MYRMECOPHAGA TRIDACTYLA
O tamanduá-bandeira é o maior de todas os tamanduás e facilmente reconhecível pelo seu focinho comprido, sua orelhinha pequena, suas “perneiras” formadas pelo pelo nas pernas dianteiras, a cauda enorme parecida com uma bandeira e as grandes garras. Se locomovem de maneira muito característica, pois andam em cima de seus punhos, com as garras viradas para trás.
Os tamanduás possuem grande importância ecológica por se alimentarem de insetos/invertebrados, especialmente de formigas e cupins, fazendo parte do sistema de controle populacional destes últimos. Com a extinção dos tamanduás cria-se grande desequilíbrio nos ecosistemas.
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Características
Mesmo sendo animais grandes eles são capazes de subir em árvores. Além disso eles são ótimos nadadores. Isto é muito útil para escapar de predadores e na busca por alimento. Eles conseguem atravessar rios com facilidade, o que explica sua ampla distribuição geográfica. Além disso, esta habilidade lhes permite escapar de fogos.
O interessante é que os tamanduás foram superequipados para poderem sobreviver em ambientes com gramas cortantes e arbustos espinhentos, pois seu volumoso pelo nas pernas dianteiras funciona como “perneiras”, prevenindo cortes e ranhuras.
Comportamento
Os tamanduás-bandeira utilizam suas garras também para se defender. São capazes de se defender até de onças. Devido ás garras impressionantes, eles infelizmente possuem má fama como animais perigosos. No entanto são animais muito pacíficos, os quais preferem fugir quando se sentem ameaçados. Basta respeitar os seus limites e sinais de aviso para evitar confrontações.
Os tamaduás-bandeira são animais de hábitos tanto diurnos como noturnos. Costumam pernoitar em lugares protegidos por capim alto ou vegetação arbustiva densa. Para dormir eles acabam enrolando a cauda em volta do corpo para camuflá-lo e protegê-lo do frio.
Alimentação
Os tamanduás-bandeira são conhecidos por sua paixão por formigas e cupins, contribuíndo desta maneira para o controle populacional destes invertebrados. Tamanduás se alimentam de insetos como formigas, cupins, larvas e vermes. Tendo a vista fraca, é o olfato superdesenvolvido que lhes permite achar os seus alimentos. Chegam a comer até 35.000 insetos por dia. Por não possuirem dentes, eles os engolem sem mastigar. Para chegar na sua comida usam suas garras fortes cavando e a língua comprida e grudenta. A língua pode atingir até 60cm de comprimento e é coberta por uma saliva pegajosa, sendo a ferramenta mais importante na procura por alimentos. Os insetos ficam „grudados“ nela, podendo assim serem engolidos. Os seus ataques aos formigueiros duram menos de um minuto, já que os insetos se defendem com injecções de venenos dolorosos.
Distribuição geográfica e Habitat
É uma animal muito adaptável, que pode ser encontrado em florestas tropicais, cerrado, campos rupestres, campo limpos e nas margens de rios e pântanos contanto que ali existam formigas e cupins. Ocorre na Argentina, na Bolivia, no Brazil, na Colombia, Costa Rica, Guzana Francesa, Honduras, Nicaragua, Panamá, Peru, Paraguay, Siriname e Venezuela. No Brasil o tamanduá-bandeira existiu em todos os estados, mas foi extinto no Rio de Janeiro, Esspírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Reprodução
Os tamanduás costumam ter um filhote só por vez. As fêmeas cuidam dos filhotes e costumam carregá-los nas costas por cerca de um ano.
Conservação
Infelizmente os tamanduás-bandeira estão ameaçados de extinção. Seu status de conservação é avaliado como vulnerável pela IUCN (União Internaional para a conservação da natureza).
Recomendações para profissionais de restauração ecológica e conservação animal
Os tamanduás possuem grande importância ecológica por se alimentarem de insetos/invertebrados, especialmente de formigas e cupins, fazendo parte do sistema de controle populacional destes últimos. Com a extinção dos tamanduás cria-se grande desequilíbrio nos ecosistemas.
Neste contexto pode ser interessante reintroduzir tamanduás em áreas de reflorestamentos para proteger as mudas de formigas e cupins. Os tamanduás seriam valiosos aliados, que além de sua função insetívora também contribuiríam para a regeneração do solo através de suas fezes. Também acabam distribuíndo a terra fértil dos formigueiros, a qual é muito rica em fósforo, ajudando a melhorar a qualidade do solo.
Referências
https://www.iucnredlist.org/fr/species/14224/47441961
https://www.zootier-lexikon.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=291:grosser-ameisenbaer-myrmecophaga-tridactyla&Itemid=599/
Taxonomia
Classe
Mammalia
Ordem
Pilosa
Família
Myrmecophagidae
Gênero
Myrmecophaga
Espécie
M.tridactyla
Nome em inglês
Giant Anteater
Créditos de imagens
IMAGEM PRINCIPAL
shutterstock_1104708503 – Ondrej Prosicky
OUTRAS IMAGENS
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