BRACHYTELES ARACHNOIDES

Os muriquis-do-sul são os maiores primatas neotropicais das Américas, chegando a medir 1,6 metros de comprimento. Se destacam pela paz e gentileza que emitem.

Possuem longos e finos braços e uma cauda preênsil, os quais são utilizados para a locomoção característica de muitos primatas: a braquiação. Seu nome deriva desta maneira de locomoção. Muriqui vem do tupi “muri’ki” e significa “gente que bamboleia, que vai e vem”. Se cracterizam pela face, mãos e pés negros, os quais se destacam do pelo bege espesso e a barriguinha gorda.

Os muriquis-do-sul são animais de hábitos diurnos, que se locomovem pelas copas das árvores na busca por alimento. São animais muito ágeis, que conseguem dar pulos de até 10 metros de uma árvore para outra. Costumam ter fases de descanso durante o dia, nas quais passam algum tempo dormindo ou descansando na copa das árvores. Os muriquis costumam passar a noite nas copas de árvores bem altas.

Os muriquis-do-sul se alimentam de folhas, frutos e outros itens vegetais como flores, cipós e cascas, dependendo da disponibilidade dos itens. São capazes de  se alimentar nas mais diversas posições, muitas vezes se alimentando estando de cabeça para baixo. Seus frutos preferidos são guabirobas, bacuparis, araticuns, figos, canelas, ingás, laranjas-de-macaco, bicuíbas, micônias, jaracatiás, bacuparis, uvaias e cerejas-do-rio-grande.

Vivem em grupos de 4 a 43 animais. São animais dóceis e pacíficos, que não apresentam comportamento territorial nem estruturas hierárquicas dentro dos grupos. Conflitos são resolvidos através de carícias e abraços. O mais curioso dos muriquis-do-sul são os abraços coletivos, quando todos os animais se juntam para todos se abraçarem ao mesmo tempo, formando uma “bola” de muriquis.

Os muriquis-do-sul possuem funções ecológicas importantíssimas, por manterem as florestas biodiversas, estratificadas e com alta capacidade de sequestro de carbomo.