furos ( de no mínimo 20 cm ) na terra. Estes facilitarão a absorção da água de chuva e nutrientes.
Recobrimento do solo
É muito importante recobrir o solo ao redor das mudas para diminuir a temperatura do ambiente (o solo nu aquece extremamente e acaba irradiando muito calor ressecando a muda) e do solo ( temperaturas muito altas do solo dificultam absorção da água de chuva), para criar condições favoráveis para microrganismos produtores de nutrientes, manter a umidade do solo e para fornecer os nutrientes necessários para um crescimento saudável das plantas.
Existem duas maneiras de recobrir o solo. A primeira opção é colocar material orgânico ao redor da muda. Neste caso pode ser utilizado praticamente tudo que estiver disponível no local. Quanto mais picotado, mais rapidamente o material irá disponibilizar os nutrientes. Podem ser utilizados capins (são excelentes fornecedores de fósforo), folhas de bananeiras (fornecem potássio), serapilheira etc.
Folhas finas e flexíveis costumam se decompor rapidamente, diferente de folhas duras que são difíceis de dobrar ou galhos e toras de árvores. Neste contexto recomenda-se o uso de uma mistura de folhas e galhos finos de malváceas e fabáceas, capins picotados sem inflorescências e partes que possam rebrotar (a parte superior da folha) e folhas, frutos e caules picotados de bananeiras.
Evite usar plantas tóxicas ou aquelas que causam irritações nos olhos ou coceira. Aquilo que não te faz bem provavelmente também irá causar danos a outras plantas. Outra opção para evitar problemas, é observar o entorno das plantas que você pretende coletar para o recobrimento do solo. Plantas com poucas plantas vizinhas provavelmente emitem substâncias que irão inibir um desenvolvimento saudável de outras plantas.
A segunda é o plantio de plantas baixas que servem de forração. Favorecemos esta técnica, pois além da sombra e dos nutrientes produzidos pelas plantas, suas raízes também facilitam a absorção da água de chuva pelo solo e ajudam a descompactar o solo. Existem diversas espécies de herbáceas adequadas, inclusive algumas “fixadoras” de nitrogênio. Uma ótima opção é a grama-amendoim (Arachis repens), a qual cria um excelente microclima para microrganismos sob as folhas e a qual faz aliança com microrganismos produtores de nitrogênio.
Não recomendamos outras técnicas, pois todas elas são prejudiciais para as plantas. Pedras, vidros e argila expandida aquecem muito no sol, e o calor emitido pode “queimar” a planta. E materiais como casca de pinus emitem substâncias oleosas ou tóxicas nocivas que enfraquecem as plantas.
E o mais importante
Faça tudo isso com amor, carinho e alegria
Aprenda a cuidar
Luminosidade
O cambuí necessita de meia sombra, podendo se desenvolver também a pleno sol.
Solo ideal
O cambuí prefere solos férteis e úmidos.
Irrigação
O cambuí é uma planta com elevado consumo de água.
Adubação
O cambuí requer moderada manutenção.
Basta adubá-lo duas vezes ao ano (antes da florada e depois da frutificação).
Produção de mudas
Produção
Utilize frutos maduros recém-colhidos.
Coloque em um recipiente individual ou sementeira na meia-sombra.
Taxa de germinação
Baixa
Tempo de germinação
30 a 50 dias
Funções Ecológicas
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