ACROCOMIA ACULEATA

A macaúba é uma bela palmeira de 10 a 15 metros de altura.
Trata-se de uma palmeira muito ornamental e extremamente resistente à condições ambientais adversas, tolerando secas e fogo. Seu visual remete a coqueiros, mas a planta toda é coberta por espinhos pretos, razão pela qual também é chamada de coco-de-espinho.
A macaúba ocorre em todos os estados brasileiros, mas pode ser encontrada com maior frequência no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Ocorre naturalmente em florestas ciliares no fundo de vales e baixadas, sendo tolerante a inundações temporárias. No emtamto não tolera solos permanentemente encharcados.
Produz grandes frutos globosos, que medem de 3 a 5 centímetros e contém uma amêndoa. O fruto se destaca por possuir muita polpa. A polpa saborosa dos frutos e as amêndoas contidas no coquinho são comestíveis.
Essa palmeira não deve faltar em projetos de restauração ecológica, já que se trata de uma espécie-chave para a alimentação da fauna. Seus frutos grandes são altamente nutritivos e servem de alimento para uma grande diversidade de animais. Muitos animais de grande porte, como antas, catetos, emas, pacas , lobinhos-do-mato e macacos-prego se alimentam dos seus frutos. Além disso, suas flores oferecem néctar para polinizadores.
Se desenvolve bem na meia-sombra ou em pleno sol.
Tolera todos os solos, mas se desenvolve melhor a pleno sol em solos férteis e úmidos bem drenados, contendo muita matéria orgânica.
Deve ser considerada uma palmeira de crescimento lento.
É classificada como pioneira ou secundária inicial.
A espécie não foi avaliada quanto ao seu status de conservação (NE).




ALLAGOPTERA ARENARIA

O guriri é uma linda palmeira acaule de até 2 metros de altura.
O caule costuma ser subterrâneo – raramente desenvolve um estipe curto visível.
Trata-se de uma palmeira muito ornamental, muito indicada para o uso no paisagismo.
É uma palmeira perenifolia, a qual ofereçe um belo visual o ano todo.
Necessita de poucos cuidados e é muito resistente a secas, vento e salinidade, sendo uma espécie muito indicada para ser utilizada nas regiões costeiras.
A velocidade de crescimento é lenta nos primeiros anos, mas acaba sendo moderada a rápida após o estabelecimento da planta. Pode formar maciços se deixados por muito tempo num local.




LANTANA CAMARA

 

LANTANA  –  LANTANA CAMARA L.



 

|  PAISAGISMO |
A lantana é um arbusto perenifólio de até 2 metros de altura muito ornamental. Suas lindas flores parecem pequenos bouquets coloridos, os quais variam de cor, com destaque para tons amarelos, laranjas, vermelhos, pink e brancos.
A espécie ganhou o apelido de planta arco-íris pois suas flores mudam de cor com o passar do tempo.
No paisagismo é utilizada em forma de maciços no meio de gramados e ao longo de caminhos ou muros e como cerca-viva.
Pode ser conduzida como arvoreta, neste formato sendo muito plantada em vasos.
As flores exalam um perfume agradável, atraíndo beija-flores, borboletas e abelhas para o jardim.
As lantanas são bastante rústicas e florescem praticamente o ano todo.
Devido a beleza de sua florada e o seu fácil cultivo, a lantana é muito indicada para projetos paisagísticos.
É também uma opção ornamental para a fixação de taludes, devido ao seu amplo sistema radicular.
No entanto é importante saber, que a lantana emite substâncias que podem causar irritações na pele e nos olhos, não sendo indicada para o plantio em lugares onde pessoas ou animais permaneçem por muito tempo.
Possui crescimento rápido.
Não deve ser confundida com outras espécies de cor única, com a lantana-branca (Lantana undulata) ou a lantana-roxa ou lantana-amarela (ambas Lantana montevidensis).

|  FRUTOS E SEMENTES |
Produz grande quantidade de pequenos frutos pretos, de cerca 3 mm de diâmetro. Estes são tóxicos.

|  AMBIENTE PREFERENCIAL |
A lantana  se desenvolve bem na meia-sombra ou a pleno sol.
Tolera todos os solos, mas se desenvolve melhor a pleno sol em solos férteis e úmidos, contendo muita matéria orgânica.

|  MANUTENÇÃO |
Requer pouca manutenção.
Adube com material orgânico uma a duas vezes por ano.
Recubra o solo na área correspondente á copa mais um anel de cerca de 20cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira. A lantana aceita poda.

|  OCORRÊNCIA |
Ocorre naturalmente quase no Brasil todo, em todos os tipos de vegetação, desde o nível do mar até 1700 metros de altitude.
Se estabelece principalmente em áreas abertas a pleno sol. Não tolera geadas, mas resiste a fogo, rebrotando rapidamente após queimadas.
É considerada invasiva em alguns países e o seu plantio deve ser bem avaliado, já que grandes maciços inibem a regeneração natural de florestas, pois a planta emite substâncias que inibem a germinação e o crescimento de outras espécies.

|  RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
A lantana é uma espécie interessante para projetos de restauração ecológica.
Seus frutos servem de alimento para a avifauna e suas flores oferecem néctar para diversos polinizadores.
Floresce e frutifica na estação seca, época de escassez natural de água e alimentos.
É também uma excellente produtora de biomassa.
Além disso, é uma espécie interessante para prevenir erosão, servindo como fixadora de taludes.
Seu amplo sistema radicular serve para decompactar o solo e melhorar a capacidade de absorção de água do solo.
É classificada como espécie pioneira.
Seu status de conservação ainda não foi avaliado.

|  CONSERVAÇÃO |
Suas flores são uma excelente fonte de néctar para abelhas, borboletas e beija-flores.
Os frutos oferecem alimento para a avifauna.

|  POLINIZAÇÃO |
Insetos, abelhas, borboletas e beija-flores.

|  DISPERSÃO |
Zoocórica.

|  DISPERSORES |
Aves.

|  UTILIDADE I |
Trata-se de uma planta medicinal.

|  UTILIDADE II |
A espécie é apícola.

|  MADEIRA |
A parte lenhosa é utilizada como lenha.

 

 

 

 

 

 




SOLANUM LYCOCARPUM

 

LOBEIRA  –  SOLANUM LYCOCARPUM A.ST.HIL.



 

|  PAISAGISMO |
A lobeira é um arbusto ou uma árvore decídua de 2 a 5 metros de altura.
É uma planta de folhas verde-prateadas e um porte tortuoso ornamental.
Possui potencial para ser utilizada no paisagismo, sendo uma planta que necessita de pouca manutenção.
Os galhos possuem espinhos.
É uma planta de crescimento muito rápido, que tende a formar maciços.

|  FRUTOS E SEMENTES |
Os saborosos frutos de até 15cm de tamanho são comestíveis e muito apreciados in natura ou em forma de sucos, geléias e doces.
No entanto o consumo pode causar problemas intestinais.

|  OCORRÊNCIA NATURAL |
A espécie ocorre naturalmente no cerrado, em campos, áreas degradada e beiras de estradas, sendo muito tolerante a condições ambientais adversas.
Ocorre em altitudes até 1.100 m.
Tolera secas e fogo.
Possui tolerância baixa à geadas até – 3°C.

|  REQUERIMENTOS |
A lobeira necessita de um plantio a pleno sol.
Tolera todos os solos bem drenados, inclusive solos pobres e ácidos, arenosos ou argilosos.
Se desenvolve melhor a pleno sol em solos arenosos férteis bem drenados.
Trata-se de uma planta muito resilente a condições ambientais adversas e a qual necessita de poucos cuidados.

|  MANUTENÇÃO |
Requer pouca manutenção.
Necessita de adubagem com material orgânico duas vezes por ano.
Distribua 2 cm de material orgânico no solo na área correspondente á copa mais um anel de cerca de 50 cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.

|  RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
A lobeira não deve faltar em projetos de restauração ecológica.
Trata-se de uma espécie importante para o suprimento da fauna.
Seus frutos servem de alimento para mamíferos, especialmente aqueles de grande porte, e suas flores oferecem néctar para polinizadores.
Floresce e frutifica em praticamente todos os meses do ano.
O fruto grande suculento representa uma importante fonte de água para os animais, inclusive na estação seca.
É classificada como pioneira.
Seu status de conservação ainda não foi avaliado (NE).

|  CONSERVAÇÃO |
Suas flores são muito procuradas por abelhas.
Os frutos ofereçem alimento para mamíferos de médio e grande porte, como o lobinho-do-mato e lobos-guarás.
Trata-se de uma espécie-chave para o suprimento dos lobos-guarás, compondo 50% da dieta alimentar deles.



–  ANIMAIS QUE SE ALIMENTAM DOS FRUTOS-DE-LOBEIRA  –
LOBINHOS-DO-MATO | LOBOS-GUARÁ


 

|  POLINIZAÇÃO |

Abelhas.

|  DISPERSÃO |
Zoocórica.

|  DISPERSORES |
Lobinho-do-mato e lobos-guarás.

|  UTILIDADE I |
Trata-se de uma planta medicinal.

|  UTILIDADE II |
A espécie é apícola.

|  MADEIRA |
Sua madeira leve é pouco durável e utilizada para produção de embalagens, além de ser utilizada como lenha ou a produção de carvão.

 

 

 

 

 




ZANTHOXYLUM RHOIFOLIUM

A tinguaciba é uma árvore semi-decídua de 8 a 13 metros de altura, com diâmetro de até 40 cm.