Características
O cambucá é uma árvore nativa e endêmica do Brasil, naturalmente pouco abundante em seu ambiente natural, por apresentar distribuição geográfica restrita, especificidade de habitat e baixa densidade populacional.
O cambucá pode atingir de 5 a 10 metros de altura, podendo alcançar porte maior em matas primárias.
A espécie é perene, com folhagem verde-escura brilhante e densa, muito vistosa, com copa densa e piramidal.
O tronco pode ser acinzentado ou avermelhado, com casca descamando-se em placas finas e irregulares, curto e ramificado desde a base, de 30-40 cm de diâmetro.
Paisagismo
O cambucá possui tronco bastante ornamental, sendo que durante o período de frutificação adquire um impressionante efeito decorativo, pois apresenta caulifloria, ou seja, as flores e os frutos brotam diretamente no caule.
As sementes permanecem viáveis por mais de uma semana quando mantidas secas ou até quatro semanas se conservadas em local úmido.
A germinação tem início entre 2 e 5 meses após o plantio, com 80% de sucesso.
Boa parte das sementes é poliembriônica, produzindo até 5 ou 6 plântulas.
As mudas crescem lentamente, apreciam ambiente sombreado para formação e atingem 30 cm com 8 a 10 meses após a germinação.
Os novos indivíduos começam a florescer e produzir quando tem entre 6 e 12 anos, dependendo das condições climáticas locais.
A espécie é longeva, porém apresenta crescimento lento.
Requerimentos
O cambucá desenvolve-se com todo esplendor em local parcialmente sombreado, com solos férteis, úmidos, bem drenados e ricos em matéria orgânica.
As plantas têm uma alta necessidade de ferro.
O requerimento em termos de água é muito alto.
Produz frutos maiores em climas tropicais.
Manutenção
Se a muda for plantada em local com clima pouco chuvoso é necessária uma mangueira com gotejamento nos períodos de estiagem, principalmente em épocas de floração e frutificação.
Frutos e sementes
Os frutos do cambucá são bagas globosas e achatadas nas extremidades, de casca lisa e costada, com 4 a 7 cm de diâmetro, 4,2 a 5,5 de altura e peso de 55 a 140 g.
Quando imaturos possuem coloração verde, ganhando tonalidade intensa de amarelo a amarelo-alaranjado brilhante quando maduros.
As sementes do cambucá são arroxeadas, rígidas, achatadas, em número de um e raramente duas por fruto.
Comestibilidade
Os frutos do cambucá são saborosos e suculentos, com polpa de coloração amarelo-alaranjada, sendo consumidos in natura ou no preparo de doces, sucos, sorvetes, geleias e licores.
Seu sabor, que é semelhante ao da jabuticaba ou ainda um misto de mamão papaia com manga, é intenso e de um agridoce balanceado sem adstringência.
Fenologia
SUL
FRUTIFICAÇÃO | dezembro – março
SUDESTE
FLORAÇÃO | outubro – dezembro
FRUTIFICAÇÃO | dezembro – fevereiro
Distribuição geográfica e habitat
| BIOMA |
Mata Atlântica
| TIPO DE VEGETAÇÃO |
Floresta Ombrófila
| DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA |
SUL
Rio Grande do Sul – Santa Catarina – Paraná
SUDESTE
São Paulo – Rio de Janeiro – Espírito Santo
NORDESTE
Bahia – Rio Grande do Norte
NORTE
Tocantins
* Adaptado da Lista de Espécies do Flora do Brasil
O cambucá é uma espécie nativa de terras baixas em várzeas aluviais e da base de encostas úmidas da floresta ombrófila densa da Mata Atlântica, geralmente bem preservadas.
Ocorre principalmente em densas floresta primárias.
A distribuição natural da espécie se estende somente de São Paulo ao Espírito Santo, porém existem indivíduos plantados em vários outros locais, mostrando que o cambucá pode se adaptar a vários climas diferentes.
* Adaptado da Lista de Espécies do Flora do Brasil
Adaptabilidade
O cambucá é tolerante às geadas.
Restauração ecológica
O cambucá pode ser utilizado na recuperação de matas ciliares e em áreas degradadas de preservação permanente.
As flores do cambucá são apícolas.
O cambucá é classificado como espécie secundária tardia.
A espécie está avaliada como vulnerável (VU) no status de conservação da espécie, ou seja, enfrenta um risco elevado de extinção na natureza em um futuro bem próximo, a menos que as circunstâncias que ameaçam a sua sobrevivência e reprodução melhorem.
Além de ser uma espécie naturalmente pouco abundante na natureza, seus habitats vêm sendo fragmentados.
Contribuição para a conservação animal
O cambucá é uma espécie apícola.
Os frutos do cambucá servem como fonte de alimento para aves e roedores como cutias (Dasyprocta sp.) e morcegos como o morcego-de-cara-branca (Artibeus lituratus).
Polinização
A polinização do cambucá é realizada por abelhas.
Dispersão
Zoocórica.
Dispersores
O cambucá tem suas sementes dispersas por aves e mamíferos, principalmente a cutia (Dasyprocta spp.) e morcegos-de-cara-branca (Artibeus lituratus).
Utilidade
UTILIDADE I
Trata-se de uma espécie medicinal.
MADEIRA
A madeira do cambucá é resistente, de longa durabilidade em locais secos, elástica e bastante pesada (d = 0,91 g/cm3), podendo ser utilizada na carpintaria e na marcenaria, e também na fabricação de pequenas ferramentas e mobiliário.
Conservação
A espécie está avaliada como vulnerável (VU) no status de conservação da espécie, ou seja, enfrenta um risco elevado de extinção na natureza em um futuro bem próximo, a menos que as circunstâncias que ameaçam a sua sobrevivência e reprodução melhorem.
Propriedades
Additional information
PRODUTORES DE MUDAS | ||||||
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DISPONIBILIDADE DE MUDAS E SEMENTES | ||||||
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Referências
https://tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Plinia%20edulis
Taxonomia
Família
Myrtaceae
Gênero
Plinia
Espécie
P. edulis
Outros nomes populares
cambucazeiro, cambucaba, câmbrico, jabuticaba-amarela
Animais relacionados a esta espécie
Como plantar
Introdução
Plantar e cuidar de plantas é uma arte. Se quisermos ter jardins ou ecossistemas vitais, fortes, saudáveis e com todo esplendor, teremos que considerar as preferências específicas de cada espécie e prover as condições que a planta necessita para ficar bem. A arte consiste em plantar cada espécie no local adequado, o qual oferece as condições edafoclimáticas que permitem um bom desenvolvimento da planta.
É muito importante dedicar um pouco mais de tempo, energias e investimentos logo no início, pois os primeiros meses após o plantio influenciam muito no desenvolvimento de uma planta. Se acertarmos logo no início, iremos poupar enormes esforços e custos mais tarde. Se não quisermos ter plantas meio mortas, que a todo momento ficam pegando pragas e doenças, teremos que providenciar boas condições de vida para as plantas desde o início.
Abrir o berço
Abra um berço de 60 x 60 x 60 cm.
Na hora de retirar a terra, separe os 20 cm de terra mais superficiais (TERRA 1) e o restante de terra (TERRA 2) criando 2 montes de terra separados.
A terra mais superficial contém mais nutrientes e será colocada no fundo do berço posteriormente.
Descompacte a terra retirada o máximo possível.
Crie algumas entradas nos lados do berço, batendo com a ponta da enxada ou com a pá, para facilitar a entrada de raízes futuramente.
Preparo da terra
Misture a TERRA 1 com a mesma quantidade de material orgânico de alta fertilidade (MO) e a metade da quantidade de areia.
MIX 1: TERRA 1 (40%) + MO (40%) + AREIA (20%)
O MO pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas à base de esterco.
Separe 4 pás desta mistura e coloque o resto no berço.
Separe a TERRA 2 em duas porções iguais. Misture uma metade da TERRA 2 com a mesma quantidade de MO e a metade da quantidade de areia.
MIX 2: TERRA 2 (40%) + MO (40%) + AREIA (20%)
O MO pode ser terra de compostagem, terra orgânica, húmus de minhoca ou misturas à base de esterco.
A outra metade não precisa de enriquecimento, pois será utilizada para criar um círculo de terra elevada em volta da muda, o qual irá “segurar” água e nutrientes próximos à muda. Isto irá evitar a lixiviação de valiosos nutrientes e melhorar a absorção de água pelo solo.
O plantio
Coloque bastante água no berço, e mexa misturando água e terra até a terra virar lama líquida. Coloque então a muda de maneira que o colo dela fique 2 cm abaixo do nível do terreno ao redor. A lama líquida irá auxiliar para acertarmos a altura do colo e vai evitar que bolhas de ar ressequem as raízes, enfraquecendo a planta. Colocar a lama no fundo do berço irá garantir que a água estará disponível para a muda nos primeiros dias, facilitando o enraizamento. A terra úmida também irá facilitar a absorção de água da chuva pelo solo.
Preencha o resto do berço com o MIX 2 enriquecido. Tome cuidado para não afundar o colo da planta. Faça uma leve compressão com as mãos para compactar a terra e retirar bolhas de ar. Não use os pés, pois pressão demais pode danificar as raízes! Procedendo desta maneira, a terra na borda do berço vai estar um pouco mais alta do que perto da muda, fazendo com que a água da chuva e os nutrientes sempre sejam levados para perto da muda.
Implementação de medidas erosivas
Utilize a segunda metade da TERRA 2 (a não enriquecida) para criar uma barreira de terra de 5 a 10 cm de altura em volta da muda. Tente criar um círculo de 1 m de diâmetro. Compacte com as mãos.
Distribua o resto da TERRA 1 (as 4 pás separadas no começo) dentro do círculo criado.
Caso a muda seja plantada num terreno íngreme com declividade acima de 30°, é recomendável criar um “U”, que irá captar e segurar a água da chuva que escorre superficialmente. Em terrenos com declividade acima de 45° recomendamos que a barreira seja feita com bambu ou galhos grossos. Para segurar os galhos no lugar, é necessário fincar duas estacas no solo e colocar os galhos-barreira atravessados, encostando bem no solo.
Para terrenos íngremes em projetos de restauração ecológica ou em plantios em áreas maiores recomenda-se adicionalmente a criação de valas de 10 a 20 cm de profundidade, correndo igual a curvas de nível. Estas devem ser implementadas a cada 10 a 15 m de altitude. Elas irão desacelerar a água que escorre e poderão ser direcionadas para poças naturais ou poças de drenagem. Quanto mais água da chuva for absorvida pelo solo no local, menos água sobrecarregará os rios, provocando inundações e assoreamentos.
Rega
Regue a muda com bastante água (no mínimo 10 litros). Regue devagar, deixando tempo para o solo absorver a água. Tente não utilizar água clorada, pois o cloro irá matar os valiosos microrganismos do solo. Estes são de extremo valor para o bem-estar das plantas, sendo importantes produtores de nutrientes!
Regue a muda com bastante água (no mínimo 5 litros ). Regue devagar, jogando a água no pé da planta, deixando tempo para o solo absorver a água. Evite jogar água nas folhas, pois isto irá favorecer a infecção com fungos ou doenças. A única exceção são plantas em formato de roseta (como bromélias por exemplo) ou palmeiras, cuja anatomia favorece a captação direta da água de chuva. É o caso de plantas cuja anatomia foliar leva a água de chuva para o centro da planta.
Plantas possuem pequenos poros nas folhas pelas quais elas são capazes de absorver água. Estes poros se fecham durante o dia na fase de maior calor e irradiação solar, para evitar perdas de água por evaporação. Jogar água nas folhas deve ser considerado somente uma medida emergencial para plantas que estão definhando por falta de água. Neste caso pode-se jogar a água nas folhas, preferencialmente pela manhã ou à noite. Isto é necessário em caso de plantas de grande porte (árvores), em que a planta levará muito tempo para bombear a água para as folhas lá no alto.
Tente não utilizar água clorada, pois o cloro irá matar os valiosos microrganismos do solo. Estes são de extremo valor para o bem-estar das plantas, sendo importantes produtores de nutrientes! Tente captar a água de chuva ou use água de poços ou rios salubres. Caso você utilize algum tipo de reservatório, será importante que este possua uma tampa que evite a entrada de mosquitos ou outros agentes problemáticos. Não coloque cloro! Isto inviabilizará o uso desta água para a irrigação.
Caso não haja água disponível no local do plantio, recomendamos o seguinte procedimento:
Utilize galhos finos pontiagudos ou longos pregos para criar furos (mínimo de 20 cm) no solo. Estes facilitarão a absorção de água da chuva e nutrientes.
Caso não haja água disponível no local do plantio, recomendamos o seguinte procedimento:
Utilize galhos finos pontiagudos ou longos pregos para criar furos (mínimo de 20 cm) na terra. Estes facilitarão a absorção da água da chuva e nutrientes.
Recobrimento do solo
É muito importante recobrir o solo ao redor das mudas para diminuir a temperatura do ambiente (o solo nu aquece extremamente e acaba irradiando muito calor, ressecando a muda) e do solo (temperaturas muito altas do solo dificultam absorção de água da chuva), para criar condições favoráveis para microrganismos produtores de nutrientes e para fornecer os nutrientes necessários para um crescimento saudável das plantas.
Existem duas maneiras de recobrir o solo. A primeira opção é colocar material orgânico ao redor da muda. Neste caso pode ser utilizado praticamente tudo que estiver disponível no local. Quanto mais picotado, mais rapidamente o material irá disponibilizar os nutrientes. Podem ser utilizados capins (são excelentes fornecedores de fósforo), folhas de bananeiras (fornecem potássio), serrapilheira, etc.
Folhas finas e flexíveis costumam se decompor rapidamente, diferente de folhas duras que são difíceis de dobrar ou galhos e toras de árvores. Neste contexto recomenda-se o uso de uma mistura de folhas e galhos finos de malváceas e fabáceas, capins picotados sem inflorescências e partes que possam rebrotar (a parte superior da folha) e folhas, frutos e caules picotados de bananeiras.
Evite usar plantas tóxicas ou aquelas que causam irritações nos olhos ou coceira. Aquilo que não te faz bem provavelmente também irá causar danos a outras plantas. Outra opção para evitar problemas, é observar o entorno das plantas que você pretende coletar para o recobrimento do solo. Plantas com poucas plantas vizinhas provavelmente emitem substâncias que irão inibir um desenvolvimento saudável de outras plantas.
A segunda opção é o plantio de plantas baixas que servem de forração. Sugerimos esta técnica, pois além da sombra e dos nutrientes produzidos pelas plantas, suas raízes também facilitam a absorção de água da chuva pelo solo e ajudam a descompactar o solo. Existem diversas espécies de herbáceas adequadas, inclusive algumas “fixadoras” de nitrogênio. Uma ótima opção é a grama-amendoim (Arachis repens), a qual cria um excelente microclima para microrganismos sob as folhas e faz aliança com microrganismos produtores de nitrogênio.
Não recomendamos outras técnicas, pois todas elas são prejudiciais para as plantas. Pedras, vidros e argila expandida aquecem muito sob o sol, e o calor emitido pode “queimar” a planta. E materiais como casca de pinus emitem substâncias oleosas ou tóxicas nocivas que enfraquecem as plantas.
E o mais importante
Faça tudo isso com amor, carinho e alegria
Aprenda a cuidar
Luminosidade
meia-sombra
Solo ideal
solo fértil, úmido, bem drenado e rico em matéria orgânica
Irrigação
requer altas quantidades de água
Adubação
Basta adubá-la duas vezes ao ano ( antes da florada e depois da frutificação).
Recubra o solo na área correspondente á copa mais um anel de cerca de 50 cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.
É recomendável providenciar o recobrimento do solo ao redor da planta, para manter a umidade do solo e para favorecer o reestamelecimento de microorganismos do solo, produtores de nutrientes.
Produção de mudas
Produção
utilize frutos maduros recém-colhidos
recipiente individual ou sementeira na meia-sombra
Viabilidade
sementes srecalcitrantes
Taxa de germinação
baixa | 40%
Tempo de germinação
40 a 100 dias
Velocidade de crescimento
lenta
40cm após 12 meses
Funções Ecológicas
Disponível nestes produtores
Créditos de imagens
IMAGEM PRINCIPAL
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shutterstock_1927152407 – Mario Andreoli
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72127 Kusterdingen
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Freistellungsbescheid nach § 60a Abs. 1 AO über die gesonderte. Feststellung der Einhaltung der satzungsmäßigen Voraussetzungen nach den §§ 51, 59, 60 und 61 AO