SYAGRUS PSEUDOCOCOS

Pati

PATI  –  SYAGRUS PSEUDOCOCOS (RADDI) GLASSMAN

| DESCRIÇÃO |
Uma das mais belas palmeiras do gênero, esta espécie tem um tronco alto, liso e esbelto e uma coroa densa de folhas plumosas e elegantemente arqueadas.
Palmeira perenifólia, de caule único, com 10-20 m de altura e 15-20 cm de diâmetro.

| PAISAGISMO |
O pati é uma palmeira de grande beleza, sendo muito indicada para projetos paisagísticos.
Ainda é extremamente raro seu uso no Brasil, mas tem um enorme potencial como espécie ornamental, sendo muito apreciado e utiliyado no exterior.
Pode ser utilizada para substituir a palmeira rabo-de-raposa exótica.

| REQUERIMENTOS |
A espécie desenvolve-se melhor em solo fértil e bem drenado.
Plantas jovens devem ser posicionadas na meia-sombra ou em pleno sol..
Plantas adultas toleram um posicionamento em pleno sol.
Necessita de meia sombra em climas secos e quentes.
A espécie apresenta moderada tolerância ao vento e requer bastante água.

| MANUTENÇÃO |
O pati requer pouca manutenção.
É recomendável adubar com material orgânico duas vezes por ano.
Recubra o solo na área correspondente á copa mais um anel de cerca de 50 cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.

| FRUTOS E SEMENTES |
Os frutos do pati são grandes e tem uma coroa completa.
Os frutos são ovoides, com 6-7 x 3,8-4 cm e possuem um epicarpo amarelo ou verde-amarelado, coberto por um tomento ferrugíneo na extremidade.

| COMESTIBILIDADE |
As folhas do pati são comestíveis.
Elas são cozidas e apresentam sabor amargo.
O palmito (meristema apical) também de sabor amargo é consumido como vegetal.
Porém, o consumo exclusivo de palmitos provenientes de cultivo é altamente recomendável, se quisermos manter as florestas e os ecossistemas intactos e vivos a longo prazo.
O palmito da pupunha (Bactris gasipaes) ou do açaí (Euterpe precatoria) representam uma boa alternativa, pois estão sendo cultivados em grandes quantidades.
No entanto deve-se averiguar a origem do produto, pois somente palmitos de cultivo irão causar menos danos.

| OCORRÊNCIA NATURAL |
O pati é encontrado principalmente em florestas estacionais e floresta ombrófila.
Encontrada também em vegetação sobre afloramentos rochosos em encostas íngremes.
Esta palmeira é encontrada desde o nível do mar no sul até 900 metros de altitude.
A espécie apresenta moderada tolerância ao vento.

| RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
Assim como todas as palmeiras, o pati deve ser considerado uma espécie-chave para a alimentação da fauna e de polinizadores.
Além disso as palmeiras muitas vezes servem de poleiro ou local de abrigo e descanso para muitos animais.
A espécie está avaliada como pouco preocupante (LC) no status de conservação, ou seja, uma categoria de risco mais baixo.
Espécies abundantes e amplamente distribuídas são incluídas nesta categoria.

| CONSERVAÇÃO |
Suas flores são de grande importância para polinizadores.
Espécie importante para alimentação de várias espécies de mamíferos, como os bugios-marrons (Allouatta guariba), macacos-pregos (Sapajus nigritus), cutias-de-crista (Dasyprocta leporina), pacas (Cuniculus paca), caxinguelês-cinzentos (Sciiurus aestuans), antas (Tapirus terrestres) e lagartos teiús (Salvator merianae).

| POLINIZAÇÃO |
Insetos.

| DISPERSÃO |
Zoocórica

| DISPERSORES |
A espécie é dispersa por bugios-marrons (Allouatta guariba), macacos-pregos (Sapajus nigritus), cutias-de-crista (Dasyprocta leporina), pacas (Cuniculus paca), caxinguelês-cinzentos (Sciiurus aestuans) e antas (Tapirus terrestres).

| UTILIDADE I |
A planta possui uso medicinal.

| UTILIDADE II |
O óleo de seu fruto pode ser extraído de forma semi-artesanal para ser utilizado na formulação de cosméticos.

| NOMES COMUNS |
A espécie possui os seguintes nomes comuns: patioba, guariroba, gueriroba, gariroba, coco-babão, peririma, coco-verde, coco-amargoso, coco-pati, patieiro, palmito-amargoso, catolé.

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