Pimenta-de-macaco
A pimenta-de-macaco é um arbusto ou arvoreta, com caules perfilhados, cilíndricos e estriados, com entrenós de 5 a 12 cm de espaçamento.
Pode atingir uma altura de 1,5 a 8 m e DAP (diâmetro à altura do peito, medido a 1,30 m do solo) entre 2 a 8 cm.
Suas folhas possuem forma de lança, medindo de 12 a 20 cm de comprimento por 3 a 6 cm de largura, muito aromáticas.
As inflorescências surgem nas axilas das folhas em espigas pendentes de 8 a 9,5 cm de comprimento com centenas de pequeninas flores, de coloração verde-clara.
Galeria de imagens
Características
A pimenta-de-macaco é um arbusto ou arvoreta, com caules perfilhados, cilíndricos e estriados, com entrenós de 5 a 12 cm de espaçamento.
Pode atingir uma altura de 1,5 a 8 m e DAP (diâmetro à altura do peito, medido a 1,30 m do solo) entre 2 a 8 cm.
Paisagismo
Trata-se de uma espécie ornamental, a qual se destaca pela belíssima folhagem.
As inflorescências surgem nas axilas das folhas em espigas pendentes de 8 a 9,5 cm de comprimento com centenas de pequeninas flores, de coloração verde-clara.
Tende a formar maciços.
A velocidade de crescimento é moderada.
Aceita o plantio em vasos.
Requerimentos
Se desenvolve com todo esplendor em solos férteis bem drenados e ricos em matéria orgânica.
Pode ser plantada a pleno sol onde frutifica abundantemente ou na sombra onde frutifica menos.
Aceita o plantio em vasos.
A pimenta-de-macaco é tolerante à secas de até 4 meses.
Tolera geadas de até -3°C se estiver sob a copa de outras árvores.
Manutenção
A pimenta-de-macaco é uma planta de fácil manutenção.
Pode ser considerada planta invasora, ao ocupar terrenos, beira de estradas e áreas recém-desmatadas.
Frutos e sementes
As infrutescências da pimenta-de-macaco são compostas por drupas diminutas, com formato obovoide, agregadas numa espiga longa, com 7 a 14 cm de comprimento por 4 a 6 mm de espessura.
Na infrutescência as sementes permanecem imaturas e de coloração verde por até 45 dias.
Quando se inicia a maturação, a espiga escurece e as sementes ficam pretas, quando estão prontas para a dispersão.
As sementes são minúsculas do tamanho de grãos de areia.
Comestibilidade
Os frutos da pimenta-de-macaco são utilizados como condimento, apresentando sabor de hortelã misturado com pimenta e também como flavorizante de cacau.
As folhas são consumidas cozidas.
Fenologia
REGIÃO SUDESTE
FRUTIFICAÇÃO | novembro – fevereiro
Distribuição geográfica e habitat
HABITAT
BIOMA
Mata Atlântica – Cerrado – Caatinga – Amazônia – Pantanal – Pampa
TIPO DE VEGETAÇÃO
Campo Rupestre – Cerrado – Floresta Ciliar ; Floresta Estacional Semidecidual – Floresta Estacional Decidual
Floresta Ombrófila – Floresta Ombrófila Mista – Floresta de Terra Firme – Restinga
Savana Amazônica – Vegetação sobre Afloramentos Rochosos
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
REGIÃO SUL
Rio Grande do Sul – Santa Catarina – Paraná
REGIÃO SUDESTE
São Paulo – Rio de Janeiro – Minas Gerais – Espírito Santo
REGIÃO NORDESTE
Bahia – Alagoas – Ceará – Maranhão – Paraíba – Pernambuco – Piauí – Rio Grande do Norte
REGIÃO CENTRO-OESTE
Mato Grosso – Mato Grosso do Sul – Goiás – Distrito Federal
REGIÃO NORTE
Amazonas – Acre – Amapá – Pará – Rondônia – Roraima – Tocantins
* Adaptado da Lista de Espécies do Flora do Brasil
Adaptabilidade
A pimenta-de-macaco é geralmente encontrada em solos argilosos e areno-argilosos.
Ocorre preferencialmente em altitudes baixas a até 1.000 metros, estendendo-se a mais de 2.000 metros apenas em alguns locais.
Habita as áreas abertas ou perturbadas, beiras de estradas, bordas de florestas, florestas secundárias, pastagens e áreas ao longo de riachos.
Restauração ecológica
A espécie é indispensável em projetos de reflorestamentos de áreas degradas, pois cresce muito bem em áreas abertas.
É importante para a fauna por produzir frutos durante quase todo o ano.
Contribuição para a conservação animal
Os frutos da pimenta-de-macaco oferecem alimentos para:
-aves pequenas
-gambás (Didelphis albiventris)
-jacu-guaçu (Penelope obscura)
-macacos-prego (Sapajus nigritus)
-morcegos
Polinização
A polinização da pimenta-de-macaco é realizada por:
-moscas
-abelhas jataí
Dispersão
Zoocórica
Dispersores
A dispersão de sementes da pimenta-de-macaco é realizada principalmente por morcegos e aves.
Utilidade
UTILIDADE
A pimenta-de-macaco possui uso medicinal.
UTILIDADE
A pimenta-de-macaco pode ser usada como inseticida e moluscicida, devido ao alto teor de óleo essencial.
Conservação
A espécie não foi avaliada quanto à sua categoria de ameaça (NE).
Propriedades
Additional information
OCORRÊNCIA NATURAL | ||||||
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Referências
https://tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Piper+aduncum
https://www.rarepalmseeds.com/piper-aduncum?search=Piper%20aduncum
Taxonomia
Família
Piperaceae
Gênero
Piper
Espécie
P. aduncum
Outros nomes populares
Pimenta-longa, pimenta-de-macaco, pimenta-de-fruto-ganchoso, tapa-buraco, falso-jaborandi, jaborandiba
Animais relacionados a esta espécie
Como plantar
Introdução
Plantar e cuidar de plantas é uma arte. Se quisermos ter jardins ou ecossistemas vitais, fortes, saudáveis e com todo esplendor, teremos que considerar as preferências específicas de cada espécie e prover as condições que a planta necessita para ficar bem. A arte consiste em plantar cada espécie no local adequado, o qual oferece as condições edafoclimáticas que permitem um bom desenvolvimento da planta.
É muito importante dedicar um pouco mais de tempo, energias e investimentos logo no início, pois os primeiros meses após o plantio influenciam muito no desenvolvimento de uma planta. Se acertarmos logo no início, iremos poupar enormes esforços e custos mais tarde. Se não quisermos ter plantas meio mortas, que a todo momento ficam pegando pragas e doenças, teremos que providenciar boas condições de vida para as plantas desde o início.
Abrir o berço
Abra uma cova de 60 x 60 x 60 cm.
Na hora de retirar a terra, separe os 20 cm de terra mais superficiais (TERRA 1) e o restante de terra (TERRA 2) criando 2 montes de terra separados.
A terra mais superficial contém mais nutrientes e será colocada no fundo da cova posteriormente.
Descompacte a terra retirada o máximo possível.
Crie algumas entradas nos lados do berço, batendo com a ponta da enxada ou com a pá, para facilitar a entrada de raízes futuramente.
Preparo da terra
Misture a TERRA 1 com a mesma quantidade de material orgânico de alta fertilidade (MOAF) e a metade da quantidade de areia.
MIX 1: TERRA 1 (40%) + MOAF (40%) + AREIA (20%)
O MOAF pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas à base de esterco.
Separe 4 pás desta mistura e coloque o resto na cova.
Separe a TERRA 2 em duas porções iguais. Misture uma metade da TERRA 2 com a mesma quantidade de MOAF e a metade da quantidade de areia.
MIX 2: TERRA 2 (40%) + MOAF (40%) + AREIA (20%)
O MOAF pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas à base de esterco.
A outra metade não precisa de enriquecimento, pois será utilizada para criar um círculo de terra elevada em volta da muda, o qual irá “segurar” água e nutrientes próximos à muda. Isto irá evitar a lixiviação de valiosos nutrientes e melhorar a absorção de água pelo solo.
O plantio
Jogue bastante água na cova, e mexa misturando água e terra até a terra virar lama líquida. Coloque então a muda de maneira que o colo dela fique 2 cm abaixo do nível do terreno ao redor. A lama líquida irá auxiliar para acertarmos a altura do colo e vai evitar que bolhas de ar ressequem as raízes, enfraquecendo a planta. Colocar a lama no fundo da cova irá garantir que a água estará disponível para a muda nos primeiros dias, facilitando o enraizamento. A terra úmida também irá facilitar a absorção de água da chuva pelo solo.
Preencha o resto da cova com o MIX 2 enriquecido. Tome cuidado para não afundar o colo da planta. Faça uma leve compressão com as mãos para compactar a terra e retirar bolhas de ar. Não use os pés, pois pressão demais pode danificar as raízes! Procedendo desta maneira, a terra na borda da cova vai estar um pouco mais alta do que perto da muda, fazendo com que a água da chuva e os nutrientes sempre sejam levados para perto da muda.
Implementação de medidas erosivas
Utilize a segunda metade da TERRA 2 (a não enriquecida) para criar uma barreira de terra de 5 a 10 cm de altura em volta da muda. Tente criar um círculo de 1 m de diâmetro. Compacte com as mãos.
Distribua o resto da TERRA 1 (as 4 pás separadas no começo) dentro do círculo criado.
Caso a muda seja plantada num terreno íngreme com declividade acima de 30°, é recomendável criar um “U”, que irá captar e segurar a água da chuva que escorre superficialmente. Em terrenos com declividade acima de 45° recomendamos que a barreira seja feita com bambu ou galhos grossos. Para segurar os galhos no lugar, é necessário fincar duas estacas no solo e colocar os galhos-barreira atravessados, encostando bem no solo.
Para terrenos íngremes em projetos de restauração ecológica ou em plantios em áreas maiores recomenda-se adicionalmente a criação de valas de 10 a 20 cm de profundidade, correndo igual a curvas de nível. Estas devem ser implementadas a cada 10 a 15 m de altitude. Elas irão desacelerar a água que escorre e poderão ser direcionadas para poças naturais ou poças de drenagem. Quanto mais água da chuva for absorvida pelo solo no local, menos água sobrecarregará os rios, provocando inundações e assoreamentos.
Rega
Regue a muda com bastante água (no mínimo 10 litros). Regue devagar, deixando tempo para o solo absorver a água. Tente não utilizar água clorada, pois o cloro irá matar os valiosos microrganismos do solo. Estes são de extremo valor para o bem-estar das plantas, sendo importantes produtores de nutrientes!
Caso não haja água disponível no local do plantio, recomendamos o seguinte procedimento:
Utilize galhos finos pontiagudos ou longos pregos para criar furos (mínimo de 20 cm) na terra. Estes facilitarão a absorção da água da chuva e nutrientes.
Recobrimento do solo
É muito importante recobrir o solo ao redor das mudas para diminuir a temperatura do ambiente (o solo nu aquece extremamente e acaba irradiando muito calor, ressecando a muda) e do solo (temperaturas muito altas do solo dificultam absorção de água da chuva), para criar condições favoráveis para microrganismos produtores de nutrientes e para fornecer os nutrientes necessários para um crescimento saudável das plantas.
Existem duas maneiras de recobrir o solo. A primeira opção é colocar material orgânico ao redor da muda. Neste caso pode ser utilizado praticamente tudo que estiver disponível no local. Quanto mais picotado, mais rapidamente o material irá disponibilizar os nutrientes. Podem ser utilizados capins (são excelentes fornecedores de fósforo), folhas de bananeiras (fornecem potássio), serapilheira, etc.
Folhas finas e flexíveis costumam se decompor rapidamente, diferente de folhas duras que são difíceis de dobrar ou galhos e toras de árvores. Neste contexto recomenda-se o uso de uma mistura de folhas e galhos finos de malváceas e fabáceas, capins picotados sem inflorescências e partes que possam rebrotar (a parte superior da folha) e folhas, frutos e caules picotados de bananeiras.
Evite usar plantas tóxicas ou aquelas que causam irritações nos olhos ou coceira. Aquilo que não te faz bem provavelmente também irá causar danos a outras plantas. Outra opção para evitar problemas, é observar o entorno das plantas que você pretende coletar para o recobrimento do solo. Plantas com poucas plantas vizinhas provavelmente emitem substâncias que irão inibir um desenvolvimento saudável de outras plantas.
A segunda opção é o plantio de plantas baixas que servem de forração. Favorecemos esta técnica, pois além da sombra e dos nutrientes produzidos pelas plantas, suas raízes também facilitam a absorção de água da chuva pelo solo e ajudam a descompactar o solo. Existem diversas espécies de herbáceas adequadas, inclusive algumas “fixadoras” de nitrogênio. Uma ótima opção é a grama-amendoim (Arachis repens), a qual cria um excelente microclima para microrganismos sob as folhas e faz aliança com microrganismos produtores de nitrogênio.
Não recomendamos outras técnicas, pois todas elas são prejudiciais para as plantas. Pedras, vidros e argila expandida aquecem muito sob o sol, e o calor emitido pode “queimar” a planta. E materiais como casca de pinus emitem substâncias oleosas ou tóxicas nocivas que enfraquecem as plantas.
E o mais importante
Faça tudo isso com amor, carinho e alegria
Aprenda a cuidar
Luminosidade
A pimenta-de-macaco necessita de pleno sol onde frutifica abundantemente ou na sombra onde frutifica menos.
Solo ideal
Se desenvolve com todo esplendor em solos férteis bem drenados e ricos em matéria orgânica.
Produção de mudas
Produção
Utilize frutos maduros recém-colhidos.
Coloque em um recipiente individual ou sementeira na meia-sombra.
Viabilidade
As sementes podem ser armazenadas por 6 meses.
Taxa de germinação
Alta
80 – 90%
Tempo de germinação
30 a 60 dias
Velocidade de crescimento
Moderada
40 cm após 8 a 9 meses
Funções Ecológicas
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